As excelentes instalações do CIF (Monsanto) vão ser a casa da selecção portuguesa na recepção à formação ucraniana, no confronto da segunda eliminatória do Grupo I da Zona Europa/África da Taça Davis, que se efectua entre sexta-feira e domingo, a contar para o “play-off” de promoção ao Grupo Mundial da Taça Davis.
Com o anúncio, à bastante tempo, de que os ucranianos não se apresentavam com a equipa principal (que reúne os melhores jogadores), ficou-se na expectativa sobre se, na realidade, seria mesmo assim.
E é. Em Lisboa desde há dias, confirmou-se que a formação forasteira não se apresenta com os nomes mais sonantes do ténis ucraniano mas nem por isso deixam de ser um adversário difícil, até porque prognósticos … só no final.
Esta quarta-feira foi dia de apresentação pública e formal das duas equipas, mas sabe-se que qualquer uma pode ainda alterar a composição até uma hora antes do sorteio, que está marcado para as 13 horas desta quinta-feira.
Do lado luso, João Sousa, o melhor português de sempre do ATP, referiu que “pensávamos que vinham uns jogadores e vieram outros. Independentemente dos adversários, temos de nos preparar da melhor maneira. Estamos a cem por cento para ajudar Portugal a ganhar esta eliminatória”.
O vimaranense disse ainda “que conversei com Dolgopolov em Miami, no decorrer do Masters 1.000 daquela cidade norte-americana, e com Stakhovsky, em Buenos Aires, e que ambos lhe disseram que “vinham a Portugal” para a ronda que decide qual das selecções avança para o “play-off” de promoção ao Grupo Mundial”, tendo frisado que “fiquei admirado por não os encontrar aqui, mas acredito que possa haver ainda uma surpresa”.
Não sendo novidade, foi relembrado que, no sábado, João Sousa receberá o troféu Davis Cup Commitment Award, galardão destinado a premiar os tenistas que completem vinte eliminatórias na competição, tendo o tenista luso salientado que “sempre disse que é um orgulho e um prazer poder representar Portugal pelo que ter estado em tantas eliminatórias na Taça Davis foi óptimo e é a recompensa pelo esforço e pela entrega”.
Nuno Marques, “capitão” da selecção, salientou que “a Ucrânia não vem com os jogadores que nós esperávamos, não vem teoricamente com a equipa mais forte, com os mais credenciados. Na nossa abordagem à eliminatória, isso não faz diferença, não faz grande diferença”, referiu Nuno Marques.
Acrescentou ainda acrescentou que o colectivo de Portugal – constituído por João Sousa (35º), Gastão Elias (89º), Pedro Sousa (199º) e João Domingues (297º) – está “a preparar a eliminatória para defrontar alguns dos melhores jogadores da Ucrânia”, sublinhando também que “a equipa está consciente e que tem de preparar-se muito bem”, sustentando que “isso poderá fazer a diferença na abordagem à eliminatória que Portugal faz”.
A confiança reina entre os portugueses, mas sem que Marques admita favoritismo.
“Temos que jogar bem. Temos a experiência para saber que há a teoria e, depois, há o que se passa realmente no jogo”, finalizou.
No que se refere aos ucranianos, Andrei Medvedev, que se vai estrear como “capitão”, garantiu que a Ucrânia não viajou para Lisboa “para perder mas para tentar ganhar, porque não somos favoritos, mas a nossa equipa tem jogadores que sabem jogar muito bem”, tendo acrescentado que “toda a gente acha que Portugal é o favorito mas a verdade é que todos os jogadores que entram em campo tem a possibilidade de vencer”.
Salientou ainda que “a Ucrânia está a dar uma oportunidade aos jogadores mais novos, a nova geração e trouxemos a melhor equipa que temos para disputar os encontros em terra batida. Todos os jogadores estavam disponíveis para esta eliminatória, mas Alex Dolgopolov está lesionado num joelho e Illya Marchenko nas costas. Não foi intencional que a equipa tivesse de ser alterada”.
O quarteto ucraniano é formado por Artem Smirnov (507º), Denys Molchanov (759º), Mykyta Mashtakov (1.558º) e Illia Bilobotodko
Como se referiu, o sorteio terá lugar esta quinta-feira e na sexta-feira jogar-se-ão os primeiros dois jogos. A entrada é gratuita.
