Benfica, 0 – Manchester United, 1
Um deslize a despropósito por parte do jovem guardião benfiquista (Svilar, o mais novo de sempre na estreia na “Champions” e o melhor na equipa dos encarnados), levou o Benfica à terceira derrota consecutiva na Liga dos Campeões, tornando mais difícil a chegada à fase seguinte, se bem que ainda haja tempo para dar a volta nos três jogos que faltam jogar.
Surpreendido (ou distraído) pelo forte remate que Roshford aplicou na marcação de um livre (64’), Svilar recuou mais do que uma vez para dentro da sua baliza (a bola parecia levar lume) que, mesmo esticando os braços, não conseguiu deixá-la fora da linha de golo, que foi assinalado pelo assistente adicional de baliza e confirmado pelo árbitro, ao que parece sem margem para dúvidas, dado que os jogadores do Benfica não reclamaram e o jovem guardião confirmou o “desaire”.
Sendo uma derrota desta maneira, por certo que poderá ter criado alguma “mossa” junto de Svilar, pese embora parecesse conformado pela forma como o disse, pedindo inclusivamente desculpa aos adeptos benfiquistas, à equipa e ao técnico Rui Vitória.
O que é caso para aplicar o velho ditado de que “no melhor pano caiu a …nódoa”, isto é, um deslize que deu a vitória ao adversário.
Verdade seja dita que o Benfica também não jogou para ganhar – embora fosse oobjectivo principal – porquanto não encontrou formas de poder ser superior aos ingleses de José Mourinho, que souberam cumprir muito bem a táctica delineada para a partida.
Os jogadores do Benfica raramente tiveram muito espaço de manobra porquanto Lukatu (a tentar marcar e até a jogar a defesa central) é verdade que não marcou mas safou-se bem na defesa, partindo quase sempre para os contra-ataques que deram bastante trabalho a Svilar.
Do lado do Manchester, apesar da maior posse de bola (62-38%) e do maior número de remates à baliza contrária (4), houve oportunidades que não foram aproveitadas apenas porque Svilar resolveu quase tudo.
O primeiro lance de perigo pertenceu ao Manchester, quando (4’) Lukatu surgiu isolado frente ao guardião do Benfica e este desviou a bola para fora num voo em que cabeceou a bola.
O Benfica teve em Grimaldo o grande impulsionador e municiador dos atacantes da sua equipa, mas que não deu nada palpável.
Diogo Gonçalves (27’), Jimenez (29’) e Filipe Augusto (43’) foram os que criaram situações de maior perigo na primeira parte mas que não resultaram, enquanto o Manchester foi gerindo o tempo de forma calculista, com Rashford a impressionar pelos seus “arranques”, sempre que o deixavam livre.
No segundo tempo, o Manchester continuou a mandar no jogo até chegar ao 0-1 no tal golo algo “fantasma” para o jovem Svilar, que não merecia tamanha “humilhação” na sua estreia na Liga dos Campeões, muito embora o empate não deslustrasse ninguém.
No cômputo geral, registo para os 57.684 espectadores presentes, realçando as exibições mais positivas de Svilar, Grimaldo, Salvio, Rúben Dias (que andou de cabeça ligada), Zivkovic e Luião (“machou” a equipa com dois amarelos, que levaram ao vermelho e que vai estar quieto pelo menos na próxima ronda).
No Manchester, De Gea teve pouco trabalho mas ainda safou algumas situações de aflição, salientando-se Rashfor, Lukatu, Lindelof, Herrera, Valencia e Matic.
A equipa de arbitragem alemã, chefiada por Felix Zwayer, não cometeu erros de palmatória, passando quase despercebida, podendo-se deixar algumas dúvidas sobre se a bola ultrapassou totalmente a linha de baliza.
As equipas alinharam:
Benfica – Svilar; Douglas, Luisão, Rúben Dias e Grimaldo; Pizzi (Zivkovic (58’), Fejsa e Filipe Augusto; Salvio (Cervi, 83’), Jimenez e Diogo Gonçalves (Jonas, 69’).
Manchester United – De Gea; Valencia, Lindelof, Smalling e Blind; Juan Mata (Lingard, 83’), Herrera, Matic e Rashford (Martial, 75’); Mkhiryan (McTominay, 90+2’) e Lukatu.
Amarelos para Luisão (duplo, aos 5’ e 90+3’, correspondendo a um vermelho directo), Valencia (40’), Diogo Gonçalves (53’) e McTominay (90+21).