Terça-feira 24 de Novembro de 3857

Gelson resolveu um problema e criou outro mais bicudo

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LIGA NOS – Sporting, 1 –Moreirense, 0

No meio de uma mão cheia de problemas que foram criados por culpa própria, o Sporting conseguiu chegar ao triunfo no último minuto do tempo extra o árbitro definiu, com um golo que como que caiu do céu, em desespero e com um pouco de sorte à mistura.

Embalado pelo lado direito, Gelson recebeu a bola e disparou forte de seguida para a ver entrar na baliza depois de tabelar no defesa forasteiro, André Micael, traindo o guardião que estava no caminho da bola. Tanto porfiou (muitas vezes mal, porque fazia-o sozinho) que marcou.

Mas estragou a festa ao despir a camisola, que valeu o segundo amarelo e a ausência no jogo frente ao F. C. do Porto (decisivo) na próxima sexta-feira.

Para além de não ter “entrado” no jogo do adversário – que utilizou um 4x4x2, quando não um 4x5x1 – porquanto os de Cónegos jogaram quase sempre “em cima” dos avançados e médios dos leões, não permitindo grandes veleidades aos homens de Jorge Jesus, pese embora tenham criado oportunidades para marcar, sem as concretizar.

O primeiro canto até foi conquistado pelo Moreirense (8’) e Rui Patrício também o primeiro chamado a salvar uma situação passível de golo em disputa com Bilel (10’). Depois foi Bruno Fernandes que (13’) atirou por cima da barra, o mesmo sucedendo a Battaglia (17’), com a alça mais levantada do que devia,

Mas o Moreirense ripostava sempre e Zizo (24’) “moeu” o juízo da defesa leonina em mais um ataque, no seguimento de um cruzamento feito por Rúben Lima, mas que Bryan Ruiz conseguiu salvar a baliza à guarda de Patrício.

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Carlos Palma / Central Noticias

Cinco minutos depois, o Moreirense voltou a criar perigo com Zizo a rematar para André Pinto safou, o mesmo sucedendo com Tozé (32’) a atirar forte mas com Patrício a defender. Foi um período em que o Sporting parecia “perdido” pelo campo todo e inoperante quanto à marcação de golos, que era o que precisava.

A finalizar a primeira parte (45+3’), Bryan conseguiu escapar-se pela esquerda, centrou forte a meia altura mas André Pinto, em voo, não conseguiu acertar convenientemente na bola, que podia ter sido um golo muito bonito.

No segundo tempo, até foi o Moreirense que introduziu a bola na baliza de Rui Patrício mas não foi confirmado depois do árbitro verificar o VAR, tendo considerado que o atacante fez falta (empurrando-o) sobre o defesa Petrovic que o tentou desarmar. Mas o “alarme” ficou ligado no lado dos leões.

Tanto que poucos minutos depois Rui Patrício (56’) foi obrigado a uma grande defesa para evitar o golo quase certo.

Os leões mantinham como que um jogo muito individualizado em redor de Bruno Fernandes e em Gelson, perdendo muitas jogadas a meio campo sem que pudessem chegar à baliza adversária. E só nesse tipo de “rasgos” é que Gelson (57’) tentou o golo que o guardião visitante defendeu para canto.

Com um cartão amarelo, Petrovic (60’) tentou desarmar o atacante do Moreirense e o árbitro mostrou o segundo amarelo, pelo que teve que abandonar o jogo. No entanto, nem houve falta pelo que a mostragem do amarelo também foi irregular.

Com meia hora por jogar e só com dez, o Sporting como que ficou “hipnotizado”, o SportingMoreirense_H0P0620que o Moreirense também não aproveitou, porquanto também já estavam cansados, pese embora ainda tivessem “forças” para criar uma oportunidade de golo para cada lado.

Acuña (86’) faz um centro em estilo balão para a zona da baliza, com a bola a “pingar” junto da trave, o que levou Johnatan a esticar-se e mandar a bola por cima da barra. Na outra, Rafael Costa (88’) cobrou um livre directo e a bola passou a rasar o poste da baliza dos de fora de Lisboa. Numa terceira, Coates tentou fazer um “chapéu” a Johnatan mas a bola subiu demais e saiu por cima da barra.

Nos descontos foi encontrado o vencedor, com Gelson a aproveitar a “abertura” da defesa do Moreirense e marcar o golo do triunfo no último suspiro. Que se justificou pelo que as equipas fizeram ao longo da partida.

Tiago Martins (Lisboa) foi o árbitro principal e actuou dentro do princípio de apitar pouco, no que não se deu bem, acrescido da mostragem de um cartão amarelo que não se justificava, auxiliado por André Campos e Pedro Mota que pouco ajudavam.

As equipas alinharam do seguinte modo:

Sporting – Rui Patrício; Piccini, Coates, André Pinto e Acuña; Bryan Ruiz (Misic, 68’), Bruno Fernandes, Gelson e Battaglia; Montero (Roberto Leão, 59’) e Doumbia (Bruno Cesar, 90+3’).

Moreirense – Johnatan; Iago Santos, Mohamed, André Micael e Rúben Lima; Arsénio, Neto, Bilel e Boubacar; Toze e Zizo.

Disciplina: Amarelo para Boubacar /27’), Neto (34’), Petrovic (38’ e 60’, sendo expulso), Acuña (55’), Tozé (84’), Gelson (87’ e 90+3’, sendo expulso) e Bilel (89’).

No outro encontro a fechar esta 24ª jornada, o Braga venceu o Tondela (1-0).

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