Com dois golos no regresso aos relvados – tendo-se notado que ainda a “meio gás” – Bas Dost recolocou o Sporting na rota do título, depois de ter vencido o Chaves (2-1) e num jogo em que muita coisa podia ter sido diferente.
Não está em causa o triunfo dos “leões”, porque soube tornear os “peões” nas alturas propícias – em especial da infelicidade de Platiny que falhou a recepção da bola, junto da sua grande área, que foi conquistada por Battaglia e endereçada para o lado contrário onde Dost estava só, sem marcação, fuzilando a baliza de Ricardo para o 2-0 (85’).
O Chaves até começou melhor, com William (11’) frente a Rui Patrício e quer fez o pior (não marcar) que foi permitir a defesa de Patrício, com o Sporting a responder (12’) com Montero a atirar de cabeça para uma excelente defesa de Ricardo.
À passagem da meia hora Montero (na sequência de uma falha do defesa Nuno André Coelho) tinha tudo para rematar, porque só tinha Ricardo pela frente, mas preferiu passar para o lado, com Ruben Ribeiro a não poder rematar porque tapado e enviar mais para a direita onde surgiu Nelson em velocidade e a rematar contra Ricardo, que saiu da baliza e deu o corpo à bola.
William (Chaves) esteve a poucos centímetros de poder marcar quando (42’) tentou chegar à bola centrada, da direita, provinda de Perdigão, terminando a bola nas mãos de Patrício.
Pouco depois (55’) é Patrício que impede o golo na sequência de um remate forte de Nuno André Coelho mas, seis minutos depois, o Sporting chegou-se à frente.
Ruben Ribeiro avançou pela esquerda e centrou para o poste mais longe onde viria a chegar Bas Dost para, lá do alto da torre que é, cabecear para o fundo da baliza, tendo levado a melhor sobre dois defesas do Chaves, impotentes para se oporem.
Nesta jogada ficou uma dúvida: quando Dost se elevou colocou as mãos nos ombros do defesa do Chaves, que o terá impedido de saltar mais acima. Infracção de Dost? O golo foi confirmado pelo árbitro, mesmo sem recorrer ao VAR. Ninguém protestou e tudo certo!
Apesar de estar a perder, o Chaves foi sempre à procura de reduzir a diferença ou anulá-la e Davidson (78’) tirou Patrício do caminho da bola, rematando mas Battaglia salvou sobre a linha de golo.
Resposta do Sporting (78’) com Ricardo a defender uma bola “puxada” por Bryan Ruiz e, pouco depois (85’) o Sporting chegou ao 2-0.
Platiny deixou que a bola fugisse dos pés, o que aproveitou Battaglia para cavalgar para a grande área, centrou para a esquerda, onde estava Bost completamente só, que mais não fez do que meter a bola na “escancarada” baliza à guarda de Ricardo.
Sobre o minuto 90’, o Chaves chegou ao empate com um golo marcado por Platiny, de grande penalidade (falta cometida por Coates), que “enganou” Patrício, indo o guarda-redes para um lado e a bola para o contrário.
O F. C. Porto mantém a liderança (67 pontos), seguindo-se o Benfica (65) e o Sporting (62). Na quarta posição está o Sporting de Braga (58) – na expectativa de aproveitar qualquer “escorregadela” – estando o Rio Ave em 5º mas muito longe (40 pontos) – “perseguido” pelo trio constituído por Chaves, Boavista e Marítimo, todos com 36.
O Estoril mantém-se como “lanterna vermelha” – quem diria face a épocas anteriores – enquanto o Paços de Ferreira, ao vencer o Porto, passou de penúltimo para 14º, a par do Setúbal.
Nos marcadores, Jonas continua líder (31) e Dost fixou-se nos 22, seguido de Marega (20), Aboubakar (15) e Raphinha (13).