Com o triunfo obtido em Vila da Feira, o F. C. do Porto manteve a liderança ao fim da 16ª jornada, penúltima da primeira volta da Liga NOS, agora com dois pontos de vantagem sobre o Sporting e cinco sobre o Benfica que, no derby da Luz, não souberam “desatar” o nó a favor de cada um deles, terminando empatado (1-1).
Realce desde já para os cinco triunfos forasteiros (em nove jogos), o que se verificou pela primeira vez na competição em curso, sendo ainda uma das poucas em termos históricos.
No principal jogo, Benfica e Sporting não tiveram nem arte nem manha (nem sorte) para decidirem o jogo a favor de cada um.
Com um golo como que “madrugador”, Gelson (19’) colocou o Sporting em vantagem, num golo de cabeça, saltando mais alto do que os centrais do Benfica, dando o melhor seguimento a um passe de Bas Dost.
Ainda que mais baixo e de menor estatura física, Gelson saltou mais alto do que Jardel e Rúben Dias, que permitiram que o atacante leonino entrasse pelo meio dos dois sem que estes tivessem reacção para também saltar, tal a rapidez da movimentação de Dost e de Gelson.
Mal se viu na frente, os leões começaram a recuar e só “surgiam” em regime de contra-ataque aproveitando o “frenesim” atacante do Benfica que, mesmo em superioridade, também não atinou com a baliza de um Patrício praticamente parado durante o jogo.
O futebol bonito deu origem a um sistema sem sistema – “pé na tábua e fé em Deus” – que teimou em, por outra via, a continuar a deixar dúvidas sobre o VAR e o árbitro de carne e osso, o que se verificou amiúde de mais.
Primeiro foi com Fábio Coentrão, depois com William Carvalho – decisões que foram consideradas correctas
A poucos minutos do intervalo Gelson podia ter chegado ao segundo golo, correspondendo a um excelente passe de Bruno Fernandes mas levantou a “alça” de mais e a bola passou por cima da barra.
No segundo tempo, com a entrada de Raul Jiménez (55’), o Benfica passou a imprimir um fio de jogo mais consentâneo com o desejo de ganhar, e carregou sobre a baliza de Patrício, que se viu em “palpos de aranha” e em que a bola só não entrou porque um defesa a afastou quase em cima da linha de golo e, noutro, Krovinovic atirou forte ao poste da baliza.
Como não há duas sem três, a grande penalidade “verdadeira” chegou aos 88’, quando Battaglia desviou, com a mão, a trajectória da bola no caminho para a baliza, já na grande área do Sporting.
Chamado a marcar o castigo máximo, Jonas não se fez rogado e, com um remate colocado, fez a bola entrar na baliza de um Patrício (90’) algo titubeante.
Um empate que foi o melhor corolário para o que foi jogado em campo.
A16ª jornada ficou completa com os jogos realizados esta quinta-feira – onde sobressaíram as cinco vitórias forasteiras, como referido – com o Moreirense a vencer (2-1) em casa do Aves, o Braga a ganhar (3-0) no Bessa, o Tondela a ir vencer (1-0) ao Desportivo das Aves, o Chaves a regressar do Funchal depois de derrotar (2-1) o Marítimo, e o F. C. Porto a viajar de Santa Maria da Feira com um triunfo (2-1).
Nos outros jogos, o Rio Ave bateu (4-2) o Paços de Ferreira, enquanto Setúbal e Estoril empataram (2-2), tal como o Portimonense-Belenenses (0-0).
O Porto voltou a ficar isolado no comando (42 pontos), seguido do Sporting (40), do Benfica (37), do Braga (34), Marítimo e Rio Ave (27), Guimarães (23), Chaves (22), Boavista (20),, Tondela e Belenenses (18), Portimonense (17), Feirense e Moreirense (14), Aves e Paços de Ferreira (13), Estoril (12) e Setúbal (11).
A 17ª jornada (última da primeira volta), inicia-se este sábado com o jogo Braga-Rio Ave, prosseguindo a ronda no domingo com as partidas Chaves-Aves, Moreirense-Benfica, Sporting-Marítimo e Porto-Guimarães. Na 2ª feira, Paços de Ferreira-Portimonense e Estoril-Feirense, culminando na terça-feira com o Tondela-Setúbal e o Belenenses-Boavista.
Mas uma ronda onde as surpresas podem surgir ao virar da esquina.
Nos melhores marcadores, Jonas aumentou a vantagem, somando 19 golos, à frente de Bas Dost e Marega (13), seguindo-se Aboubakar (12).