Terça-feira 24 de Novembro de 4511

Afinal tudo bem na Liga Portugal

Liga-AG-26-9-17Uma proposta apresentada pelo Paços Ferreira, depois de se terem aprovado algumas alterações aos Estatutos, no sentido de que a Direcção deveria marcar eleições antecipadas por força dessas alterações (se fossem para entrar em vigor ainda esta época), criou algum burburinho no seio da Assembleia Geral Extraordinária, mas que foi prontamente sanada.

Isto porque estas alterações só vão entrar em vigor em 2019, quando houver novo acto eleitoral.

Das mais salientes as que reduzem o Conselho Jurisdicional de onze para sete elementos, acontecendo o mesmo em relação ao Conselho Fiscal, que passa de cinco para três membros.

Até aqui tudo normal, a não ser que a própria Direcção foi fixada em dez elementos, com o presidente a ter voto de qualidade, o que levanta dúvidas porquanto a legislação desportivo/associativo aponta para um número ímpar de membros em todos os órgãos.

Após a aprovação das alterações estatutárias, o Presidente da LPFP, Pedro Proença, anunciou a intenção de constituir o Conselho Superior para o Futebol Profissional, informando que irá solicitar ao Grupo de Trabalho Jurídico, composto pelos gabinetes jurídicos da Liga e das Sociedades Desportivas, uma proposta de regulamentação e modelo de funcionamento, que será apresentada, posteriormente, à Direcção da Liga.

Entretanto, a Direcção da Liga propôs ainda a constituição do Conselho Superior para o Futebol Profissional, que deve ser entendida como uma medida concreta no sentido da agregação e diálogo de todos os agentes e entidades com responsabilidades no futebol, cujo modelo será apresentado pela Direcção e ratificado em Assembleia Geral, este documento provavelmente uma resposta à tomada de posição pública por parte de Fernando Gomes, face ao “ódio” que grassa no futebol profissional português, envolvendo todos os seus actores.

Conselho Superior que, em princípio, não dará em nada, porque envolverá, por certo, as mesmas figuras (ou representantes) que tem criado este clima de “terror” no futebol português e que lutam apenas pelo seu “quintalzinho”, pelo que não vão longe.

A criação de um Fundo de Infra-estruturas destinado às sociedades desportivas da LEDMAN LigaPro, clarificando as normas dos estatutos no sentido da distinção entre receitas comerciais e receitas associativas, e definição do limite máximo do Fundo Equilíbrio Financeiro, também foi aprovada.

Aprovado ainda, mas em sessão ordinária, foi o Relatório e Contas de 2016/17, documento que foi aprovado pela maioria dos delegados e que apresenta um resultado operacional positivo de 2,469 milhões de euros.

Tendo em conta as previsões que constam do Orçamento para 2017-18, o qual antecipa um resultado positivo idêntico de cerca de 2,1 milhões de euros, a LPFP deverá alcançar, um ano antes do inicialmente previsto, a inversão dos resultados transitados acumulados negativos, que ascendiam a cerca de cinco milhões de euros no início de 2015-16.

 

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