Domingo 24 de Novembro de 5872

Benfica tetracampeão inédito esmagou Guimarães

Benficaguimaraes_H0P3773Liga NOS – Benfica 5 – Guimarães 0

Tudo se conjugou para que o Benfica chegasse a um inédito tetra, plenamente justificado em campo e precisamente porque o Guimarães, este sábado, sofreu um “cataclismo” provocado por uma equipa que, desde cedo, demonstrou que queria “arrumar” o assunto depressa.

E foi “em cinco minutos” – tal como uma canção de tempos atrás – que criou o ambiente apropriado para começar a fazer a festa, ao fazer dois golos algo fáceis, porquanto a defesa vimaranense se “pôs a jeito”.

Pode dizer-se que o Benfica também teve a bênção do Papa Francisco, da Nossa Senhora de Fátima e dos novos Santos portugueses, Jacinta e Francisco,mas a verdade é que o Benfica de hoje esteve imparável para chegar ao tetra, o que nunca conseguira até hoje, apesar de ter conquistado, por quatro vezes, o “triplete”, naturalmente incluindo estes últimos três anos

Se bem que tivesse entrado com toda a “artilharia” preparada, ainda foi o Guimarães que (7’) iam fazendo estremecer o castelo benfiquista, quando Hernâni, pela direita do seu ataque, fez um centro remate para a baliza de Ederson, que obrigou o guardião benfiquista a desviar a bola, quase junto à barra, para o lado contrário.

Este semi susto fez tocar a “campainha” de Rui Vitória e a verdade é que surtiu efeito porquanto, no minuto seguinte, Sálvio, iniciou uma jogada em que a bola vai para Semedo, que faz seguir para Jimenez mas que mandou a bola para as nuvens.

Mas, dois minutos depois, Cervi abriu o activo, depois de fazer a recarga a uma defesa de Douglas para o lado contrário, onde estava o médio benfiquista, depois de um passe magnífico de Jimenez.

Logo aí, ficou a impressão que o lado esquerdo da linha média e da defesa vimaranense não estava a “rolar” da melhor forma, tanto mais que (15’) o Benfica chegou ao 2-0, pelo mesmo lado.

De forma pouco vista, Ederson marcou o pontapé de baliza com tal força que a bola como que voou cerca de 70 metros para chegar a um Jimenez que, de olho vivo e reflexos de águia, fugiu da linha de meio campo com tal velocidade que agarrou a bola – a defesa ficou na linha de meio campo – fez uma chapéu a Douglas, saltou e cabeceou para o 2-0, apesar de ter a oposição de um defesa, enquanto outro tentou tirar a bola da baliza mas não conseguiu.

Com duas oportunidades convertidas em golo em cinco minutos, o Guimarães começou a “desmembrar-se”, para nunca mais se encontrar, com tendência para o “suicídio” porquanto a goleada final assim o confirmou.

Resta, por isso, a história dos golos – depois de um espaço de vinte minutos em que se viu sempre a supremacia benfiquista – que culminou com mais duas bolas no fundo da balizas de um incrédulo Douglas, que nada pode fazer para evitar a “derrocada” completa

Pizzi (37’) fez o terceiro golo, depois de uma jogada envolvente com Jonas (que nos minutos anteriores esteve à beira de marcar mas não conseguiu), que fez o passe milimétrico para Pizzi rematar à vontade.

Sete minutos depois, finalmente, foi Jonas a marcar ao surgir frente a Douglas, sem ninguém por perto, e fazer mais um chapéu ao guardião forasteiro, “farto” de ver buracos na defesa.

No segundo tempo, o domínio do Benfica manteve-se implacável – só não marcaram mais por mero acaso – tendo cabido a Jonas não apenas o bis (66’) mas, em especial, a obtenção do quinto golo (grande penalidade superiormente marcada), que valeu o melhor resultado neste campeonato.

Cerci, Pizzi, Jimenez e Jonas (pelos golos), Pizzi, Nelson Semedo e, em especial, Fejsa, foram os mais salientes no Benfica, enquanto no Guimarães, ainda se “salvaram” Douglas, Josué, Marega, e Hernâni, dado que toda a ala defensiva esquerda esteve “por baixo”.

Jorge Sousa (Porto) deixou jogar e teve uma excelente exibição, bem acompanhado pelos assistentes Álvaro Mesquita e Nuno Manso.

Constituição das equipas:

Benfica – Ederson; Nélson Semedo, Luisão, Lindelof e Grimaldo; Sálvio, Fejsa (Samaris, 78’), Pizzi e Cervi (Carrillo, 72’); Jonas (André Almeida, 86’) e Jimenez.

Guimarães – Douglas; Bruno Gaspar (Tozé, 70’), Josué, Pedro Henrique e Konan; Rafael Miranda, Hurtado (J. Aurélio, 45’) e Zungu; Hernâni (Raphinha, 45’), Teixeira e Marega.

Disciplina: amarelo para Bruno Gaspar (53’) e Tozé (89’).

Nunca o Benfica tinha ganho, neste campeonato, por mais de 4-0 (Feirense, Tondela e Belenenses, todos na Luz), pelo que é mais um recorde, a juntar ainda aos 64.591 espectadores, o que elevou o recorde total do ano para 1.282.113 (em todas as competições, depois de 1.131.833 em 2015/2016). No campeonato, o total foi de 951.897. Uma época em cheio!

Para Rui Vitória, “estou a sentir uma sanção indiscritível com este triunfo no jogo e o inédito tetra campeonato, o que me dá muita alegria, porquanto foi o que sempre pensei e disse no início do campeonato”, acrescentando que “este tetra é também de todos os que conseguiram o tri e, por um ou outro motivo, não o alcançaram”, salientando também que “vivemos e ficamos na história mas na companhia de jogadores fantásticos e de uma equipa muito alargada de outros elementos, porque, só, não fazia isto tudo”.

Por último a frase “deixem-me saborear este “bébé” (título). Outro “filho” logo se verá!”

A uma jornada do final do campeonato, o Benfica é campeão e o Guimarães, perca ou ganhe a Taça de Portugal, estará na Liga Europa, o grande objectivo do clube depois que o seu adversário directo (Sporting de Braga) começou a “escorregar” na classificação. Braga que, desta forma, poderá ser repescada para as “primárias” desta competição europeia.

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