Fernando Correia / CN
Com a novidade de os espectadores (42.528 registados) terem observado todas as incidências do jogo ao vivo nos televisores gigantes do Alvalade XXI, a outra boa nova foi que o Sporting, em cinco minutos, resolveu um assunto que causou um certo mal-estar inicial pelo desacerto que se viu por parte de alguns jogadores.
Com os gregos a iniciar a partida a defender na linha da frente, os avançados leoninos não encontravam espaços para avançar, apesar do pressing sportinguista, na ânsia de resolver depressas o resultado a seu favor.
Gelson esteve na primeira jogada de perigo (3’) ao cruzar a bola para André Pinto rematar forte, obrigando Potro a uma grande defesa, seguindo-se logo a seguir um passe de Bruno Fernandes para Gelson, que se se isolou mas permitiu que o guardião grego lhe arrebatasse a bola dos pés.
O Olympiakos ensaiou (6’) chegar à área sportinguista mas a defesa anulou qualquer hipótese de perigo.
Depois de uma toada mais “morna”, coube a Bruno Fernandes rematar de longe e por cima (16’), a passa de Bas Dost, enquanto Diogo Figueiras, em contra-ataque, colocou a boa nos pés de Pardo que (19’) rematou por cima da barra.
Koutris (25’) aproveitou a marcação de um livre, perto da grande área dos leões, mas Patrício estava atento e agarrou.
Durante algum tempo (dez minutos), o Olympiakos desenvolveu um jogo mais rectilíneo, com a bola a passar ao primeiro toque, enquanto o Sporting optava por jogar mais lateralmente e mais devagar, pelo que os guarda-redes estavam sem “trabalho”.
Num ápice, o Sporting chegou ao 1-0.
Piccini abalança-se a ir para a frente com a bola, endossou a Gelson, pela direita do ataque, que passou logo para onde se encontra Bas Dost que (39’) não se fez rogado e obteve um golo de belo efeito, abrindo o activo no jogo.
Um desentendimento na defesa grega – bem aproveitada por Gelson – esteve na origem do golo da tranquilidade que o Sporting precisava e que ainda não tinha surgido porquanto ”arrumação” da equipa, por um motivo ou outro, estava a ficar atrasada.
Mas quatro minutos depois (43’), o Sporting aumentou a vantagem (2-0) através de um golo obtido por Bruno César (43’), depois de uma jogada de insistência, aproveitando a falta de marcação dos defesas gregos, erros que se pagam caro.
Fernando Correia / CN
O segundo tempo começou com o Sporting ao ataque a criar mais perigo quando (47’), Gillet terá tocado a bola com o braço dentro da sua área, mas que o árbitro não sancionou.
Aos 53’ o Sporting teve o 3-0 nos pés mas o passe de Bruno Fernandes foi tão forte que Dost não conseguiu chegar à bola.
Dois minutos depois, André Pinto cabeceou ao lado, mantendo o Sporting no comando das operações, pese embora o técnico dos gregos tenha feito as três substituições até ao minuto 64 sem que isso desse algo de positivo.
Fábio Coentrão (64’) também ensaiou uma jogada pelo lado esquerdo, rematando entre os defesas mas a bola foi desviada pelo guarda-redes para canto, do qual nada resultou.
Mas três minutos passados os leões chegaram ao 3-0, com Dost a bisar lá nas alturas, no seguimento da marcação de um pontapé de canto por Bruno Fernandes.
Num livre directo (70’), a bola rematada por Mathieu rasou a trave e verificou-se que a equipa leonina não tinha feito qualquer substituição até aí.
O Olympiacos estava perfeitamente subjugado ao poder dos leões, não fizeram um único remate de perigo, mas acabaram por marcar o golo de honra (87’), através de um remate forte e colocado feito por Odjidja fora da área, que Patrício não teve oportunidade de ver.
Um resultado que se justificou e que levou o Sporting a garantir a presença na Liga Europa (no outro jogo do grupo o Juventus recebeu e empatou com o Barcelona), podendo ainda chegar aos oitavos-de-final da Liga dos Campeões se conseguir vencer em Barcelona a par da derrota do Juventus na Grécia. Decisão que será conhecida no dia 5 de Dezembro.
Fernando Correia / CN
William Carvalho, Bruno Fernandes, Gelson e Bas Dost foi o quarteto que cimentou o triunfo sportinguista, ainda com boas exibições de Coentrão, André Pinto, Bruno César e Mathieu, salientando-se nos gregos o guardião Proto, a par de Romão, Gillet, Koutris, Carcela, Diogo Figueiras e Pardo.
A equipa de arbitragem, chefiada pelo alemão Felix Zwayer, esteve à altura do jogo, pese embora tenha cometido algumas falhas ainda que sem gravidade, em especial por parte do homem do apito.
Equipas:
Sporting – Patrício; Piccini (Ristovski (85’), André Pinto, Mathieu (Tobias Figueiredo, 76’) e Fábio Coentrão; Battaglia, William e Bruno César (Mattheus, 90’); Gelson, Bruno Fernandes e Dost.
Olympiacos – Proto; Figueiras, Botia, Engels e Koutris; Gilet, Romão e Tachtsidis (Odjidja, 64’); Carcela (Sebá, 45’), Fortounis (Djurdjevic, 56’) e Pardo.
Cartões amarelos: William (8’), Diogo Figueiras (32’), Koutris (54’), André Pinto (63’), Gelson (80’), Coentrão (88’) e Pardo (90+2’)
