Com três golos alcançados – totalizando 78 no mundial, ultrapassando a estrela de outrora que dá pelo nome de Pelé – mais a assistência para o golo de Nélson Oliveira e mais outros “toques” de categoria tamanha – fizeram com que Ronaldo “afinasse” por completo uma equipa que continua na senda do campeão europeu de 2016.
Ronaldo, que tem estado parado em Espanha face à suspensão com que foi “agraciado”, superou-se a todos os níveis e “matou” a fome de golos que tinha ganho nestes últimos tempos, pelo que a goleada acabou por ser justa e marca a diferença do futebol praticado nos dois países.
A “festa” começou cedo, com Ronaldo a abrir o activo aos três minutos de jogocom um golo de se lhe tirar o chapéu e onde tudo saiu em cheio. No lado direito, já perto da linha de cabaceira, Bernardo Silva fez um centro largo para o poste contrário, para dentro da grande área, onde surgiu Ronaldo a rematar com o peito do pé em cheio e em forma de tesoura deitada, em suspensão, de formas tão rápida que até o guarda-redes ficou “assustado”, tendo a boa raspado nas mãos e entrado na baliza como um bólide.
A equipa de Fernando Santos – foi fazendo algumas ”caretas” ao longo do jogo, pelo menos após o período em que se permitiu aos visitantes chegarem ao 2-1 – entrou a “matar” e começou bem, ficando melhor quando (28’) João Mário é derrubado na grande área e o árbitro, de forma expedita, assinalou a grande penalidade, sem protestos dos representantes das Ilhas. E fosse atribuído um amarelo também fazia mal, porquanto o jogador visitante pisou nitidamente o pé do jogador luso.
Chamado a marcar (29’), Ronaldo enviou a bola para o lado esquerdo do guarda-redes e este entendeu que era para o outro lado. Às vezes acontece… e o 2-0 estava concretizado.
O 3-0 esteve à vista, quando Ronaldo (33’) obrigou o guardião contrário a uma excelente defesa mas, poucos minutos depois (38’) os homens das Ilhas, contra tudo o que se esperava, reduziram a vantagem portuguesa para 2-1, com um golo obtido por Baldvinsson, que aproveitou o “buraco” (falta de marcação) deixado em aberto por Cédric e rematou para o golo sem problemas de qualquer espécie.
Fernando Santos ficou “chateado” – sofrer golos não é bom, pelo menos enquanto a Suíça seguir na frente, com mais três pontos – e a verdade é que se passaram vinte minutos com um futebol mais ou menos “embrulhado”, se bem que a equipa das Ilhas tinha toda a gente a guardar a sua baliza, num 1x5x5 bem fechado, que não permitiu veleidades por parte dos portugueses, algo “traumatizados” pelo golo sofrido.
O desbloqueio só surgiu na segunda parte, quando (59’)
William de Carvalho respondeu da melhor maneira a um centro vindo de Eliseu, encostando levemente a cabeça à bola e levando a redondinha a entrar junto à base do poste contrário (ou seja, no lado direito do ataque de Portugal).
Um novo alento nasceu aqui e a verdade é que poucos minutos depois (65’) Ronaldo atirou para o 78º golo em mundiais, dando o melhor seguimento a um passe de William Carvalho, colocando o resultado em 4-1.
Mantendo um “poderio” inquestionável (73/27% de posse de bola), Portugal manteve uma toada forte para acabar em beleza e o 5-1 chegou (84’) através de um golo obtido por Nélson Oliveira, que tinha saído do banco há três minutos. Em cheio.
Sob a direcção da equipa serva comandada pelo árbitro Srdjan Jovanovic, assistido por Milan Mihajlovic e Uros Stojkovic, que não tiveram problemas de qualquer espécie – o que é sempre positivo – as equipas alinharam:
Portugal – Rui Patrício; Cédric, Pepe, José Fonte e Eliseu; William, João Moutinho (André Gomes, 73’), João Mário (Quaresma, 59’) e Bernardo Silva; André Silva (Nélson Oliveira, 81’) e Cristiano Ronaldo.
Ilhas Faroé – Gunnar Nielsen; Naes, Gregersen, Faero e Davidsen; Vatnhamar, Jakobsen, Baldvinsson e Sorensen; Joensen (Lokin, 80’) e Edmundsson (Johannesen, 72’).
Amarelos: Cédric (14’)
No cômputo desta ronda a 7ª, ficou tudo na mesma no que concerne à classificação do grupo de Portugal, porquanto a Suíça bateu (3-0) a Estónia e a Hungria ganhou (3-1) à Letónia.
Em termos de pontuação, a Suíça comanda com 21 pontos (sete vitórias consecutivas), seguindo-se Portugal (18) e Hungria (10). Depois estão Ilhas Faroé (5), Andorra (4) e Letónia (3).
A próxima jornada (8ª) joga-se no domingo com os encontros Ilhas Faroé-Letónia, Hungria-Portugal e Letónia-Suíça.