Sexta-feira 22 de Novembro de 2024

Benfica venceu Fenerbahçe à tangente e ficou sob “aviso amarelo”

  uefachampionsleagueUm golo de Cervi ao minuto 69’ deu uma vitória, justa e preciosa, ao Benfica para continuar a manter a esperança de se apurar para o “play off” da Liga dos Campeões (ultrapassando esta 3ª pré-eliminatória) faltando a “segunda parte” na próxima semana.

Com o Estádio da Luz a iniciar a nova temporada de “casa cheia” (foram contabilizados 57.878 espectadores), por certo que os adeptos benfiquistas queriam mais do que um só solo, se bem que as oportunidades – de golo feito – não surgissem como o que se pretendia.

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Fernando Correia / CN

E isto porque, de um lado, o Benfica teve grandes dificuldades para “furar” a barreira médio-defensiva dos turcos porque começou o “fecho” no meio campo e, quando o conseguiu, a pontaria não foi a indispensável para golo e, daí, também o facto de o tento de Cervi ter acontecido por uma falta de visão do guarda-redes turco (dois ou três colegas taparam o ângulo) – pelo que sofreu o golo por debaixo do corpo porque a bola levava lume – enquanto os turcos, ainda que em algumas vezes mais lestos do que o Benfica, tiveram menos remates (um apenas para a baliza), pelo que se confirmou o zero, ainda que o empate pudesse ter surgido (como mais um golo ou mais para o Benfica).

A primeira jogada de perigo foi concluída pelo central Rúben Dias (que esteve muitas vezes na linha de ataque e também com perigo, como se verificou aos 83’ e 84’) que rematou forte mas apanhou o defesa pela frente.

Cervi (32’) arrancou pela esquerda, fez um centro-remate que obrigou o guardião turco a esticar-se para dar uma sapatada na bola, que ficou na pequena área, onde surgiu Ferreyra a tentar tocar ainda na balo mas sem o conseguir.

Os turcos criaram perigo (41’) quando Giuliano rematou para a baliza do guardião do Benfica, ainda que ao lado do poste, mas que não valia porque três jogadores turcos estravam em situação de fora-de-jogo, prontamente assinalado pelo assistente.

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Fernando Correia / CN

No minuto 45 (quase 46’), Ferreyra – na posição de fora-de-jogo quando recebeu a bola da esquerda – virou-se e rematou de pronto mas sem pontaria.

No segundo tempo, o Benfica tinha que avançar com mais “certeza” na pontaria e começou por ser Sálvio (50’) a rematar forte, dentro da grande área, e proporcionar uma grande defesa do do guardião turco.

Tentando aproveitar os minutos iniciais, em que se sentiam mais “frescos”, o Benfica apontou todas as “armas” para a baliza adversária, com um “forcing” latente, mas Sálvio – o homem charneira – só queria levar tudo á frente e perdeu (57’) uma oportunidade de proporcionar perigo se, em vez de tentar passar pelo meio de três defesas, com os olhos no relvado,

Tivesse levantado a cabeça e tentasse ver se havia alguém disponível para ajudar. Por isso, ficou sem a bola.

No espaço seguinte, o Benfica pareceu quebrar um pouco – num ou dois contra-ataques os turcos surgiram em superioridade numérica no meio campo benfiquista – mas não aconteceu nada de grave. Até que chegou o primeiro (e único golo).

Cervi (69’), no seguimento de mais uma avançada e depois de vários ressaltos na grande área dos turcos, a bola foi lançada para ala benfiquista que, no lado esquerdo (o seu pé de eleição), fintou um defesa e rematou demasiado, com a bola a seguir colada à relva e acabar a beijar a rede interior da baliza, depois de passar por debaixo do guardião, que estava tapado

Pelos seus colegas da defesa, não tendo visto a bola a ser rematada.

Entre os 60 e os 73’ o jogo tornou-se um pouco quezilento, quiçá também pelas quatro substituições feitas (duas para cada lado), que originaram cartões amarelos minutos depois, sem que nada de importante tivesse havido.

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Fernando Correia / CN

A partir dos 80’, com a deslocação de Rúben Dias de central para ponta-de-lança, o Fenerbahçe “tremeu” um pouco, primeiro pelos dois remates, em duas jogadas consecutivas, do novo “avançado”, obrigando o guarda-redes defender (em voo) o primeiro e o segundo que foi para fora.

Castillo (85’) teve a baliza â mercê mas não chegou ao cruzamento a tempo e, depois (86’), foi André Gomes, de costas para a baliza, cabecear para trás e levar a bola a passar a rasar o poste.

Mais quatro minutos foram jogados mas o “placard” não se modificou. Quase tudo adiado para daqui a oito dias. Pelo que jogou, o Benfica mostrou capacidade e qualidade para poder seguir em frente. O Fenerbahçe também, reconheça-se, não foi uma equipa fácil, aliás como se tem visto na selecção nacional do país, o que levará o Benfica não a jogar à defesa mas a “carregar” no ataque para defender o ganho ora conquistado.

O árbitro bielorrusso Aleksei Kulbakov esteve quase sempre bem, com uns “tremeliques” em determinada altura, mas fez uma exibição positiva, bem com os assistentes Dmitri Zhuk e Oleg Maslyanko, com as equipas a alinhar do seguinte modo:

Benfica – Vlachodimos; André Almeida, Rúben Dias, Jardel e Grimaldo; Pizzi, Fejsa e Gedson Fernandes; Salvio (Zivkocic, 74’), Ferreyra (Castillo, 63’) e Cervi.

Fenerbahçe – Volkan; Isla, Neustadler, Skrtel e Hasan Ali Kaldirim; Elmas e Mehmet Topal; Dirar (Alici, 85’), Giuliano e Valbuena (Ekici, 60’); Alper Potuk (Soldado, 73’).

Disciplina: Amarelos para Soldado (77’), Grimaldo (79’), Ekici (82’) e Elmas (90’).

 

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