derrotar o ucraniano Artem Smirnov, por 7-6 (3), 7-6 (2) e 6-2, em cerca de duas horas e meia, dando um enorme alegria aos que estiveram no pavilhão do CIF.
Um jogo que só se tornou “desequilibrado” no terceiro set, já que nos dois primeiros o “bola lá, bola cá” esteve em sintonia e, daí, a maior demora em chegar-se à frente.
Com este resultado, Portugal garantiu de imediato a passagem ao “play off” de acesso ao Grupo Mundial da Taça Davis, concluída que foi a segunda ronda do Grupo I da zona euro-africana.
Este apuramento é o segundo da história do ténis, depois do primeiro, que teve lugar em 1994 (Lawn Tennis Club Foz – Porto), em que a Croácia impediu a concretização do sonho de João Cunha e Silva, Nuno Marques (actual “capitão” na Taça Davis), Emanuel Couto (treinador da selecção) e Bernardo Mota, com José Vilela como “capitão”.
No último jogo, Pedro Sousa “substituiu” Gastão Elias, a primeira escolha, e encerrou com outro êxito a recepção à Ucrânia, tendo vencido Illia Biloborodko pelos parciais de 6-0 e 6-1, colocando o resultado final em 4-1.
O próximo adversário de Portugal será conhecido na próxima terça-feira, saindo do lote das equipas que cederam na primeira eliminatória do Grupo Mundial, realizada em Fevereiro passado.
Argentina (campeã no ano passado), Canadá, Croácia, Suíça, República Checa, Rússia e Alemanha são os adversários possíveis.
Se o sorteio determinar Argentina, Canadá, Japão e Alemanha, o local do confronto será decidido por sorteio, enquanto se for Croácia, Suíça, República Checa ou Rússia decorrerá em Portugal.
Nuno Marques, “capitão” da selecção, salientou que “é um dia super especial porque, por si só, esta eliminatória era difícil, depois tornou-se menos difícil face à alterações que se verificaram na formação ucraniana Ucrânia, mas o que era teoricamente muito fácil tornou-se difícil”.
Deve lembrar-se que a equipa visitante chegou a Portugal “amputada” de dois dos seus melhores jogadores, o que originou pensar-se que seria mais fácil, mas a coisa começou a ficar “negra” face à resposta data pelos tenistas ucranianos, ainda que de terceira linha, se pensarmos que o melhor estava no 507º no ATP. Engano puro, como se verificou.
João Sousa mostrou também satisfação pela vitória de Portugal sobre a Ucrânia, por 4-1, uma ronda “com encontros difíceis e com ambiente fantástico”.
O vimaranense afirmou que conseguiu “contrariar a boa exibição” de Artem Smirnov, num encontro em que “não parecia que ele tinha jogado sete horas nos dois dias anteriores e o ‘ranking’ dele não demonstra o nível a que se exibiu nestes dias”.
Para Vasco Costa, presidente da Federação, depois de ter revelado confiança na entrada de Portugal no Grupo Mundial da Taça Davis, “esta equipa terá a oportunidade de fazer história. Estou com confiança de que vai acontecer”, tendo elogiado “os jogadores” de Portugal, que fazem parte da grande história que estamos a viver no ténis português”.
“Estou muito feliz com esta selecção nacional, que, ao longo dos anos, tem vindo a trabalhar cada vez mais e com profissionalismo. Estamos no caminho certo”, notou.
Ainda sem se saber qual será o próximo adversário, Vasco Costa assegurou que “será, obviamente, num local maior, com um estádio melhor e, eventualmente, em ‘outdoor’, mas será uma questão a analisar depois, com os jogadores e a equipa técnica”, caso o encontro se venha a realizar em Portugal, que terá por cenário o court Central do Jamor, “no caso de a Federação Portuguesa de Ténis estar já instalada”, uma vez que “o contrato de exploração e gestão do complexo de ténis do Estádio Nacional deverá ser assinado ainda este mês”.