Sexta-feira 24 de Novembro de 0388

Equipa mais jovem na fase da mudança para o tudo ou nada!

russia2019_fifa_wcAlgumas surpresas – ou nem tanto – em relação ao europeu de 2016 mas que marcam a transição para uma nova era da selecção nacional, face às situações em que se encontram todos os seleccionáveis (35 numa primeira escolha, onde já “faltavam” alguns do europeu e até da fase de qualificação para o mundial da Rússia).

Por isso, os 23 escolhidos seguiram os critérios definidos por Fernando Santos e seus pares do grupo técnico, dando origem à lista que a seguir se indica:

Guarda-redes - Anthony Lopes (Lyon), Beto (Goztepe) e Rui Patrício (Sporting)

Defesas - Bruno Alves (Rangers), Cédric Soares (Southampton), José Fonte (Dalian Yifang), Mário Rui (Nápoles), Pepe (Besiktas), Raphael Guerreiro (Dortmund), Ricardo Pereira (FC Porto) e Rúben Dias (Benfica)

Médios - Adrien Silva (Leicester), Bruno Fernandes (Sporting), João Mário (West Ham), João Moutinho (Mónaco), Manuel Fernandes (Lokomotiv), e William Carvalho (Sporting)

Avançados - André Silva (Milan), Bernardo Silva (Manchester City), Cristiano Ronaldo (Real Madrid), Gelson Martins (Sporting), Gonçalo Guedes (Valência)  e Ricardo Quaresma (Besiktas)

O estágio para os próximos jogos de preparação, ainda em Portugal, inicia-se na próxima terça-feira, com um treino à tarde na Cidade do Futebol.

Aproximam-se dois jogos da Selecção de preparação para o Mundial!

Recorde-se que no dia 28 deste mês de Maio, Portugal defrontará a Tunísia em Braga (19h45), seguindo-se a Argélia no dia 7 de Junho (20h15), no Estádio da Luz.

Para o seleccionador nacional, “Foi tão difícil escolher para o Mundial como foi para o Europeu. Definir um leque de 50 jogadores é muito mais fácil. Depois quando começamos a cortar, a filtrar, é mais complicado. Deu-me muitas dores de cabeça e as últimas semanas foram de trabalho intenso. Só finalizámos a lista há duas horas. Temos de ter em conta a filosofia de jogo e a competição onde vamos jogar – muto rápida e com jogos constantes. Sou eu que tenho de tomar a decisão mas do ponto de vista humano é muito difícil deixar de fora os jogadores que foram ao euro 2016”.

Fernando Santos salientou ainda que “mesmo os que ajudaram na fase de apuramento nas eliminatórias e que também não estão. Humanamente é sempre difícil. Também há jogadores que não estiveram no Euro nem na qualificação para o Mundial que também mereciam estar aqui. A escolha foi esta e agora o mais importante do que falar no eu, nos nomes individuais, é falar em nós. Foi a falar no “nós” que ganhámos o Campeonato da Europa.”

Frisou que “seguramente é difícil não levar Éder ou não levar Nani, jogadores que escreveram uma página tão brilhante do futebol português. Tenho de levar os que melhor compõem o puzzle, porque é disso que se trata. Foi a isso que me procurei cingir e não tanto a questões de gosto ou amizade pessoal”.

Sobre o pedido de dispensa apresentado por Fábio Coentrão, o seleccionador enalteceu a posição do jogador quando referiu que “apraz-me registar a forma como atempadamente me comunicou a sua decisão. Não se excluiu da Selecção Nacional, antes pelo contrário, pelo que registo a elegância que demonstrou perante os Seleccionador Nacional. Já o Raphael Guerreiro é um jogador que tem toda a qualidade para a Selecção Nacional e a verdade é que nos últimos tempos esteve lesionado. A minha equipa técnica monitoriza os jogadores e chegámos à conclusão, com grau de probabilidade muito forte, que está em condições óptimas. Se não fosse assim não estaria. Pode acontecer alguma coisa (bate com os nós da mão na madeira) mas podem ter a certeza que foi muito bem estudado.”

Sobre a qualidade da formação, no seu todo, Fernando Santos salientou que “não é possível dizer se o plantel é mais forte do que o do Euro. Tenho confiança absoluta nos jogadores escolhidos como tinha no outro. Mas Portugal em cem anos nunca ganhou nada. Foi aquele que ganhou. Não seria justo de maneira nenhuma não reconhecer a qualidade dos jogadores desse plantel. Agora se me perguntarem digo que tenho a mesma confiança nos dois grupos.”

Realçou ainda que “mais importantes do que o aspecto físico é os jogadores estarem frescos mentalmente. É isso que vamos procurar fazer com todos. Se assim for, vão responder melhor até fisicamente.”

Quanto aos adversários no grupo, Fernando Santos reconheceu que “é um encontro entre um favorito (Espanha) e um candidato (Portugal). Vai ser um grande jogo e acredito que o candidato vai jogar. Espanha é uma equipa fortíssima mas não são só eles. Vamos ter Marrocos e Irão que, na minha opinião, são as melhores selecções dos seus continentes. É uma fase inicial de grupos muito difícil mas acredito que vamos resolver os problemas e seguir em frente.”

Fernando Santos abordou ainda o “ataque” perpetrado à Academia do Sporting, referindo que:

“Não há nenhum português que não tenha ficado incrédulo com tudo o que aconteceu e que foi inqualificável. Estava no carro, comecei a ouvir o rádio e de imediato a minha reacção foi ligar ao meu colega e amigo Jorge Jesus para expressar pessoalmente o meu repúdio pelo que lhe aconteceu e a todos os outros. É um ato inqualificável. Foi tão grave que as palavras e adjectivos seriam poucos para qualificar o que aconteceu.”

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