Depois de uma entrada pouco “calorosa”, com os suecos a causarem alguns embaraços na defesa lusa, onde Marafona se comportou excelentemente, o onze nacional encontrou o ritmo do jogo junto ao minuto 18, quando Ronaldo abriu o activo num golo milimétrico desde o passe de trivela de Gelson até ao encosto da parte interna do pé direito para a bola dar rumo à baliza e deixando o guardião sueco à procura do “bacalhau”.
Como que aproveitando o “desnorteamento” dos visitantes, Portugal carregou mais um pouco e três minutos depois estava a vencer 2-0, com um autogolo do defesa Granqvist, mantendo uma toada e um fio de jogo que “baralhou” os suecos, que cometeram mais erros na defesa mas que Ronaldo e companhia não conseguiram aproveitar.
Passando a somar 71 golos nesta primeira fase do apuramento para o mundial, Ronaldo fez o que de melhor sabe, bem apoiado pelos restantes elementos, que podiam ter marcado mais golos no decorrer do primeiro tempo, na tentativa de aumentar o número de triunfos jogando em casa (apenas uma até agora) mas tudo ficou na mesma nos 19 jogos já concretizados frente aos suecos, até porque Claesson se tornou no “carrasco” dos lusitanos.
Com os jovens a mostrarem que tem capacidade de jogar desde início, a verdade é que foi no segundo tempo, quando regressaram grande parte das “estrelas”
Com as entradas no segundo tempo, a equipa demorou tempo de mais para se mostrar à altura dos companheiros que jogaram no tempo inicial, o que aproveitou a Suécia para fazer a reviravolta inesperada, ante uma certa apatia lusa.
Comandados por um Claesson em noite sim, os visitantes marcaram o primeiro golo (57’), numa recarga a uma bola bem defendida por Marafona (o melhor da equipa) mas que não conseguiu recuperar, também ante a paragem da defesa, o lugar na baliza para tentar defender a bola que o referido sueco apanhou quando estava só frente para a baliza.
Claesson voltou (74’) a marcar, na sequência de um pontapé de canto e em que três defesas não foram capazes de suster os seus movimentos, empatando o jogo – o que até seria o resultado mais justo pelo que se viu jogar de um e outro lado.
Só que o “pecado” estava guardado para o último minuto de jogo com Cancelo, desconcentrado, a desviar a bola para a dentro da própria baliza.
Uma história madeirense em que o “bailinho” foi sueco.
Para Fernando Santos (que não gostou do que viu), “Não há jogos de festa, há uma grande responsabilidade sempre que envergamos a camisola de Portugal. A responsabilidade da gestão dos jogadores é minha, mas isso em nada altera o meu pensamento do jogo. Todos os jogadores têm qualidade e isso é que me custa”.
Acrescentou ainda que “pusemo-nos a jeito, não estivemos ao nosso nível e foi o que se viu, porque o que conta é o resultado final”, finalizando a dizer que “não foi por falta de maturidade que não ganhámos nas porque nos faltou acertarmos nas marcações durante a segunda parte. Uma equipa que está a ganhar 2-0 não pode ser surpreendida em contra-ataque”.
O próximo jogo de Portugal no grupo B de apuramento para o Mundial’2018 é em 9 de Junho, frente à Letónia.