Terça-feira 24 de Novembro de 7818

Benfica da fraqueza à … fartura

Fernando Correia/CN

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Vencendo o Vitória de Setúbal por seis golos sem resposta, o Benfica igualou o Braga, com o mesmo resultado frente ao Estoril, sinal de que dominou na Luz e que o resultado é justo, registando-se ainda que o Porto venceu o Paços de Ferreira por 6-1.

Mas certo apenas porque o Benfica teve uma “ajudinha” do árbitro do encontro, já que o contacto entre Luisão e Nuno Pinto (que já tinha um amarelo) não foi falta, antes foi o central benfiquista que se fez ao “banho”.

A jogar com apenas dez jogadores a partir dos 33’, o Vitória sofreu o toque do qual não recuperou nunca dado que o Benfica, que vinha de fraqueza (cinco derrotas na fase de grupos da Liga dos Campeões), passou a cimentar a fartura logo a seguir, quando chegou ao 2-0 seis minutos depois.

O triunfo é justo mas os números é que foram exagerados, pese embora pudessem ter acontecido de onze para onze, uma vez que o Benfica, como se referiu, dominou em toda a linha.

O Setúbal tentou sempre dar réplica, não se fechou na defesa até essa altura e criou algumas jogadas com maior ou menor perigo.

O primeiro golo do desafio aconteceu cedo (7’) numa jogada algo inédita – mas demonstrativa da vontade do Benfica marcar o mais rápido possível – para evitar mais “temores” cardíacos como os que tem acontecido nos jogos da Liga dos Campeões.

Isto porque a jogada do golo de abertura foi concluída pelos defesas centrais do Benfica. Livre marcado por Pizzi, Jardel, na grande área, desvia de cabeça para o outro lado onde surgiu Luisão a marcar sem dificuldade, porque estava completamente só. Pode ser uma jogada estudada mas a verdade é que parece ser inédito os dois centrais estarem nis lugares dos avançados.

Mais “aliviados”, o Benfica nfoi quem mais atacou, com Salvio (13’) a atirar à figura de Cristiano, seguindo-se Jonas (24’) e Jardel (28’) a importunar o guardião visitante, em especial a cabeçada de Jardel, que obrigou a uma grande defesa.

Fernando Correia/CN

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Jonas andava a “espreitar” a oportunidade de “molhar a sopa” e fez o 2-0 (39’) na sequência de um canto marcado por Pizzi, com uma cabeçada forte e sem defesa, tendo o atacante benfiquista chegado ao 100º golo pela equipa da Luz.

O domínio encarnado era a única via – o Vitória passou a jogar com dez jogadores poucos minutos depois – porque os setubalenses não conseguiam suster a vontade do Benfica em chegar a uma goleada, como se verificou.

No segundo tempo, Salvio fez o 3-0 (47’) rematando forte e colocado na sequência de um passe (mais um) de Pizzi e Jonas bisou (66’) rematando para o fundo da baliza depois de vários ressaltos na defesa vitoriana. Minutos antes (57’), Gonçalo Paciência obrigou Varela a esticar-se para evitar um golo que parecia certo.

Três minutos depois (67’), foi André Almeida (67’) que chegou ao 5-0, à segunda tentativa, depois de a defesa ter “desfeito” a primeira jogada, recuperando a bola e rematando pela certa.

Pizzi (72’) obrigou Cristiano a mais uma defesa para canto, enquanto Zivkovic (74’) cruzou para Seferovic falhar no último momento.

Como corolário de tanta pressão e da “depressão” setubalense, Zivkovic (87’) obteve o sexto golo, ainda que com a colaboração de Cristiano, que se atrapalhou de todas as maneiras e provocou um “frango”.

No Benfica sobressaíram Varela, Grimaldo, Luisão, Jonas, Salvio, Pizzi (em especial), André Almeida, enquanto no Vitória Cristiano fez o que pode e Paciência, Arnold, Semedo, Podstawski, João Amaral e Costinha estiveram bem.

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Fernando Correia/CN

Luís Godinho, que chefiou o trio de arbitragem, utilizou critérios diferentes na marcação de algumas faltas; foi no “gesto” de Luisão quando da mostragem do segundo amarelo a Nuno Pinto, que não fez falta mas, antes, foi Luisão que se “banhou” na relva, depois de o assistente Valter Rufo ter deixado passar um braço na bola (para ajeitar o esférico), por parte de Pizzi, que deu origem ao terceiro golo do Benfica, tendo estado melhor José Braga

Acabou, com a expulsão irregular de Nuno Pinto, por “estragar” o jogo porquanto os setubalenses, reduzidos a dez unidades e a perder 1-0, perderam o “norte” a partir daí e foram sofrendo golos atrás de golos, sem estar em causa o triunfo benfiquista.

Equipas:

Benfica – Varela; André Almeida, Luisão, Jardel e Grimaldo (Zivkovic, 59’); Pizzi, Fejsa (Samaris, 63’) e Krovinovic; Salvio (Seferovic, 70’), Jonas e Cervi.

Vitória Setúbal – Cristiano; Arnold, Vasco Fernandes, Semedo e Nuno Pinto; Costinha, Podstawski, Nene Bonilha e André Sousa; João Amaral (Vasco Costa, 45’; substituído por Pedro Pinto, 52’) e Gonçalo Paciência (Edinho, 69’).

Cartões amarelos: Nuno Pinto (33’ e 44’, vermelho e expulso), Grimaldo (45+1’) e André Almeida (90+2’)

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