Sexta-feira 22 de Novembro de 2024

Benfica aproveitou tendência “suicida” dos madeirenses

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DR / Arq

Liga NOS – Benfica, 3 – Marítimo, 0

Se o triunfo do Benfica foi justificado com três golos sem resposta, a verdade é que a tendência “suicida” dos madeirenses ajudou bastante ao chegar-se aos números referidos porque, se assim não fosse, os homens da Luz teriam tido maiores dificuldades para chegar ao triunfo.

Apresentando uma táctica que se esperava (jogar devagar, empatar tempo e fazer contra-ataques quando fosse achado oportuno) o Marítimo conseguiu ”bloquear” os caminhos para a sua baliza ante um Benfica que também se apresentou sem soluções visíveis no primeiro quarto de hora.

Aliás, Ederson provocou (11’) uma “fífia” – ao tentar fintar Luís Martins dentro da sua área e podia ter perdido o controlo da bola – que podia ter saído cara, mas que acabou por não ser mais do que um susto.

Cinco depois, a situação inverteu-se – começando aí a tendência “suicida” – quando Raul Silva, ao tentar desviar uma bola centrada por Mitroglou, rematou para a sua baliza, valendo o extraordinário reflexo do seu guardião Charles, que afastou a bola antes de entrar na baliza.

A partir daqui, o Marítimo começou a acusar um certo nervosismo, contrastando com o primeiro quarto de hora, onde esteva bem “arrumadinho”, pese embora tenha aguentado o maior ímpeto benfiquista.

Jonas (19’), com um remate fora da grande área, obrigou Charles a uma grande defesa, embora não segurando a bola, o que só aconteceu antes da chegada de Mitroglou, que estava atento à trajectória da bola. Jonas que (23’) repetiu a façanha mas com o remate a ir directamente para as mãos do guardião maritimista.

Aproveitando um certo desnorte dos vestidos de amarelo, o Benfica pressionou e Pizzi (25’) insistiu em ir mais longe e rematou contra uma floresta de jogadores que estavam na sua cobertura quando tinha colegas soltos, se bem que Mitroglou, logo de seguida, tentou o golo com um remate forte mas que Charles defendeu com os punhos.

Na sequência de um pontapé de canto (28’) Luisão salta e toca a bola para trás de ti, onde estava Jonas, que cabeceou para nova grande defesa de Charles, que se descartou da bola enviando-a para Keita, fazendo depois uma arrancada em direcção à baliza de Ederson mas mandou a bola para muito longe da baliza.

Na retomada, Jonas (30’) está no sítio certo para receber a bola e rematá-la para a baliza à guarda de Charles, que voltou a fazer uma excelente defesa (a soco).

Seis minutos depois o primeiro golo do Benfica. Jogada de ataque pela esquerda, com Rafa a subir sem dificuldade, centrou para o miolo da pequena área e o defesa Luís Martins desviou (com remate forte) a bola para dentro da sua baliza. Estava desfeito o empate (0-0) com mais um acto “suicida”.

E se a perder por um já não era bom, dois minutos depois o Marítimo ficou a perder por 2-0. À entrada da grande área, Jonas recebeu um passe com grande precisão, deu mais um passo à frente e rematou directamente para o fundo da baliza, fazendo a bola passar entre as mãos do guardião e o poste.

Com dois golos de rajada, o Marítimo “abanou” por todos os lados e nunca mais m

encontrou.

Mitroglou (38’) com a baliza toda escancarada, enviou a bola para fora,

Em cima do minuto 455 (primeira parte), o Benfica chegou ao 3-0, de novo por Jonas, a aproveitar uma deixa oferecida por Erdem Sen e a cabecear para o fundo da baliza.

No segundo tempo, a toada de jogo diminuiu, as oportunidades de golo foram quase todas do Benfica, primeiro quando Mitroglou (50’) a passe de Rafa atirou a escassos centímetros do poste, o que voltou a verificar-se dois minutos volvidos, desta vez com Sálvio a atirar, de longe, ao lado, aproveitando o “estado de choque” que marcou o primeiro tempo do Marítimo.

O 4-0 esteve à vista (66’) quando Rafa, após excelente corrida, endossou a bola a Salvio, mas que este permitiu que o guardião Charles tivesse chegado primeiro à bola.

Alex Soares (72’) tentou rematar forte mas fê-lo de forma pouco objectiva indo directamente para as mãos de Ederson, com Zainadine (82’) a imitar o seu companheiro Raul Silva no desvio para a sua baliza, com a bola a passar a poucos centímetros da baliza de Charles. Nova tentativa de “suicídio”.

Nas últimas jogadas mais perigosas, precisamente por Keita, o avançado maritimista não acertou no alvo, não se percebendo, por outro lado, porque é que Daniel Ramos, técnico do Marítimo, não iniciou o refrescamento da equipa logo a seguir ao intervalo, tendo feito a primeira substituição aos 73’, deixando as outras duas para os últimos minutos. Outro “suicídio” por estar obcecado pelo que se verificou no primeiro tempo? Por certo.

Muito mais que certo é que o Estádio da Luz continua a encher, desta vez chegando aos 57.074 espectadores, um número dir-se-ia que quase exorbitante em função do valor do Marítimo, que poderia ser – como acabou por acontecer – uma formação que não daria muita luta.

Grimaldo, Jonas (pelos dois golos), Salvio, Pizzi, Rafa, Zivkovic e Nelson Semedo foram os mais salientes no Benfica, enquanto no Marítimo, ainda se “salvaram” Charles, Alex Soares, Keita, Fransergio e Brito, com Luís Martins a ser o mais negativo porque marcou o golo que abriu o caminho pra o triunfo do Benfica.

Numo Almeida (Algarve) deixou jogar e teve uma excelente exibição, bem acompanhado pelos assistentes António Godinho e Rodrigo Pereira.

Constituição das equipas:

Benfica – Ederson; Nélson Semedo, Luisão, Lindelof e Grimaldo; Sálvio, Fejsa, Pizzi (Filipe Augusto, 69’) e Rafa (Cervi, 78’); Jonas (Zivkovic, 60’) e Mitroglou.

Marítimo – Charles; Patrick Vieira, Zainadine, Raul Silva e Luís Martins; Fransergio, Erdem Sem e Alex Soares (Jean Cleber, 87’); Edgar Costa (Eber Bessa, 85’), Keita e Brito (Xavier, 73’).

Disciplina: Nada a registar

 

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