Pelo quarto ano consecutivo, o Comité Olímpico de Portugal vai premiar os melhores trabalhos que sejam apresentados ao júri constituído para os Prémios Ciências do Desporto, uma iniciativa que mantém como sponsor o Millennium BCP.
Prémios que abrangem várias áreas das ciências que, pelo seu número, são disputados por temas e anos diferenciados.
O grupo de temas para “os anos pares” – o que acontece este ano como se torna evidente – engloba a Fisiologia e Biomecânica do Desporto; a Economia, Direito e Gestão do Desporto e a História e Sociologia do Desporto.
Os investigadores (portugueses) interessados em apresentar trabalhos nas vertentes referidas – como forma de valorizar o aprofundamento das problemáticas do desporto enquanto objecto de estudo, bem como a recolha e análise de dados actuais essenciais para as decisões dos mais diversos agentes do sistema desportivo nacional – podem concorrer isoladamente ou em grupo (com co-autores).
O prazo de entrega dos trabalhos iniciou-se nesta data e termina em 30 de Setembro próximo.
As candidaturas são apreciadas pelo júri constituído, mediante parâmetros de avaliação, numa escala de 0 a 20, com base nas seguintes perspectivas: Originalidade (O); Pertinência e Oportunidade (PO); Justificação do problema, objectivos e hipóteses (M); Metodologia e inovação processual e instrumental (M); Clareza da apresentação dos resultados (R); Robustez da discussão (D) e Propriedade das conclusões e aplicabilidade (Apl).
Cada trabalho, em cada área a concurso, é avaliado por um mínimo de dois especialistas, nacionais ou estrangeiros, sendo a lista final aprovada pela Comissão Executiva do COP, sob proposta do Presidente do Júri e com base no relatório final, consideração a pontuação em que a classificação final (CF) será a soma das perspectivas atrás descritas (O+PO+J+M+R+D+Apl), a dividir por 7 (número de itens)
A apresentação contou com a presença da Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Maria Fernanda Rollo), o presidente do Comité Olímpico de Portugal (José Manuel Constantino) e do chefe de Gabinete do Secretário de Estado da Juventude e Desporto, Filipe Pais, elementos que enalteceram, de uma forma geral, a iniciativa e o seu enquadramento e importância na investigação científica em Portugal.
João Paulo Vilas Boas, presidente do Júri, teve oportunidade de prestar mais alguns esclarecimentos sobre a apresentação das candidaturas, tendo a investigadora Maria Manuela Mota, Directora Executiva do Instituto de Medicina Molecular (aureolada com os prémios “Pessoa” em 2013 e “Pfizer” em 2017), discorrendo sobre “A importância da investigação, o percurso de um cientista”.
Maria Manuela Mota destacou “que cabe à ciência o papel de criar novas ideias, havendo a necessidade de abrir canais de comunicação recíproca entre ciência e sociedade”, tendo revelado que o seu trabalho como líder de equipa passa por “treinar pessoas para aprenderem a saciar a curiosidade e a resolver problemas”, desenvolvendo também o seu trabalho no estudo da malária, apresentando as zonas geográficas de maior incidência mundial da prevalência desta doença, cuja luta desenvolvida tem dado frutos, ao ponto das 300.000 crianças que morriam anos atrás terem passado apenas para 130.000, face aos esforços desenvolvidos no sentido da possível erradicação.
Fernando Nogueira, presidente da Fundação Millennium BCP, salientou que a instituição “procura sempre encontrar parcerias com entidades com credibilidade” e referiu-se à que está em vigor como “exemplar, porque o COP tem sido de uma lealdade e trato absolutamente inexcedíveis.” Fernando Nogueira desejou que os Prémios possam “estimular cada vez mais o conhecimento nas Ciências do Desporto.”
Os interessados podem consultar o regulamento no site do Comité Olímpico de Portugal.
