A Bandeira da Ética é um processo de certificação dos valores éticos no desporto, dirigido a clubes, escolas, projectos ou qualquer outro tipo de iniciativas e entidades que queiram ver reconhecido e certificado o seu trabalho no âmbito da promoção dos valores éticos através do desporto.
Uma iniciativa promovida pelo Plano Nacional de Ética no Desporto/Instituto Português do Desporto e Juventude que foi apresentada publicamente ante João Paulo Rebelo, Secretário de Estado da Juventude e Desporto, noutro passo em frente na implementação da programação do PNED, pretendendo-se igualmente, através deste projecto, implementar um processo que identifique e promova boas práticas, garantindo ao mesmo tempo uma metodologia flexível e útil para todo o tipo de agentes.
Segundo José Lima, coordenador do PNED, “todo o processo assenta numa plataforma tecnológica que visa ser uma comunidade de registo e partilha de boas práticas. O processo divide-se em duas fases distintas, embora complementares”.
A primeira fase de certificação refere-se ao próprio processo de obtenção da 
acreditação, mediante o acesso à plataforma online “Bandeira da Ética”.
Numa segunda fase, de pós-certificação, as entidades terão as suas iniciativas e projectos integrados num repositório online de boas práticas de ética no desporto, fazendo parte de uma comunidade de instituições comprometidas com esta dimensão desportiva e, aquelas certificadas, poderão utilizar o selo de qualidade Bandeira da Ética em todos os seus processos de comunicação interna e externa.
Este repositório permitirá conhecer práticas de excelência que se realizam noutras instituições, visando a divulgação e partilha das mesmas, que se pretende seja uma fonte de inspiração e informação dinâmica.
Sob a tutela da entidade pública responsável (Instituto Português do Desporto e Juventude/ Plano Nacional de Ética no Desporto), a Bandeira da Ética é um selo de qualidade das iniciativas desportivas, que deve ser potenciado pelas entidades certificadas, dentro e fora da sua organização.
“Juntos, sabemos mais e fazemos melhor!” – advoga o PNED, frisando que ao fazer parte da certificação Bandeira da Ética, a organização entra numa comunidade de instituições que se destacam nas melhores práticas em prol da ética no desporto, podendo comunicar, estabelecer e reforçar as redes colaborativas da instituição.
Apenas é preciso – e aí é que está o desafio – saber quem vai obter a Bandeira da Ética, conhecendo-se várias instituições, em todo o país, que tem os pergaminhos que comprovam as actividades que foram desenvolvendo ao longo de dezenas (e até centena) de anos.
Uma boa iniciativa para ver se nos conseguimos entender sobre os valores da ética no desporto, muito maltratada nestes últimos tempos, que nem o “murro na mesa” dado pelo presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, surtiu o efeito desejado.
Também será um factor de atenção verificar se às entidades envolvidos nesse processo será atribuída alguma Bandeira da Ética.
