Bem se pode dizer que a selecção nacional tem o futuro assegurado face à conseguida exibição frente ao vice-campeão mundial (Croácia), numa partida muito equilibrada no seu todo pese embora um primeiro terço que foi gerido pela formação, um segundo em que o tal equilíbrio foi mais notório, uma outra fase em que a Croácia criou mais perigo e a última onde *ortugal voltou a estar ao de cima.
Para além deste facto, importante foi a estreia de dois novos jogadores na selecção, como foram os casos de Gedson e Sérgio Oliveira (para ganhar “gosto” porque entraram nos minutos finais), dando garantias como os mais cotados, onde Pepe voltou a ser o grande pilar da defesa, marcando anda o golo do empate luso.
Apesar de dominar e criar situações de golo acabaram por ser os croatas (Perisic, 18’), que abriram o activo, isto depois de (16’) Rui Patrício salvo um golo in-extremis, voando para socar a bola pela linha final.
Uma bola perdida na grande área, que ressaltou em Pepe, foi ter com Perisic que, pela esquerda do seu ataque e sem defesa a fazer a cobertura, surgiu frente a Patrício para marcar sem apelo nem agravo.
Ainda que com Bruma a ser um rápido ponta de lança a chegar junto da área dos croatas, a verdade é que equipa não conseguiu finalizar convenientemente algumas oportunidades, só o fazendo no seguimento de um cando ganho pelo referido Bruma, com Pizzi a central para o miolo a linha da pequena área onde surgiu (32’) um Pepe mais alto do que toda a defesa e a fazer o golo do empate, de belo efeito, com o esférico a rumar até quase junto ao poste, o que impediu o guarda-redes de lá chegar.
De assinalar que este foi o 7º golo de Pepe ao serviço da selecção, tendo completado o centésimo jogo com a camisola das quinas e passando a ser o sexto jogador da selecção com 100 ou mais jogos, lista liderada por Cristiano Ronaldo (154), seguindo-se Figo (127), João Moutinho (123), Nani (112) e Fernando Couto (110).
O segundo tempo iniciou-se com Rui Patrício a defender um cabeceamento de Kovacic, que o levou a defender para canto, depois do que o tom foi mais morno. Entretanto, com as substituições a alterarem os sistemas de jogo, a partida manteve-se alternadamente viva, salientando-se uma triangulação que começoi8 em Wiliam Carvalho,a passar a bola para Gelson e este a remetê-la de imediato, pela esquerda, para Mário Rui que, sem adversário pela frente, rematou forte mas com trajectória contrária ao que se pretendia tendo a bola sido desviada por um defesa para bater estrondosamente no poste e depois fugir a toda a gente.
Dos dez novos jogadores que integraram a convocatória para este particular, quatro entraram pela primeira vez, tendo Sérgio Oliveira e Gedson (este entrando aos 89’) feito a estreia, tendo demonstrado, ainda que por poucos minutos, que é gente capaz para o futuro.
Bruno Fernandes (82’) teve a baliza à mercê e rematou mas, ao fazê-lo, levantou um bocado de relva o que obrigou a bola a ir mais frouxa e directamente para as mãos do guarda-redes croata.
Segundo rezam as estatísticas, a posse de bola foi favorável (ainda que pelo mínimo) a Portugal (52/48%) enquanto os guarda-redes também se equivaleram: Patrício (que começou e terminou o jogo na baliza) sofreu um golo, fez duas defesas, uma incompleta e outra incompleta e Kaliniv também sofreu um golo, fez duas defesas, que foram completas. Daí o empate ser justo para ambas.
Melhor ainda, por certo que das experiências feitas na segunda-feira já tudo estará mais afinado para o jogo inicial da nova Liga das Nações, em que Portugal recebe a Itália (Estádio da Luz) e a Croácia viaja até Espanha.
Sob a direcção do árbitro espanhol Xavier Estrada – que fez um trabalho calmo e positivo – as equipas alinharam:
Portugal – Rui Patrício; Cancelo, Pepe, Rúben Dias e Mário Rui; Rúben Neves, William Carvalho e Pizzi; Bernardo Silva, André Silva e Bruma.
Croácia – Kalinic; Vrsaljko, Vida, Mitrovic e Barisic; Kovacic, Badelj e Modrc; Pjaca, Livaja e Perisic.