Carlos Palma / CN
Liga NOS
Apesar de ter aumentado significativamente o número de espectadores em relação ao último jogo tido no Alvalade XXI (46.881 para os 42.528 perante os gregos do Olympiakos), por certo que os sócios e adeptos do Sporting não esperavam assistir a uma partida de “serviços mínimos” em vésperas de jogar com o Barcelona, no último jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões, em que ainda está em aberto a possibilidade de passar aos oitavos de final.
Na verdade, em termos técnicos, vivacidade, actividade física forte e jogadas de fazer levantar o público, este “ensaio geral” para terça-feira da próxima semana não foi muito agradável para os leões, o que não foi aproveitado pelo Belenenses, que começou por jogar em 4x5x1 (povoando o a grande área e o meio campo) mas foi crescendo ao longo do segundo tempo ainda que sem perigos de maior.
Bas Dost, que na primeira jogada levou o perigo à baliza azul e branca mas cabeceou ao lado, pouco mais fez, a não ser converter a grande penalidade cometida (11’) por Florent que, depois de Gelson passar por ele a toda a velocidade, foi-lhe às pernas, com o juiz Nuno Almeida a tomar a decisão certa.
Chamado a converter a grande penalidade, Bas Dost mandou a bola para o lado contrário do guarda-redes Muriel e confirmou o que veio a ser o primeiro e único golo do desafio.
Por explicar ficou o facto de o juiz da partida não ter mostrado qualquer cartão ao jogador que cometeu a infacção.
Com este golo, Bas Dost subiu ao segundo lugar da lista dos melhores do campeonato da presente época (10), a cinco do benfiquista Jonas (15) e com mais um do que Aboubakar (9), todos em branco (0-0) no clássico F. C. Porto-Benfica. Ao chegar a esta meta, Dost completou 50 golos desde que se estreou na equipa principal do Sporting.
Depois de alguns minutos “embaraçados”, os azuis começaram a recuperar e André Sousa (20’), num livre directo, rematou forte e lavou a bola a raspar no poste.
Noutro livre (23’), Acuña, a centro de Bruno Fernandes, rematou sem deixar a bola tocar o relvado mas esta levou efeito demasiado e saiu ao lado da baliza.
O Belenenses chegou de novo à grande área de Rui Patrício, só que Diogo Viana atirou sem pontaria.
Em função do sistema adoptado para este jogo, o Belenenses não esteve sempre “agarrado” aso 4x5x1 e, aproveitando a “inércia” da formação de Jorge Jesus, obrigou o Sporting a estar mais atento, fazendo diminuir eventual “caudal” dos leões e soube ir tentar fazer perigo para a baliza sportinguista mas sem êxito.
No segundo tempo, com os azuis da cruz de Cristo ao peito a crescer, o jogo como que ficou “paralisado” para os dois lados – em termos de ideias e actos – mais parecendo um jogo sem … jogo.
Ainda assim, o Sporting teve em Bruno Fernandes (57’) o remador oficial, tendo (57’) protagonizado uma boa jogada, fintando um defesa e depois rematou à baliza mas à figura, o mesmo sucedendo quatro minutos depois e, ainda, aos 64’, quando rematou forte mas à figura do guarda-redes.
Nova “paragem” dos leões e o Belenenses teve uma excelente oportunidade de empatar (76’), quando Maurides, isolado, fez uma tentou fazer um chapéu a Patrício mas a bola acabou por sair por cima da barra.
Bryan, que entrou aos 85’ – e Bruno César aos 89’ (não se percebem estas substituições nos últimos do jogo) – teve o 2-0 nos pés mas o chapéu que tentou fazer ao guarda-redes Muriel não surtiu efeito porque Florent correu e chegou a tempo de evitar, com a cabeça, que a bola entrasse.
No seguimento de um canto Coates ainda tentou mas a cabeçada que deu levou a bola a sair ao lado, cumprindo-se ainda mais quatro minutos sem que nada de especial se tivesse passado.
Com o empate (0-0) do Benfica frente ao F. C. Porto, no Dragão, o Sporting juntou-se ao F. C. do Porto no primeiro lugar, ambos com 33 pontos, com primazia para os portistas pelo número de golos marcados, seguido do Benfica (30).
Nuno Almeida, o juiz da partida, com a decisão ao assinalar a grande penalidade (12’) contra os azuis – não foi contestada pela equipa visitante nem o VAR – acabou por fazer um trabalho positivo, não prejudicando demasiado qualquer das equipas.
Foi bem acompanhado pelos assistentes Antódio Godinho e Paulo Ramos.
Equipas:
Sporting – Patrício; Piccini, Coates, Mathieu e Fábio Coentrão; William, Bruno Fernandes (Breuno César, 89’) e Gelson; Acuña (Bryan, 69’), Podence (Battaglia, 60’) e Dost.
Belenenses – Muriel; Bruno Pereireirinha, Gonçalo Silva, Nuno Tomás e Florent; Hassan Yebda e Bouba Saré (Maurides, 46’); Diogo Viana (Miguel Rosa, 69’), Fredy e André Sousa (Tiago Caeiro, 79’); Benny.
Cartões amarelos: Hassan Yebda (49’), Diogo Viana (65’), Mathieu (83’) e Fredy (88’).
