Sentado no banco dos suplentes no decorrer da primeira parte – foi a estratégia escolhida por Fernando Santos, que resultou – Cristiano Ronaldo saltou para a ribalta a partir do início do segundo tempo e, com a bênção de “Deus e Todos os Santos” (incluindo o técnico) para salvar a honra do convento.
O que se verificou (63’) depois de um centro, a meia altura, de João Mário para o centro da grande área, fazendo a bola tabelar no defesa central Ildefonso Lima (que a amorteceu), para Ronaldo puxar a bola para a esquerda e rematar com o mesmo pé sem deixar hipótese ao guardião de Andorra.
Estava aberta o ferrolho.
No primeiro tempo, a formação lusitana, apesar da maior posse de bola, de atacar mais, de ter tido mais oportunidades, falhou sempre na finalização, dentro de um esquema em que a bola chegava depressa à baliza contrárias mas ninguém resolvia nada.
É curial que Fernando Santos “jogou” para resguardar Ronaldo para o segundo tempo, “aguentando” o primeiro como pudesse, o que acabou por ser fácil porque Patrícia foi quase sempre um mero espectador, até porque, mesmo sem Ronaldo a jogar, Andorra também não arriscou muito, até porque o próprio público presente no estádio foi maioritariamente português.
Depois de trocar Gelson por Ronaldo e do golo ter acontecido pouco depois, a ansiedade deixou de deixou de estar tão “próxima” dos jogadores nacionais, continuando a equipa na mó de cima, sem ninguém para “assustar” até porque os andorrenhos ficaram ainda mais agarrados ao seu meio campo porque o melhor jogador do mundo estava em campo.
O golo passou a estar mais à vista de Portugal, que conseguiu mais oportunidades de golo, culminando (85’) com a marcação do golo do descanso, uma vez mais com a bênção de Ronaldo.
Uma perda de bola da parte esquerda da defesa da equipa de Andorra permitiu a Ronaldo apoderar-se da bola, centrar para k conto contrário da baliza, onde surgiu, bem alto, Danilo a cabecear para o canto contrário onde surgiu, rápido e oportuno, André Silva a empurrar a bola para o segundo golo, terminando aí qualquer veleidade que Andorra ainda pudesse pensar.
Enquanto se desgastou a tentar fechar os caminhos dos jogadores para a sua baliza – sem e com Reinaldo – os andorrenhos esqueceram-se que para ganhar era preciso atacar. E só a espaços o fizeram, se bem que sem perigo algum.
Com este golo, Ronaldo chegou aos 79, cada vez mais longe de Pauleta, que não passou dos 47, enquanto registou a 146ª internacionalização por Portugal. Imparável este cristiano Ronaldo.
Mas será bom que é preciso em encontrar outra personalidade que faça o mesmo que Cristiano tem feito, com alguma celeridade, porquanto os diamantes também se recolhem, mais tarde ou mais cedo, ao cofre de onde brotaram.
No outro encontro do grupo, a Suíça goleou (5-2) a Hungria, e mantém os três pontos de vantagem, pelo que a partida da próxima terça-feira – opondo portugueses e suíços no Estádio da Luz – vai acabar com todas as teimas. Com o desejo, natural, de que seja Portugal o beneficiado.
Pode ser muito fácil ou muito difícil. O que é preciso é ir apoiar a equipa das quinas.