Bem se pode dizer que o “braço de Deus” esteve na origem (e no fim) do triunfo – incontestável – do Benfica sobre o Moreirense na despedida da Liga Portugal 2917/2018, benfiquistas que dominaram mas não conseguiram, de forma normal, ultrapassar o “muro” derivado do 4x4x2 dos comandados de Petit.
O início do jogo foi retardado alguns minutos para entrarem todos dentro do mesmo minuto, considerando o que estava em jogo quer para a Liga dos Milhões quer para o grupo que liderada para não ser despromovido, uma situação quase inédita em Portugal, mas que voltou a acontecer na segunda parte, muito por culpa dos quatros minutos de compensação (4 minutos) que o árbitro do jogo Portimonense-Paços de Ferreira deu no primeiro tempo. Saúde-se esta medida de responsabilidade e fair play e espírito desportivo, para colocar todas as equipas no mesmo plano.
O Benfica entrou a “todo o vapor”, mas depressa percebeu que não seria essa a melhor
forma de de marcar golgos – apesar de ter sido a maior número fez à baliza de Johnatan, ainda que sempre ao lado, uns por falta de pontaria, outros por mau enquadramento e outros porque os defesas e o guarda-redes estavam no seu lugar e afastaram o “perigo” de qualquer águia mais “esfomeada”.
Daí que o jogo, no seu todo, fosse algo “insonso” até cerca da meia-hora, quando um elevado número de adeptos benfiquistas, com os ouvidos na rádio, deu sinal de que tinha golo do Marítimo, colocando o Benfica em vantagem para se colocar no 2º lugar e chegar à Liga dos Milhões. Mas foi sol de pouca dura, porquanto o Sporting empatou no minuto seguinte e tudo voltou ao normal (vantagem sportinguista).
Nesta altura, na Luz, o Moreirense ganhou o primeiro canto, sem resultados práticos,
Aos 36’ Luisão fez falta sobre Peña, que se isolava para aparecer na cara de Varela, mas o livre directo marcado por Tózé esbarrou na barreira e perdeu-se o perigo.
Sem qualquer indicação de tempo adicional – também não justificado dado que não houve motivos para isso – Fábio Veríssimo deu por terminada a primeira parte da partida.
No resumo simples, o Benfica fez seis remates enquadrados com a baliza mas “chutados” para o lado em apenas duas oportunidades de golo, com uma posse de bola de 70/30 % para o Benfica.
No segundo tempo, a toada atacante benfiquista manteve-se e (49’) Alfa Semedo cometeu o erro da sua vida ao dar “vida” a um braço que “estava morto” e ter provocado uma grande penalidade.
O juiz da partida ainda demorou alguns segundos a assinalar a falta, porque estava encoberto por jogadores de ambas as equipas e na grande área dos visitantes.
Sem ser necessário recorrer ao VAR.
Mais: também o jogador do Moreirense não esboçou qualquer protesto, o mesmo fazendo Petit (o técnico da formação nortenha).
Chamado à marcação Jonas não falhou, fez o 1-0 e (51’) colocou directamente o nome do Benfica na segunda posição do campeonato, o dos milhões.
A partir daqui foi o Moreirense que foi à procura de um golo mas (54’) Varela tira “o pão da boca” de Rafael Costa e, apesar de várias tentativas, nada de novo se foi construindo porquanto se caminhava, a passos largos, para o final da partida.
Com este golo mais ou menos madrugador, o Benfica abrandou o andamento, deixando correr o “marfim”, aproveitando o Moreirense para tentar espevitar, mas sem nunca chegar a vias de facto (marcar golo). O que se passou também do lado do Benfica.
Com a conquista do segundo lugar garantido – até pelos “defeitos” de outros – o Benfica soma e segue ante algumas lágrimas de contentamento face ao “diabolismo” que se verificou nesta última parte do campeonato
Fábio Veríssimo, com uma outra falha (mas com mostragem de amarelos quiçá a mais) acabou por fazer um trabalhão razoável, com nota positiva, que se devem também à atenção e marcação na hora de faltas por parte dos assistentes Paulo Soares e Pedro Felisberto.
As equipas:
Benfica – Bruno Varela; Douglas, Luisão, Rúben Dias e Grimaldo; Pizzi (Samaris, 69’), Fejsa e Zivkovik; Salvio (Keaton, 90+1’), Jonas (Raul Jimenez, 77’) e Cervi.
Portimonense – Johnatan; Sagna, Iago, Arsénio (Matheus Reis, 87’) e Rúben Lima; Aouacheria, Ângelo Neto, Alfa Semedo e Tozé (Alan Chons, 83’); Peña (Dramé, 75’) e Rafael Costa.
Disciplina: Amarelos para Ângelo Neto (23’), Zivkovic (36’), Luisão (40’), Pierre Sagna (63’), Tozé (72’) e Salvio (83’).