Terça-feira 03 de Dezembro de 2024

Celebração Olímpica consagrou os melhores de 2017

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DR / COP

O principal galardão do Comité Olímpico de Portugal distinguiu, esta quarta-feira, o técnico Jorge Miguel que ao longo de mais de três dezenas de anos tem feito campeões na marcha atlética, a quem foi atribuído a Ordem Olímpica Nacional.

Ainda “mal refeito” da outorga do prémio, Jorge Miguel era um homem feliz, em especial porque “tive a oportunidade de treinar atletas de grande categoria, que sempre quiseram ser sempre melhores em cada época que passou, o que redundou nos êxitos alcançados, mercê da determinação e do trabalho que cada um fez”.

Jorge Miguel teve um papel determinante no desenvolvimento da marcha atlética em Portugal, sendo responsável pelo aparecimento da marcha no Clube de Natação de Rio Maior, onde formou atletas de dimensão internacional como Susana Feitor, João Vieira, Sérgio Vieira, Inês Henriques ou Vera Santos

Em ordem de grandeza, embora todos os distinguidos sejam ou foram atletas ou dirigentes de gabarito, a Medalha de Excelência Desportiva foi entregue aos atletas Inês Henriques (campeã e recordista mundial dos 50 km marcha) e Fernando Pimenta (Medalha de Ouro – K1 1000m no Campeonato da Europa — Plovdiv 2017; Medalha de Ouro – K1 5000m no Campeonato do Mundo – Racice 2017; Medalha de Prata – K1 1000m no Campeonato do Mundo – Racice 2017;

Medalha de Prata – K1 5000m no Campeonato da Europa – Plovdiv 2017), para além de mais quatro medalhas: uma de ouro, em K1 1000m, em Montemor-o-Velho; e três de prata em K1 500m e K1 5000m, em Montemor-o-Velho, e em K1 1000m, em Szeged, na Hungria, na Taça do Mundo.

O Prémio Prestígio foi destinado a Cristiano Ronaldo, que tem vindo a conquistar, ao longo da sua carreira desportiva, os mais importantes prémios individuais e colectivos na sua modalidade, prestando um inestimável contributo para a projecção internacional do país e do desporto português, campeão que não pôde estar presente.

A Medalha de Mérito foi outorgada à Profª Fátima Monge da Silva, que foi a precursora do desenvolvimento do andebol feminino em Portugal, conquistando inúmeros títulos em alguns dos principais clubes da modalidade.

Profissional de Educação Física, Treinadora e Seleccionadora Nacional de Andebol, (1978-1989) teve um papel incontornável na valorização e desenvolvimento do desporto feminino reconhecido em diversos prémios de carreira, bem como na promoção do desporto na comunidade escolar através do Programa de Apoio à Apoio à Educação Física no 1º Ciclo Ensino Básico, da Câmara Municipal de Lisboa.

O Prémio Ética Desportiva destinou-se ao Prof. Carlos Gonçalves, galardoando acções relevantes em prol dos princípios e valores da ética no desporto, susceptíveis de constituírem exemplos virtuosos e pedagógicos, tem um percurso desportivo ecléctico, iniciado em 1967, e que foi marcado por uma profunda ligação ao estudo e promoção dos temas da ética e do fair-play, nomeadamente no seio do Movimento Europeu de Fair-Play que serviu desde 1994 a 2012 como Vice-Presidente e Presidente, e na Fundação Internacional de Educação Olímpica e Desportiva, funções que granjearam várias distinções em diversos países, como foram os casos da Medalha de Ouro e Prémio Nacional de Fair Play do Comité Olímpico da Polónia (2011 e 2012) e o Prémio Mundial de Fair Play Willi Daume – 2012, categoria “Promoção dos valores do Espírito Desportivo – outorgado pelo Comité Internacional de Fair Play e pela UNESCO.

O Prémio Juventude foi destinado ao jovem Edson Barros (juvenil), que conquistou a medalha de ouro nos 2.000 metros obstáculos do Festival Olímpico da Juventude Europeia (FOJE), em Gyor frequentando, com aproveitamento, o ensino secundário.

Nesta parada de estrelas – do desporto olímpico e não só – o presidente do COP, José Manuel Constantino, destacou o papel desempenhado pelos agentes desportivos, que têm dado “um contributo tantas vezes reconhecido no discurso, mas omisso e moroso na sua tradução em medidas que galvanizem e qualifiquem o labor de atletas, de técnicos, de dirigentes, de voluntários, de árbitros, de juízes e demais agentes que, enquadrados pelas organizações desportivas, de clubes a federações, erigiram do livre associativismo o desporto que hoje celebramos.”

José Manuel Constantino sublinhou ainda no seu discurso que “para unir” o universo do desporto português “é preciso reconhecer. Reconhecer e corrigir as debilidades para consolidar a firmeza no nosso propósito de ir mais alto, mais rápido e mais forte. No espaço de competição e fora dele. Nas organizações desportivas, mas também naquelas com atribuições e competências no desenvolvimento do desporto e do Olimpismo.”

O presidente do COP deixou um desafio para o futuro, aludindo aos resultados conseguidos pelos consagrados na Celebração Olímpica: “Estou seguro que, inspirados no seu exemplo, seremos capazes de abraçar com sucesso os propósitos que assumimos neste novo ciclo olímpico.”

Por seu lado, o Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, invocou os valores olímpicos, Excelência, Amizade e Respeito, para sublinhar que “a presença nos Jogos Olímpicos é muito ambiciosa e profissional”, lembrando igualmente que o apoio público às Missões Portuguesas está contratualizado para três ciclos olímpicos.

“Trabalhamos juntos para conseguir condições para os nossos atletas”, disse Tiago Brandão Rodrigues. “Todos somos precisos neste esforço. Portugal conta com cada um de vós.”

O presidente da Comissão de Atletas Olímpicos, João Rodrigues, que participou em sete Jogos Olímpicos, deixou igualmente um desafio: “Que possamos trabalhar todos em conjunto, agora e no futuro, em prol do desporto.”

A partir desta nova época, a segunda (de quatro anos) antes dos jogos de Tóquio’2020, entram em vigor as regras de apuramento, pelo que os atletas têm que se concentrar para começar a marcar pontos, obter marcas, para que possam estar integrados no programa olímpico a cem por cento.

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