Terça-feira 03 de Dezembro de 2024

“Oferta” inicial na origem da … goleada

SL Benfica v Leixoes - Portuguese CupLiga NOS – Benfica, 4 – Belenenses, 0

Com um “brinde” logo de início (12’) por parte de Miguel Rosa – amorteceu a bola para André Almeida fazer o golo – o Benfica podia ter arrancado para uma goleada idêntica ou próxima da que se verificou na época passada (6-0), não fora o facto de ter entrado, logo aí, em “slow motion” (câmara lenta), não estando em causa, como se torna evidente até pelos números, o triunfo neste jogo.

Os de vermelho entraram em maior “rotação”, como seria de esperar, mas com esta facilidade (felicidade) de chegarem ao golo bem cedo, pareceu que começaram a “resguardar-se” no esforço, quiçá pelos efeitos do jogo tido na Alemanha, o que originou um “abrir de olhos” dos azuis do Restelo. Embora ténue.

E isso porque preferiram jogar curto, com passes e mais passes, quase sempre barrados pelas linhas média e defensiva dos benfiquistas, que nem precisaram de forçar muito o nível para ficar “graduado” numa vantagem territorial bem larga, podendo-se afirmar-se que, entre a marcação do primeiro golo e mais uma oportunidade séria de golo, passaram vinte minutos, quando Jonas (finalmente acordou) se atrapalhou com a bola quando estava frente ao guarda-redes e aquela fugiu.

Mitroglou, também algo “apagado”, esteve perto (36’) de poder aumentar a vantagem mas cabeceou para as nuvens, na sequência de um centro de André Almeida, muito activo no ataque (na defesa não era preciso lá estar porque os de Belém não tinham “cabedal” para “assustar” alguém).

O primeiro momento de perigo protagonizado pelo Belenenses surgiu (38’) na sequência de um contra-ataque pela direita com Miguel Rosa, bem perto da linha da grande área, a disparar um remeta fortíssimo que levou a bola a bater estrondosamente no poste do lado contrário onde se encontrava Ederson, perfeitamente batido.

O Benfica insistiu mas “esqueceu-se” dos foras de jogo que se verificaram a seguir, porte dos jogadores do Benfica, face a uma estratégia de defender em linha e deixar que os adversários caíssem no logro. E foram várias vezes até ao intervalo. Felizmente que os árbitros assistentes estavam atentos.

Por omissão que se pode considerar grave, o árbitro Bruno Esteves – que fez uma exibição razoável porque perdoou uma grande penalidade ao Benfica quando Fábio Nunes foi derrubado por Samaris (76’) – teve que mudar de camisola ao intervalo porque o que vestiu no primeiro tempo se assemelhava às dos jogadores do Belém, uma situação que devia ter sido resolvida antes de sair das cabinas, porquanto devia ter perguntado (ou vista ma ficha de equipa) a cor com que as duas equipas se apresentavam em campo.

No tempo complementar, Persson (48’), a passe de Maurides, criou perigo junto das balize à guarda de Ederson que, desta vez, não teve trabalho para defender. E dois minutos depois foi Miguel Rosa, servido por Maurides, a rematar forte para a bola bater no poste mais longe da baliza de Ederson.

Na resposta, o Benfica chegou ao 2-0 (51’). Mais um contra-ataque rápido do Benfica – uma equipa melhor estruturada e fisicamente superior ao Belenenses – com Mitroglou a fechar da melhor maneira a jogada que começou nele próprio, endossou a Samaris e este devolveu a bola ao grego para marcar sem dificuldade.

Nesta altura (51’), terá chegado a pensar-se se este segundo golo não iria abrir uma “rota” para chegar à meia-dúzia da época passada.

Não aconteceu mas ficou lá perto.

Ainda assim, os azuis dos Restelo foram dando o “litro” e Maurides (54’), com a baliza sem ninguém, cabeceou ao lado, com o mesmo jogador a importunar Ederson, que defendeu o remate fraco e na sua direcção.

E quem não marca sujeita-se a chegar a lado nenhum, como ora se verificou quando Sálvio (59’), a passe de Zivkovic, rematou forte, fora da área, para fazer o 3-0, com o guardião Cristiano a ver passar a bola muito rápida a caminho do fundo das redes, até porque tinha um colega de equipa à sua frente, que tapou por completo a trajectória do esférico.

Com o Belém a tentar resistir (e insistir no ponto de honra), o Benfica quase chegou ao 4-0 (65’), com Sálvio a falhar estrondosamente o remate com a baliza toda aberta, quando apareceu (70’) um rapaz de nome Jonas (até aí meio adormecido!) arrematar pela primeira vez à baliza contrária e a obrigar Cristiano a uma excelente defesa a soco.

Depois (76’) surgiu a grande penalidade não assinalada por Bruno Esteves contras o Benfiva, por carga, pelas costas e com um braço, de Samaris a Fábio Nunes, prosseguindo o jogo para Vítor Gomes tentar picar a bola por cima de Ederson mas não se saindo bem.

Por esta altura foi anunciado que estavam 53.897 espectadores no Estádio, um novo máximo em jogos da Liga.

Pata terminar em festa, o Benfica chegou ao 4-0 (90+1’) com um golo obtido por Jonas (que jogou toda a partida depois de uma paragem larga por lesão), com a bola a passar de Samaris para Mitroglou e deste para Samaris, que a introduziu legalmente na baliza e fixou o “score” final.

Uma vitória justa do Benfica ante um Belenenses que pouco mais podia fazer, por falta de argumentos e pela falta de sorte (bola ao poste e grande penalidade não assinalada).

Relevo para Ederson, Luisão, Samaris, Jonas, Mitroglou, André Almeida, Sálvio, Zivkovic e Pizzi (Benfica) e Cristiano, João Diogo, Miguel Rosa, André Sousa, Domingos Duarte, Vítor Gomes, Camará e Gonçalo (Feirense).

Bruno Esteves (Setúbal), podia ter estado melhor (Algarve) mas a grade penalidade não marcada a favor do Setúbal por certo o vai “castigar” na classificação dos delegados, sendo que os assistentes estiveram bem.

Constituição das equipas:

Benfica – Ederson; André Almeida, Luisão, Lindelof e Eliseu; Sálvio (Rafa, 77’), Samaris, Pizzi (André Horta, 85’) e Zivkovic (Carrillo, 66’); Jonas e Mitroglou.

Belenenses – Cristiano; João Diogo, Domingos Duarte, Gonçalo Silva e Florent; Vítor Gomes, André Sousa (Ortuño, 76’) e Persson; Abel Camará (Fábio Nunes, 92’), Maurides e Miguel Rosa (Benny, 86’).

Disciplina: Amarelo para Carrillo (71’), Luisão (84’) e João Diogo (89’).

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