Taça CTT
Não conseguindo vencer o Marítimo (equipa principal), o Sporting (um misto Liga I/Liga II), congelou o Alvalade XXI ante uma plateia de vinte e duas mil pessoas que saíram de lá a “tiritar” de frio e coração gelado.
Independentemente das opções quanto à formação das equipas para as várias competições (três estão em curso: Liga dos Campeões, I Liga e Taça da Liga), é evidente que se quer ganhar jogos em todos os tabuleiros – e esse é o objectivo de todas as equipas, para além do seu valor real em comparação com as outras.
Assim sendo, os leões, com poucas pedras que brilham no escalão principal, talvez não tivesse em conta o valor dos madeirenses (que até vão à frente do Benfica na classificação, com um terceiro lugar de regularidade e … felicidade também), mais a mais depois de seis jornadas.
Apesar do Sporting ter rematado mais, ter tido mais cantos, ter tido mais “tudo” – até jogadas mal preparadas, individualismo a mais e pontaria a menos – não teve nem arte nem manha para dar a volta a um Marítimo melhor arrumado e que não se perdia pelo seu meio campo ou grande área mas sempre com um contra-ataque que não deu mais porque rematavam ao lado.
O guardião madeirense só teve um deslize, quando quase perdeu a bola na pequena área, mas soube tornear a questão rapidamente, o que diz bem da positividade da sua actuação, bem acompanhado por outros elementos.
Houve que esperar dez minutos para um primeiro remate à baliza madeirense, que o guardião Abedzadeh defendeu para canto, tendo passado mais dez minutos para que surgisse a primeira verdadeira jogada de perigo, quando Bruno César centrou para Petrovic, lá do alto, cabecear à barra, enquanto nove minutos depois foi Patrício a parar um remate de fora da área atirado por Eber Bessa. Em trinta minutos foi só isto. O resto eram os “floreados” – de um e outro lado – no meio campo.
O “cair” no individualismo quando as defesas estão a jogar certinho, não surtiu efeito porque, para esse efeito, apenas Doumbia conseguiu “desequilibrar” mas por pouco tempo, uma vez que a defesa estava mesmo ao lado dele para lhe retirar a bola, como aconteceu várias vezes.
No tempo complementar, o guardião maritimista “remendou” bem a falha do seu colega da defesa e conseguiu salvar a situação a seu favor (47’), surgindo (49’) uma excelente oportunidade Doumbia chegar ao golo, sem o guarda-redes na baliza, mas quando rematou surgiu um defesa pela frente que afastou o perigo.
Logo de seguiu, foi Yuri (51’) que rematou mas à figura e Podence (que entrara aos 55’) atirar forte à baliza mas à figura do guardião do Marítimo, aproveitando uma maior velocidade do tipo de jogar deste médio sportinguista.
Ainda assim, tardava a abertura do marcador, porque não se viam quaisquer sinais disso.
Aos 75’ o Sporting tinha 11 remates contra 6 do Marítimo e oito cantos contra apenas um dos madeirenses.
Doumbia era o mais “descontente” e “desconcertante” e voltou (79’) a mandar uma “bomba” para a baliza adversária mas a bola passou muito longe da baliza.
Chegou o final dos 90 minutos e depois houve mais cinco de bónus de que nada resultou.
Para o Sporting, foi o entrar com o pé esquerdo e quanto ao Marítimo sempre que puder “finta” os grandes e está na mó de cima. É caso para dizer que mexeu na equipa e esta não correspondeu à expectativa criada, porquanto, ainda sem comprometer, começou a “tremer”.
Chefiada por Manuel Mota (tendo com assistentes Jorge Fernandes e Nelson Cunha), equipa proveniente de Braga – quando podia a festa ficar mais barata com juízes de mais perto, porque é assim que se poupa dinheiro – não teve influência no resultado mas no capítulo disciplinar deixou alguns cartões na algibeira sem necessidade. No aspecto técnico também teve falhas de apreciação, com algumas faltas a serem marcadas de “ouvido”. De resto, nada influenciou o nulo, como se referiu.
As equipas alinharam:
Sporting – Salin; Ristovski, Tobias, André Pinto e Jonathan Silva; Iuri (Acuña, 55’), Petrovic e Bruno César; Mattheus (Podence, 55’), Doumbia e Alan Ruiz (Battaglia, 73’).
Marítimo – Abedzadeh; Cristiano, Drausio (Diney, 69’), Pablo e Bebeto; Gamboa e Filipe Oliveira; Piqueti Jean Cleber, 86’), Eber bessa e Ibson Melo (Valente, 77’); Lundberg.
Cartões amarelos: Petrovic (12’), Filipe Oliveira (23’), Drausio (32’) e Eber Bessa (77’).