Quase tudo pronto para mais uma festa da corrida, do simples passeio ou do ameno convívio que a travessia da Ponte 25v de Abril vai proporcionar no domingo, com a realização da 27ª EDP Meia Maratona de Lisboa.
Com a liderança a manter-se pelas formações africanas – em homens e mulheres – resta a festa de dos cerca de trinta e cinco mil (dos quais cerca de 7.500 estrangeiros) que vão voltar a estar e outros que se estreiam na mais mediática meia maratona em Portugal e uma das melhores do mundo, contando com a representação de atletas de 64 países.
Competição (juntando também a elite dos que participam na corridas das Cadeiras de Rodas) – propriamente dita – a que juntam provas para outros tipos de “atletas”, como são os casos dos que tomam parte no Passeios Mimosa Avós e Netos e a dos “mini-campeões EDP”, já este sábado, de manhã e de tarde, e ainda a Mini Maratona Vodafone (apenas 7,2 km) para “ver” o Tejo de cima da ponte.
Na procura do “cheque” (prémio da corrida) mais valioso, vai estar uma dezena de atletas que correm entre a uma hora e a uma hora e um minuto, embora não se preveja a queda de qualquer recorde mundial ou europeu no sector masculino.
Neste grupo, primazia para o eritreu Nguse Amloson (que venceu o ano passado a meia maratona de outono), que vai ter – segundo se deseja – um bom leque de opositores na senda do triunfo.
Exemplos disso são os quenianos James Wangari (59.07) e Simon Cheprot (59.20), tendo por perto os compatriotas Edwin Kibet Koech (60.47), Daniel Rotich (60.59) e Alex Oloitiptip Korio (59.28);o zimbabueano Cuthbert Nyasango (60.26) e o francês Bouaddellah Tahri (finalista olímpico).
Quanto aos portugueses, a referência vai para Hermano Ferreira (61.24), José Moreira (64.00), Ribardo Ribas (63.58) e Rui Teixeira (63.16), no top, contando-se ainda com alguns jovens como Samuel Barata (1.06.41).
O recorde da prova pertence ao eritreu Zersenay Tadese desde 2010, quando cumpriu os 21.097 metros no tempo de 58.23 (58.30 no ano seguinte, como segunda marca), registo que é o actual recorde mundial.
Em termos europeus, o recorde pertence ao britânico Mo Farah, que venceu esta competição em Lisboa em 2015, com 59.32.
A melhor marca obtida por um atleta português foi alcançada em 1995, quando António Pinto foi segundo (1.01.07), atleta que conseguiu quatro segundos lugares entre 1991 e 1996, as melhores classificações de sempre obtidas por atletas lusos, tendo sido ainda 3º em 1997 (1.01.39).
No pódio, de resto, apenas mais Fernando Couto (3º em 1991, com 1.01.46) e Domingos Castro (3º em 1995, com 1.01.22).
No feminino, onde se poderá correr para níveis do recorde mundial, a estrela principal é a queniana Vivian Cherouit (67.54), a que se junta a etópe Mare Dibaba (67.54 também), o que promete espectáculo, juntando num segundo plano de perspectivas atletas como a queniana Mary Wacera (66.29), a etíope Ruti Aga (68.07), a francesa Christelle Daunay (68.34) ou a etíope Ababel Yeshneh (67.52).
Nas portuguesas, Dulce Félix assume-se como candidata a ser a melhor (68.32), um recorde pessoal na competição do ano passado, tendo por perto Sara Moreira (69.18), Jéssica Augusto (69.08) e Inês Monteiro (1.10.06) e, num segundo plano, Catarina Ribeiro (1.13.30), Carla Salomé Rocha (1.14.39), Doroteia Peixoto (1.14.51) e Vera Nunes (1.15.38).
O recorde feminino na prova está na posse de Rose Chelimo (Bahamas), no percurso ora em uso, com 1.08.22), se bem que a queniana Susan Chepkemei, com 1.05.44 fez o melhor no anterior percurso, em 2001, num percurso não válido face ao desnível de mais de um metro por km, quando da partida em cima da Ponte.
O recorde mundial e europeu pertence à holandesa (de origem africana) Lomah Kiplagat, com 1.06.25, se bem que a queniana Peres Jepchirchir tenha conseguido 1.05.06 (10.02.2017) mas em prova mista.
Em termos nacionais, recorde para Ana Dulce Félix (1.08.32) obtido em 2011 nesta corrida.
Rosa Mota, na estreia da competição (1991), é a única portuguesa que venceu (1.09.53), enquanto Manuela Dias (1991 a 1993), Fernanda Ribeiro (1999), Ana Dulce Félix (2011) e Sara Moreira (2015) alcançaram segundos lugares, subindo ainda ao pódio Lucília Soares (1991), Mónica Gama (1994), Albertina Dias (1996), Fernanda Ribeiro (2000 e 2010), com os terceiros lugares conquistados.
Na CTT Wheelchair Racing, os melhores do mundo vão voltar a terras lusitanas para reconfirmar que a prova de Lisboa é a mais rápida do mundo.
Para o confirmar, a presença do canadiano Josh Cassidy, o recordista mundial, que contará com forte luta do duo espanhol formado por Jordi Madera e Rafa Bottelo.
No feminino. A suíça Manuela Schaar – recordista mundial na maratona – terá forte oposição das britânicas Jade Jones (2ª mundial) e Melissa Nicholls na luta pela obtenção do recorde mundial da meia maratona, que é de 49.49 da britânica Shelly Woods, e foi obtida em Lisboa no ano passado.
Resumida a história do antes e do agora, resta esperar para ver o que se vai passar este domingo.