Apesar de uma certa supremacia na posse de bola (52-48%) e nos remates à baliza (12-8), a verdade é que a equipa nacional não conseguiu chegar ao triunfo ante uma Bélgica bem organizada e, como sempre, um “osso duro de roer”.
Nas “oportunidades” – umas mais do que outras – portugueses e belgas também empataram (3), pelo que o nulo final assenta que nem uma luva, porque nem de um lado nem do outro se registou o “click” que normalmente resolve os jogos, independentemente de estar (ou não, como foi o caso) presente Ronaldo.
No Estádio Rei Baudouin, bem composto, viu-se duas equipas a procurar jogar bem e, na sequência, chegar aos golos, o que não aconteceu.
Para já, ficou adiada para quinta-feira (Estádio da Luz) a possibilidade de Portugal vencer o último jogo-treino antes do início do mundial da Rússia, no dia 15, frente à Espanha.
Para Fernando Santos, o seleccionador nacional, “sabíamos como o adversário ia jogar, mas não respondemos bem nos primeiros minutos de jogo. Estivemos algo desorganizados e os belgas criaram alguns problemas, pressionando. Tive de chamar alguns jogadores à linha lateral, reorganizámo-nos e a partir dos 20 minutos fomos melhores.”
O técnico nacional salientou ainda a dificuldade do teste deste sábado, frisando que a “Bélgica é uma séria candidata à conquista do Mundial, mas Portugal esteve bem. A equipa teve bola e capacidade para jogar, depois teve uma entrada menos positiva na segunda parte e os últimos minutos foram mais incaracterísticos pelas substituições. Se falarmos só no plano ofensivo, em termos de coordenação, este foi um bom ensaio para o jogo com a Espanha. No entanto, a estrutura táctica da Espanha é diferente da que a Bélgica apresentou aqui.”
Por isto e por aquilo, é preciso que se ”tenham à mão” os antídotos específicos para somar os pontos indispensáveis para passar aos oitavos-de-final, isto é, ficar nos dois primeiros lugares do grupo.
