O empate alcançado ante o México não deixa de ser preocupante (ou realista), si tivermos em conta que apenas “adia” a hipótese de Portugal poder chegar às meias-finais (sendo apurados os dois primeiros de cada grupo).
No entanto e quando Fernando Santos “pediu” aos jogadores que “usassem” a cabeça para que não houvesse surpresas, a verdade é que isso terá servido pouco para evitar o empate (frente ao México) no jogo inaugural dos lusos na Taça das Confederações – em que Portugal toma parte pela primeira vez devido ao titulo europeu conquistado o ano passado – que que este domingo conheceu o segundo jogo do calendário em Kazan (Rússia).
Em termos de jogo jogado, as estatísticas – signifiquem o que significar – demonstraram que Portugal foi mais perigoso, tanto nas tentativas de golo como em remates à baliza, enquanto os mexicanos se superiorizaram na posse de bola (55%), mais remates e mais cantos. Apesar de dominar os lances de perigo junto da área adversária, Portugal não conseguiu deixar de abrir “brechas” na defesa.
O primeiro golo mexicano (42’, por Chicharito) é sequência de uma falha defensiva (Raphael Guerreiro) e, no segundo, a situação não foi muito diferente.
No segundo golo, Fonte preocupou-se mais com a cobertura (corpo-a-corpo) de Moreno (que marcou o segundo golo, de cabeça, na sequência de um pontapé de canto), com a desvantagem de estar de costas para a linha da bola, pelo que não a viu chegar ao pé de si, o que permitiu que Moreno se elevasse mais (90+2’) e cabeceasse a bola para o poste e entrar na baliza.
A juntar a isto e dentro da sua área de baliza, Patrício ficou a ver a bola a voar lá por cima e ficou entre os postes, quando, em nossa opinião, devia ter saído, com grande hipóteses de desviar a bola para lugar menos perigoso.
Outro senão foi o facto de Portugal se estar duas vezes na frente do marcador e “deixar-se” apanhar pelos mexicanos, a última vez aos 86’ minutos, quando Cédric virou o resultado de 1-1 para 2-1, depois de Quaresma ter aberto o activo aos 34’. Não se soube controlar o jogo e o empate surgiu, a castigar as referidas “falhas”.
Quanto ao jogo, Fernando Santos, referiu à RTP que “sofremos um golo no último minuto num lance que podia ter sido evitado, mas futebol também é isto”, acrescentando depois que “entrámos com muita dificuldade, o meio campo deles superiorizou-se, pressionou-nos e não nos deixou sair a jogar. Quase nunca conseguíamos ter bola e, quando a tínhamos, o México recuperava-a. Isso fez-nos correr muito mais do que o adversário. A partir dos 20 minutos melhorámos e criámos várias situações. Fizemos um bom golo, não fizemos o segundo e o México empatou num lance de infelicidade da nossa defesa. Tivemos duas ou três boas oportunidades… Na segunda parte melhorámos bastante mas faltou-nos, aí, criar mais oportunidades. Coloquei o Gelson para dar mais velocidade ao jogo e o André [Gomes] no meio para poder dar apoio surgindo mais solto. Com a entrada do André Silva achámos que era altura certa de procurar claramente o golo, conseguimo-lo, mas depois sofremos o empate. Parabéns ao México, também.”
Posto isto, nada mais a fazer para já do que ficar na expectativa do que poderá acontecer no segundo jogo do grupo, com Portugal a defrontar (quarta-feira, 16 horas) a forte formação da Rússia, que joga em casa e que abriu a competição a vencer a Nova Zelândia (2-0), liderando o grupo A. O outro jogo do dia será o México-Nova Zelândia (19 horas).
Este domingo, o Chile abriu o Grupo B a vencer os Camarões (2-0), concluindo-se a primeira ronda esta segunda-feira com o Austrália-Alemanha (16 horas).