Com uma segunda derrota consecutiva (antes com o Estoril e agora com o Empoli), a fase inicial da época do futebol sportinguista confirma que o ambiente que se vive no balneário continua preocupante, pese embora se compreendam as razões, porque mudar (esquecer o que aconteceu na Academia ninguém mais o conseguirá fazer) em poucos dias é impossível.
No entanto, dentro das quatro linhas, não se pode tentar fazer o possível quando, por vezes, fica a sensação de que tudo é impossível. Como aconteceu na marcação das grandes penalidades, em que se perderam dois golos de forma displicente, rematando sem concentração, o que permitiu ao guarda-redes italiano – também com mérito (ante o demérito do marcador) – defender porque se concentrou e tentou adivinhar para onde iria a bola.
Isto depois de uns noventa minutos relativamente razoáveis por parte do Sporting, se bem que os italianos do Empoli se apresentaram mais organizados, com estratégias e tácticas melhor delineadas, só não criando mais perigo porque a defesa leonina funcionou e em que Viviano pouco trabalho teve.
Ainda dentro do segundo minuto de jogo, Acuña centra da direita e Bas Dost cabecou, obrigando o guarda-redes italiano a defender para canto, com a bola a sair a poucos centímetros do poste mais longe.
Com o Empoli a defender na frente, o Sporting teve dificuldades em avançar para o meio campo adversário, já que só aos 16’ é que Battaglia conseguiu rematar para a baliza italiana, mas com a bola a sair ao lado do poste mais longe do seu campo de visão.
Misic (19’), a passe de Bas Dost – pouco acutilante como ponta de lança para marcar golos – também rematou ao lado, enquanto os italianos continuam a fazer um futebol mais linear e rápido, pese embora sem conclusão porque a defesa sportinguista não permitiu veleidades.
Nani (24’) teve nos pés a oportunidade de abrir o activo mas, no momento do remate, escorregou e rematou fraco e para fora, notando-se uma certa lentidão no passar a bola e rematar de pronto, preferindo o passe lateral ou mesmo para trás.
Grande oportunidade de marcar teve Bas Dost (37’) mas, dentro da pequena área e à vontade, cabeceou para cima da barra.
Nos últimos minutos do primeiro tempo, Bruno Fernandes isolou-se pela esquerda e tentou meter a bola entre o guarda-redes e o poste, mas apenas conseguiu rematar para fora, ainda que muito perto do poste.
No segundo tempo, o Sporting entrou para dar outra vida ao jogo e Nani e Battaglia atiraram ao lado, o mesmo acontecendo para os italianos, com Caputo a fazer o mesmo (49’).
Dois minutos passaram e o Sporting chegou ao golo. Do meio da rua, Misic (51’) rematou forte e em arco, com o pé esquerdo, fazendo a bola entrar na baliza de Terracciano sem que este conseguisse fazer qualquer gesto para o evitar.
Uma “trivela” tentada por Bruno Fernandes (53’) obrigou o guardião italiano a esticar-se para desviar para canto, do que nada resultou, tendo Bruno voltado a (56’) a rematar para a baliza com um ângulo fechado – a bola bateu no defesa – em vez de centrar para os companheiros mais pertos da baliza. Um certo egoísmo.
O Empoli (58’) conseguiu fazer um golo, prontamente anulado por fora-de-jogo, mas o empate chegou pouco tempo depois (68’) com um golo obtido por La Gumina que, na marcação de um canto, estava no miolo da pequena área – sem qualquer defesa por perto – chegando ao empate.
Pouco depois (72’), Mathieu salvou, sobre a linha de baliza, o segundo golo do Empoli, depois de um remate com selo de golo por parte de La Gumina.
O Sporting respondeu (78’) com Battaglia, no seguimento de um canto, a cabecear a bola para a baliza mas a bola foi embater na barra e com o guarda-redes italiano a resolver a situação.
Mais quatro minutos de compensação e tudo na mesma.
Na marcação das grandes penalidades, o Empoli começou primeiro e falhou, enquanto o Sporting marcou por três vezes (Mathieu, Montero, Battaglia) mas Matheus Pereira falhou o quarto, denotando falta de confiança no remate. Os italianos marcaram os quatro de seguida, empatando (4-4) o Sporting por intermédio de Rafinha.
No tudo ou nada, Jefferson que, tal como Mateus Pereira, não se concentrou e permitiu a defesa do guarda-redes, com Rasmussen a fazer o golo do triunfo para o Empoli, que conquistou o 7º Troféu Cinco Violinos, depois de seis vitórias do Sporting.
O Sporting apresentou-se em campo com a Vitoriano (na baliza); Ristovski, Coates, Mathieu e Jefferson (defesas); Misic, Acuña e Battaglia (médios) e com a linha avançada com Nani, Bas Dost e Bruno Fernandes.
No segundo tempo jogaram ainda André Pointo, Matheus Pereira, Montero, Carlos Mané, Raphinha, Wendel e Brumo Gaspar.
Carlos Xistra esteve bem em quase tudo e os assistentes Valdemar Maia e Luciano Maia estiveram atentos e actuaram de acordo com as novas regras para os foras de jogo, assinalando dentro dos “timings” definidos. Quando for mais a “sério” se verá o comportamento!