Liga NOS – Benfica, 3 – Nacional, 0
Ao marcar os dois primeiros golos do Benfica no regresso aos triunfos da equipa de Rui Vitória (na bancada, por castigo), Jonas foi o homem-chave da formação encarnada para a manutenção da liderança, agora que o Porto é o principal adversário quanto ao título, porquanto o Sporting terá perdido a réstia hipótese, ao perder nos Dragões.
Na Luz, foi preciso esperar vinte e cinco minutos para que o Benfica conseguisse abrir o activo, já que até aí os madeirenses – com um jogo objectivo – conseguiram dominar todas as situações criadas pelos “engenhosos” benfiquistas, mormente por parte de Sálvio, o principal motor, e Pizzi, em especial.
Com um andamento vivo desde o apito inicial do árbitro, as duas equipas proporcionaram uma boa partida, se bem que o Benfica dominasse a estratégia e se tornasse mais perigosa, situação que o Nacional tentava “parar” sempre que podia, com esforço.
Ainda assim coube ao Nacional (11’) criar frisson junta da baliza de Ederson, que Luisão salvou, de cabeça, junto à linha de baliza, na sequência da marcação de um pontapé de canto, a que se seguiu uma resposta adequada dos encarnados, com Jonas a não conseguir dominar a bola e o perigo “foi-se”, por momentos, porque logo a seguir foi Adriano a atirar-se ao chão para segurar uma bola que levada selo de golo.
O Benfica insistiu, com Jonas quase sempre na berlinda, bem acompanhado por Sálvio (que regresso após lesão), se bem que (21’) Luisão e Ederson atrapalham-se para “segurar” a bola, que fugiu a ambos e que o Nacional, com a baliza desguarnecida (Ederson foi até quase à linha da grande área), não aproveitou.
A partir daí, o mote foi pressão e mais pressão e (25’) a “cesta de rede” de Adriano cedeu ao maior poderio benfiquista.
Avançando pela direita, sem oposição, Zivkovic desceu até à linha da grande área e centrou para o miolo da área onde Jonas se elevou melhor do que toda a agente e cabeceou ao ângulo superior esquerdo da baliza de Adriano, fazendo o 1-0 aos 25 ’.
O Nacional manteve-se sempre em luta e tentou chegar ao empate mas, três minutos depois, foi apanhado em “contra pé”, sofrendo o segundo golo (34’), depois de uma excelente jogada com princípio, meio e fim, com Jonas a fazer um pequeno slalom, passando a bola do pé direito para o esquerdo e rematar de pronto, que levou a bola a beijar, de novo, o “véu da noiva”, confirmando o 2-0, aproveitando o adiantamento do guarda-redes madeirense.
Pizzi (40’) e Mitroglou (45’) podiam ter aumentado a vantagem mas o primeiro obrigou Adriano a uma grande defesa e o segundo atirou ao lado, um ou dois milímetros do poste.
Na segunda parte, com o jogo quase controlado, o Benfica manteve a sua queda ofensiva e foi a vez de Semedo centrar para Mitroglou obrigado a Adriano a mais uma defesa apertada, enquanto o Nacional não se dava por vencido.
Mas o Benfica não deixava espaços e o Nacional pouco podia fazer para alterar o curso do marcador, chegando o Benfica ao 3-0, agora sim marcado por Mitroglou, depois de uma outra excelente jogada, que começou em Zivkovic, passou por Jonas e este deu a bola de bandeja ao grego para (80’)
A maioria das estatísticas finais do jogo é favorável ao Benfica e está tudo dito, numa luta que poderá durar até à última jornada do campeonato.
Também na luta pelas audiências, o Benfica conseguiu colocar 48.638 espectadores nas bancadas da Luz, mais um número significativo.
Jonas foi o melhor jogador do Benfica, seguindo-se Sálvio, Pizzi, Mitroglou, Semedo, Eliseu, Luisão e Zivkovic, enquanto no Nacional se salientaram Adriano, Salvador, Washington, Mezga e Rui Correia.
Luís Godinho (Évora) não teve problemas de maior para gerir o jogo, ajuizou bem nos amarelos mas criou duas situações que se referem: aos 10’, deixou seguir uma jogada em que dois jogadores tentaram jogar a bola, mas o assistente deu-lhe sinal para marcar falta. Viu a jogada, porque foi perto do local onde se encontrava, deixou seguir e porque é que o assistente levantou a bandeirola? No segundo, 65’, Adriano, no poste mais longe, faz-se à bola, junto da sua baliza, para não a deixar seguir para canto. O árbitro estava na zona, indicou pontapé de baliza, mas o assistente, muito longe e até sem visão da bola, porque Adriano estava deitado no chão e de costas, marcou pontapé de canto, disse que era canto. Pequenas coisas que, por vezes, “estragam” os jogos.
Constituição das equipas:
Benfica – Ederson; Nélson Semedo, Luisão, Lindelof e Eliseu; Zivkovic, Pizzi (Filipe Augusto, 77’), Fejsa e Sálvio (Rafa, 69’); Jonas e Mitroglou (Carrillo, 81’).
Nacional – Adriano; Jota, Rui Correia, Tobias Figueiredo e Sequeira (Cerqueira, 69’); Zequinha (Wilyan, 61’), Mezga (Tiago Rodrigues, 50’), Washington e Filipe Gonçalves; Salvador Agra e Aristeguieta.
Disciplina: Amarelo para Jonas (32’), Washington (33’), Mezga (42’), Tiago Rodrigues (50’), Zequinha (55’), Ederdson (58’) e Rui Correia (59’).