Liga NOS – Benfica, 3 – Chaves, 1
Dois golos do grego Mitroglou – a abrir e a fechar – deram o décimo oitavo triunfo do Benfica na Liga 2016/2017 em vinte e três jornadas, mantendo a formação de Rui Vitória no primeiro lugar à 23ª jornada, que se iniciou esta sexta
Como competia aos donos da casa, o Benfica instalou-se no meio campo do Chaves e, no primeiro minuto, Mitroglou fez um ensaio para ver se chegava ao golo bem cedo. Só não aconteceu porque Mitroglou estava na posição de fora-de-jogo antes de introduzir a bola na baliza de António Filipe.
Apesar da maior posse de bola ao longo de todo o jogo (numa média de 63/37%), nem por isso o Benfica jogou muito e bem, apesar das várias tentativas de chegar à baliza do Chaves, atendendo a que, por exemplo, foi o Chaves a fazer mais remates à baliza de Ederson e, até, dispor de um maior número de pontapés de cantos.
A diferença ficou marcada na maior eficácia benfiquista, que acabou por marcar mais dois golos, apanhando a equipa de Chaves em contrapé, formação que criou ainda algum “frissom” quando chegou ao empate (1-1), quando nada o fazia esperar.
A primeira grande oportunidade de golo (14’) foi do Chaves quando Fábio se isolou pela direita, flectiu para a zona central e chegou à grande área para, em luta com Luisão e Ederson, acabando a bola por fugir a todos.
Também, não teve sucesso o livre (16’) marcado por Bressan que, ainda que forte, acabou por a bola morrer nas mãos do guardião Ederson, sempre atento.
Não marcou o Chaves mas fê-lo o Benfica com a cabeça de Mitroglou, passada o minuto 17.
Numa rápida avançada pela direita, Semedo levou a bola até ao meio campo contrário e, entre a linha lateral e a da grande área fez um centro directo que levou a bola a chegar à cabeça de Mitroglou que, como se esperaria, cabeceou para abrir o marcador. Defesas espalhados por “outros lados” permitiram está na altura certa e na hora exacta.
O Chaves não acusou em demasia o toque porquanto viveram alguns momentos quase dramáticos que, nos dez minutos seguintes, teve oportunidade de marcar.
Primeiro foi Fábio. sempre incansável, que frente a Ederson e com a baliza “escancarada” atirou por cima da barra (19’), retorquindo Luisão (24’) a cabecear por cima da barra no seguimento de um pontapé de canto.
No minuto seguinte foi Tiba – o melhor jogador do Chaves – a rematar forte e com efeito que ia traindo Ederson, que não conseguiu segurar a bola e foi afastada pela defesa benfiquista.
Tiba (40’) voltou a ameaçar rematando forte mas que Ederson defendeu bem, seguindo-se Sálvio a, na zona frontal, rematar por cima da barra.
Três minutos depois (43’) o Chaves chegou ao empate, fazendo jus da pressão exercida nos minutos anteriores, com Bressan, depois de uma jogada gizada por Perdigão, na direita, que passou para a entrada da grande área onde, muito rápido, surgiu o citado jogador a fazer um remate em arco, ao canto superior direito da baliza, onde Ederson não conseguiu chegar.
No reatamento, Ederson (48’) voltou a estar em evidência ao salvar o golo que Fábio se preparava para marcar ao sair-lhe aos pés e, um minuto depois, o Benfica voltou ao comando do marcador, com um golo de Rafa, que deu a resposta precisa a um passo longo de Nelson Semedo, no lado contrário, jogador que estava na situação de fora de jogo, que não foi assinalada.
A partir daqui o ritmo baixa um pouco, ainda com o Benfica na mó de cima, com Mitroglou (52’) atirar ao lado, Zivkovic (57’) rematar também ao lado, Nélson Semedo a fazer o mesmo (59’) e Jonas – que entretanto entrou na equipa encarnada – a atirar ao lado (64’), no que podia ter sido o terceiro golo dado que não tinha ninguém pela frente.
Depois de saber que estivavam na Luz 53.810 espectadores (que se pode considerar um luxo face ao adversário ser o Desportivo de Chaves), Jonas não chegou a tempo de criar perigo, não dando o melhor seguimento a uma cavalgada de Zivkovic.
Tiba (81’) voltou à tona para colocar Ederson à prova, obrigando-o a uma excelente defesa enquanto, na resposta (89’), o Mitroglou voltou a “molhar a sopa” e fez o 3-1 final, um resultado algo “penoso” para o Chaves pelo que jogou (e bem).
Nuno Almeida (Algarve) não teve critérios idênticos para faltas semelhantes, a lei da vantagem não é para demorar o tempo que for preciso e, por isso, se não apitar a tempo perdeu a oportunidade, enquanto na disciplina também não esteve coerente no que se refere à amostragem dos cartões. Melhor estiver os assistentes, em especial no capítulo da marcação dos foras-de-jogo.
Constituição das equipas:
Benfica – Ederson; Nélson Semedo, Luisão, Lindelof e Eliseu; Sálvio (Jonas, 54’), Samaris, Pizzi (Filipe Augusto, 76’) e Zivkovic; Rafa (Cervi, 88’) e Mitroglou.
Chaves – António Filipe; Pedro Queirós, Massaia, Nuno Coelho e Nelson; Perdigão, Tiba, Bressan e Fábio Martins (Davidson, 65’); Braga (Patrão, 77’) e William (Rafael, 76’).
Disciplina: Amarelo para Nelson Semedo (67’), Davidson (69’) e Tiba (74’)
No outro jogo realizado esta sexta-feira, o Guimarães venceu o Moreirense (1-0) e mantém-se na corrida ao 5º lugar, onde está o vizinho Braga.