Sexta-feira 22 de Novembro de 2024

Mais um “Santo” (Bernardo Silva) para o altar!

WC2018PorSui_H0P8296Não tenhamos dúvida que Bernardo Silva foi o melhor português frente à formação helvética – daí o epíteto de “Mais um Santo” – não pelos golos (que não meteu) mas pela dinâmica de jogo que imprimiu ao longo dos noventa e três minutos, apesar de ter abusado em jogadas individualizadas, que poderiam ter criado alguns percalços à formação das quinas, num triunfo que não se discute tal a acutilância da equipa de Fernando Santos, que teve o melhor prémio de aniversário, tendo completado 63 anos neste dia 10 de Outubro de 2017.

Com isto, Portugal passou a ocupar o primeiro lugar do grupo e ficar apurado, directamente, para a fase final do Mundial, na Rússia, no que que vem.

Bernardo não marcou golos – também não é tanto a missão dele, antes um estratega de alto quilate, que cumpriu apesar dos abusos – mas voltou a estar no segundo, ao fazer o centro para André Silva marcar o segundo, qual cópia a papel químico do que marcou frente ao Andorra no passado sábado.

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Carlos Palma

Posto isto e podendo-se salientar mais duas ou três oportunidades que Portugal teve (32’, por Bernardo Silva, que frente ao guarda-redes rematou para este defender quando tinha tempo de poder fazer um “chapéu”; 40’, quando André Silva correu o campo todo para chegar à baliza suíça e cruzou sem ver para onde e o guarda-redes defender; 80’, quando Ronaldo “brincou” com o guardião suíço na grande área deste, com tempo para rudo e até para marcar golo mas o guardião foi mais esperto e também feliz, no jogo do gato e do rato; 90+3’, quando Bernardo fintou um, dois três e depois rematou sem nexo, com colegas em boa posição para poder algo melhor.

Posto isto, jogo com movimentações rápidas – mais de Portugal do que da Suíça, como se referiu – sendo que a primeira parte não foi um primor, nem mesmo o golo luso, obtido (42’) pelo defesa Djourou na sua própria baliza, com alguma infelicidade. A bola é centrada por Eliseu, pelo lado esquerdo do ataque português, João Mário e o guardião Sommer tentam desviar/agarrar a bola na pequena área, mas o esférico resvala pelos dois e vai direito a Djourou que, não esperando a trajectória da bola, acabou por dar um pequeno toque que a fez anichar, devagar, dentro da baliza.

Um golo que chegou na melhor altura, antes de se chegar ao intervalo, o que foi um excelente tónico para o grupo.

No segundo tempo, a Suíça ainda tentou pressionar Portugal nos primeiros minutos, mas foi sol de pouca dura, porquanto não conseguiu criar perigo junto da baliza de um Patrício que foi mais espectador do que outra coisa, apesar de ter feito algumas boas defesas.

Com o segundo golo (56’), os suíços perderam o “tino” – sem chama e algo apáticos – por culpa de um irrequieto André Silva, que repetiu a proeza frente ao Andorra, e da mesma forma, isso é, estar no lado contrário da bola, o esférico por ter com ele e foi só empurrar para dentro da baliza.

O único remate com perigo por parte dos suíços foi feito pelo esperado Seferovic, mas a bola (66’) passou ao lado da baliza de um Patrício “descansado”, notando-se a queda dos visitantes, que não tiveram nem arte nem manha para arriscar mais, se também queriam, no mínimo, empatar o jogo.

De registar que a assistência não esgotou o estádio, mas uma plateia de mais de 61.000 pessoas, por certo, incomodaram (e muito) os suíços. Mas não havia hipótese, porque Portugal esteve imparável, ainda que alguns furos das melhores exibições já feitas. Mas o objectivo de estar na final do Mundial’2018 foi cumprido e isso foi o mais importante nesta fase.

Em termos de arbitragem, o turco Cuneyt Çakir (bem como os assistentes Bahattin Duran e Tarik Ongun) esteve em excelente plano, controlando de uma forma harmoniosa quer o capítulo técnico quer o disciplinar (apenas mostrou três cartões amarelos). Mas os jogadores ajudaram bastante. Ainda bem. O Fair Play funcionou quase em pleno.

As equipas alinharam do seguinte modo:

Portugal: Patrício; Cédric, Pepe, José Fonte e Eliseu (Antunes, 66’); Bernardo Silva, William Carvalho, João Moutinho e João Mário (Danilo, 90’); André Silva (André Gomes, 74’) e Ronaldo.

Suíça: Sommer; Lichsteiner, Djorou, Schar e Rodriguez; Freuler (Zakaria, 45’) e Xhaka; Shaqiri, Dzemalli (Zuber, 65’) e Mehmedi (Embolo, 65’); Seferovic.

Cartão Amarelo para Freuler (27’), Eliseu (45’) e Zakaria (69’).

 

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