Ao afastar o compatriota Pedro Sousa num jogo empolgante, em que as “tangências” no resultado estiveram vai-não-vai para poder cair para qualquer um dos lados, João Sousa teve a estrelinha um pouco maior e justificou o triunfo sobre o compatriota, comprovando que também está num bom momento.
João perdeu o primeiro set por 6-4, recuperou (a muito custo) no segundo (6 (1)-7 e terminou também com dificuldades para chegar ao 7-5, num encontro que durou cerca de duas horas e meia, apurando-se para os quartos-de-final desta quarta edição do novo Millennium Estoril Open.
Um jogo que passou a ter mais um lugar na história do Millennium Estoril Open, porquanto é o primeiro português a chegar a este lugar.
Dez anos depois do primeiro encontro, também em terras lusas mas na fase de qualificação no Jamor, João e Pedro voltaram a cruzar caminhos. Desta vez, mais do que nunca, dividindo os portugueses — e dando muito, muito espectáculo.
Contrariamente ao jogo ante Gilles Simon, na véspera, em que Pedro ficou “derreado”, ao ponto de se deitar no recinto de jogo no final do jogo, esta quarta-feira esteve surpreendente, como que “vendendo” frescura.
Mas a verdade é que se houve algo que não faltou neste reencontro de Sousas foi frescura física, sobretudo nos primeiros instantes e por parte do lisboeta, que nos três sets entrou decidido e a quebrar num dos primeiros jogos.
Com o desenrolar do jogo, mal sabiam os espectadores (muitos) o que aí vinha para se prolongar o duelo a um tal ponto que tem de ser considerado um dos mais épicos da história do ténis português.
Com match points para cada lado, João e Pedro “encaixaram” peças e entraram num mano a mano que levou os quase 3.000 espectadores presentes a um estado de êxtase, de nervos e até de “drama”, que só ao 12.º jogo do último parcial conheceu o vencedor: foi João, o primeiro a enfrentar match points mas o último a sorrir.
João Sousa vai discutir com o britânico Kyle Edmund nos quartos-de-final, nesta sexta-feira, Kyle que derrotou o australiano A. De Minaur por 6-2 e 7-5.
João Sousa, depois da partida escaldante com Pedro Sousa, ainda teve “genica” para chegar aos pares (com L. Mayer-Argentina) e vencer (2-0) a dupla formada por A. Behar (Uruguai) e M. Reys (México), avançando também para a fase seguinte, jogando esta quinta-feira (não antes das 17 horas, no Court Cascais) com R. Haase e M. Middelkoop (ambos da Holanda).
Nas outras partidas de singulares que se efectuaram esta quarta-feira, o norte-americano Frances Riafoe venceu o luxemburguês Gilles Muller (finalista no ano passado) por 6-4 e 7-5, enquanto o italiano Simone Bolelli afastou o argentino Frederico Delbonis por 3-6, 7-5 e 6-2.
Para esta quinta-feira, o Estádio Millenium abre (13 horas) com o despique entre o espanhol Robert Carballes Baena e o britânico Cameron Norrie, seguindo-se (não antes das 14 horas) o frente a frente entre o sul-africano Kevin Anderson (8º ATP e figura principal deste torneio) e o grego Stefanos Tsitsipas, jogador que perdeu a final em Barcelona ante Nadal.
Não antes das 18 horas jogarão o argentino Nicolas Kicker e o espanhol Pablo Carreño Busta (12º ATP e a segunda estrela do torneio), numa partida também importante, terminando a sessão noctura pela noite dentro parta o jogo que oporá o chileno Nicolkas Jarry e o espanhol Ricardo Ojeda.
No Court Cascais, a partir das 13 horas, estarão os pares, com o australiano J. Peers e o holandês J. Rojer a medir forças, seguindo-se (não antes das 14h30) a partida entre o holandês W. Koolhof e o neozelandês A. Sitak contra a dupla lusa formada por Gastão Elias/Pedro Sousa.
Não antes das 15h30, os britânicos K. Edmundo e C. Norrie defrontarão os australianos A. De Minaur e L. Hewitt.