Sexta-feira 23 de Novembro de 7246

Portugal venceu contra a dureza húngara

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CN / ARQ

Hungria, 0 – Portugal, 1

Bem se pode dizer que Portugal começou a sofrer desde o início do jogo – o que era uma situação esperada porquanto para a Hungria era o tudo ou nada – se bem que o que aconteceu a seguir é que ficou muito a dever aos princípios éticos, de fair play e de espirito desportivo.

Na verdade, os húngaros entraram quase a “matar”, com numa dureza que já se conhecia mas, desta vez, quase fora do normal, com Ronaldo (2’) a sentir na pele uma entrada dura de Fiola, o que esteve, por certo, na origem da menor prestação do melhor jogador do mundo para o resto do jogo.

Apesar disso, foi ainda Ronaldo que (8’), a passe de Moutinho, esteve perto do golo ao cabecear ao lado do poste.

A dureza húngara fazia-se sentir em todas as jogadas, em especial quando do contacto com os jogadores portugueses, o que pode ter estado na origem da lesão sofrido por Coentrão, que foi obrigado a sair (28’), no que originou uma substituição (Eliseu) fora de tempo e dos planos de Fernando Santos.

Portugal, apesar de tudo, manteve sempre o domínio do jogo, jogando à frente num 4x4x2 com rapidez de movimentação, ainda assim com dificuldades de chegar à baliza contrária porque os húngaros não se aventuraram muito, temendo não só Ronaldo, mas porque Gelson os obrigava a isso com o seu estilo de “rabiar”.

Aos vinte minutos os donos da casa já tinha um jogador amarelado e à meia hora ficou mesmo reduzido a dez unidades por expulsão directa de Priskin, depois de saltar com Pepe e a quem deu uma cotovelada que abriu o sobrolho esquerdo do central luso.

A partir daí, os húngaros como que foram “encurralados” no seu meio campo, com pouca iniciativa e temendo o pior, isto é, o contra-ataque “venenoso” da formação lusa, que souberam rodarem a bola ao primeiro toque.

Ainda assim (36’), a Hungria criou perigo mas o remate do número 14, em desequilíbrio, levou a bola a sair por cima da barra, com Cristiano Ronaldo (45’) a rematar à figura do guardião húngaro, o que repetiu (45+2) da mesma forma: remeta de longe e à figura.

No segundo tempo, com mais um elemento, Portugal como que veio com o “cérebro” mais lavado e chegou ao golo (48’), por intermédio de André Silva, que deu o melhor seguimento a um centro da esquerda, por parte de Ronaldo, cabeceando para o fundo da baliza ante a proximidade do guarda-redes e de um defesa húngaro, que não tiveram hipóteses de fazer parar a bola.

Na resposta, Patkai conseguiu chegar junto da área portuguesa mas rematou ao lado, não aproveitando a baliza escancarada de Patrício.

A meio da segunda parte, com uma vantagem de 63/37% em termos de posse de bola, deu para ver que Portugal estava dono e senhor do jogo, com os comandados de Fernando Santos a jogar a bola ao primeiro toque ante um Hungria que se remeteu ao seu meio campo, o que levou (79’) a um quase golo por parte de Portugal, repetido (82’) quando Ronaldo, com alguma sorte, viu a bola nos pés mas que rematou contra o defesa.

Com mais três minutos para jogar depois dos 90 regulamentares, apenas a Hungria teve uma oportunidade de criar perigo, na marcação de um livre, com Fiola a reenviar para a baliza onde Patrício resolveu facilmente a situação.

Na última jogada do jogo, no seguimento do referido livre, Quaresma recebeu a bola, galgou alguns metros e sem ninguém na baliza (o guarda-redes também foi para a marcação do livre) atirou muito ao lado.

Passado mais este obstáculo, Portugal garantiu a presença, no mínimo, no play off se se classificar em 2º lugar, porquanto o apuramento directo para o mundial respeita apenas ao vencedor do grupo.

Mas ainda há mais duas batalhas: dia 7 de Outubro Portugal vai a Andorra para ganhar (é o único resultado que interessa), para (10 do mesmo mês) receber a líder Suíça, para vencer ganhar o primeiro lugar. Tudo depende apenas de Portugal.

Nos outros jogos realizados também este domingo, a Suiça derrotou (3-0) a Letónia, enquanto Illhas Faroé venceram (1-0) Andorra, que nada interferem com os dois primeiroslugares.

Sob a direcção do holandês Danny Makkelie – que teve um trabalho positivo – apoiado nos assistentes Mario Diks e Hessel Steegstra, as equipas alinharam:

HUNGRIA – Gulacsi; Fiola, Guzmics, Kadar e Korhut; Lovrencsics (Varga, 78’), Patkai, Elek (Pinter,67’) e Dzsudzsak; Eppel (Bode, 60’) e Priskin.

PORTUGAL – Rui Patrício; Cédric Soares, Pepe, Bruno Alves e Fábio Coentrão (Eliseu, 28’); Danilo Pereira, João Moutinho, João Mário e Gelson Martins (Bernardo Silva, 63’);  Cristiano Ronaldo e André Silva (Quaresma, 85’).

Disciplina: vermelho para Priskin (30’); amarelo para Patkai (20’), Elek (45+1’), Dzsudzsak (82’), Fiola e Ronaldo (90’).

 

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