Numa partida que controlou desde início, o espanhol Pablo Carreña Busto repete a façanha alcançada o ano passado e colocou-se na primeira linha de partida para chegar ao triunfo que não conseguiu em 2016, precisamente frente ao seu compatriota Nicolas Almagro, que nesta edição foi “chutado” por Busta nos quartos-de-final.
Não se trata de uma “vingança” mas sim do confirmar um estado de forma (física e anímica) que dá garantias de, frente ao luxemburguês Gilles Muller, poder chegar ao topo do Millennium Estoril Open de 2017. O que se verá na final deste domingo por volta das 17 horas.
Busta voltou a estar a elevado nível no jogo da meia-final, disputada este sábado, repetindo mais um triunfo sobre um compatriota, desta vez David Ferrer, tendo vencido por 6-3 e 6-3, numa partida que nunca foi equilibrada por Busta não deixou.
Com 25 anos, dois títulos conquistados e sendo o 21º do ATP, Busta “gastou” apenas pouco mais de uma hora para chegar à vitória, que nunca esteve em dúvida ante um Ferrer com 35 anos, 26 títulos e 31º no ATP.
Com uma dezena de vitórias registadas em três edições do Millennium Estoril Open, Carreño-Busta vai lutar pelo título de campeão pela segunda vez, tendo admitido “estar muito contente por estar novamente na final porque sou feliz, pelo que tenho de vir todos os anos a este torneio porque a verdade é que me dou muito bem aqui.”
Quanto ao encontro acabado de realizar, Busta referiu que foi “um jogo muito bonito e muito completo. Acho que estive muito bem em todos os aspectos do jogo. Servi bem, respondi bem, cometi poucos erros e dominei quando tinha de dominar. Foi um encontro muito bom e para ganhar ao David é preciso fazer isso mesmo: jogar muito bem.”
Mais tarde, foi a vez de Gilles Muller levar de vencido o sul-africano Kevin Anderson e chegar àquela que é a sua primeira final da carreira em terra-batida, e segunda do ano depois da estreia em títulos ATP no passado mês de Janeiro.
Gilles derrotou Kevin Anderson pelos parciais de 7-5 e 6-4 e fez história aos 33 anos, chegando onde nunca tinha chegado na sua carreira em eventos sobre pó-de-tijolo, depois de já nesta sexta-feira ter carimbado o passaporte para as suas primeiras meias-finais. Com um jogo bem mais adaptado para piso rápido, Muller voltou a apostar nas suas perigosas combinações de serviço e vólei, com um jogo de rede que se mostrou uma vez mais aprimorado.
Sem soluções aparentes para contrariar o andamento do resultado, Kevin Anderson mostrou-se frustrado especialmente depois de não ter conseguido converter dois set points na primeira partida e chegou mesmo a quebrar uma raquete em court, o que levou o árbitro a atribuir-lhe um warning (aviso).
“Sinto que joguei melhor ténis no ano passado, ainda estou a tentar encontrar o melhor ténis, que ainda não chegou, mas os resultados estão aí, por isso não me queixo. Aconteceram muitas coisas esta semana que me favoreceram, joguei bem nos momentos importantes e acho que, por vezes, são precisos momentos como estes, em que estás encostado à parece, para as conseguires ultrapassar e ganhares confiança”, salientou Gilles Muller.
Gilles Muller e Pablo Carreño-Busta realizarão o terceiro jogo entre ambos, sendo que os dois últimos duelos acabaram com uma vitória para cada lado, destacando o do Estoril, há dois anos, que Carreño-Busta acabou por vencer ao cabo de duas partidas.
Agora é só dirigir-se para o palco do ténis português, situado no Clube de Ténis do Estoril, sentar-se na cadeira (tomar cuidado com o sol) e seguir uma partida que se aguarda tecnicamente elevada, com bons momentos de ténis e entre dois jogadores que são dos melhores do mundo.
Tudo a favor do Millennium Estoril Open, com jogo marcado para nunca antes das 16 horas.
Nos pares, Ryan Harrison e Michael Venus venceram a única meia-final do dia para marcarem duelo com David Marrero e Tommy Robredo.
A terceira edição do Millennium Estoril Open vai ter um duelo com jogadores de três continentes na final de pares: Ryan Harrison e Michael Venus deram a volta ao encontro frente a Ariel Behar e Aliaksandr Bury, vencendo por 4-6, 7-6 (7) e 10-3 e chegando pela primeira vez a uma final do circuito ATP enquanto parceiros.
Aquele que foi o primeiro encontro do dia no Estádio Millennium ficou concluído em 1h40, sendo necessário recorrer ao match tiebreak para se encontrar a dupla vencedora, que assim ganhou direito a disputar a final.
Para a decisão estavam já apurados David Marrero e Tommy Robredo que, na meia-final disputada na sexta-feira, tinham levado a melhor no encontro cem por cento espanhol frente a Nicolas Almagro e Guillermo Garcia-Lopez, por 6-4, 4-6 e 10-8.
O jogo inicia-se não antes das 13H30 horas.