Liga NOS – Sporting, 4 – Paços Ferreira, 2
Com um chapéu magnífico sobre Defendi, Gelson tornou-se o homem mais objectivo no jogo frente ao Paços de Ferreira, que deu excelente luta. Com um golo de antologia – daqueles que saem uma vez na vida – Gelson como que definiu a meta traçada por Jorge Jesus: ganhar!
E se no decorrer da primeira parte o Sporting teve oportunidade de “resolver” o jogo (chegado ao 3-0), fica-se com a dúvida sobre os motivos do “adormecimento” da formação leonina durante a primeira meia hora do tempo complementar, quando o Paços reduziu de 03- para 2-3, criando algum “frisson” para o quarto-de-hora final, altura em que Dost resolveu a contenda, marcando pela segunda vez (chegando uma vez mais ao “bis”).
Na estatística do jogo, o Paços de Ferreira comandou quase tudo, tendo faltado apenas a posse de bola (55-45%), culminando uma boa exibição e em que, por isso mesmo, o resultado foi dilatado.
Depois de uma arrancada (5’) por parte do Paços, que levou ao primeiro remate à baliza, o Sporting passou a gerir o jogo, chegando ao 1-0 através da marcação de uma grande penalidade que, a olho nu, parecia não ter existido. Atento, o árbitro Fábio Veríssimo, assinalou a falta (agarrar) sobre Alan Ruiz.
Uma oportunidade que Adrien (12’) aproveitou da melhor maneira para abrir o activo.
Criando mais perigo, o Sporting chegou ao 2-0 com um golo de Dost (32’), no seguimento de um passe bem medido, rematando a bola para dentro da baliza.
Com Gelson muito activo – como sempre – em especial nos “slalons” feitos através de vários “raids”, a verdade é a sua velocidade não chegou para marcar golos.
Ainda assim, fez o terceiro do Sporting (35’) numa jogada em tudo saiu bem, quando fez a bola passar por cima da cabeça de Defendi, ir busca-la, isolar-se sem ninguém pela frente e rematar para a baliza deserta. Um chapéu quase se “ouro”.
Depois do 0-2, o Paços baixou um pouco de ritmo, mas manteve sempre a “chama” em ”lume brando”; à espera de qualquer coisa, porquanto Christian e Welthon tinham lançado “avisos” amarelos antes, no que foram os dois melhores jogadores dos pacenses.
E isso começou a sentir-se no segundo tempo, quando Welthon (49’) reduziu a vantagem leonina para 1-3 e, aos 75’, surgiu o segundo golo pacense, desta vez de cabeça, no seguimento de um canto, com toda a defesa leonina apática o que, por certo, fez estremecer as hostes sportinguistas.
Whelton foi o autor da marcação dos dois golos do Paços, ao dar o melhor seguimento a um passe de Christian, a dupla “terrível” que os leões não conseguiram segurar ao longo de todo o jogo.
Com Palhinha (60’) a entrar para o lugar de Adrian, o Sporting tentou “travar” a impetuosidade pacense, mas a verdade é que foi o Paços de Ferreira a chegar ao 2-3, como se referiu atrás.
Mas três minutos depois (78’), os 43.843 espectadores que estiveram no Alvalade XXI viram o melhor marcador do campeonato (Dost) a aumentar a contagem da noite, ao fazer o quarto golo para o Sporting, no seguimento a um centro da direita e cabecear de cima para baixo, fazendo a bola entrar na baliza de um Defendi, apesar da defesa ter tentado rechaçar a bola para fora.
Em vésperas de mais um clássico F.C.Porto-Sporting, em que está em jogo a caminhada para o título, o ensaio terá ficado aquém do que se poderia esperar.
No Sporting, realce para Gelson, Patrício, Adrien, Ruben Semedo, Bryan Ruiz e Adrien, enquanto no Paços de Ferreira realce para a dupla ”endiabrada” formada por Christian e Welthom, Defendi, Pedro Monteiro, Ricardo Valente e Marco Baixinho.
Fábio Veríssimo, o árbitro de Leiria, teve alguns erros, o mais visível uma dualidade na atribuição dos cartões amarelos, em que os assistentes (Pedro Felisberto e Tiago Rocha) estiveram bem.
As equipas alinharam:
Sporting – Rui Patrício; Schelotto, Paulo Oliveira, Rúben Semedo e Bruno César(Matheus Pereira, 88’); Gelson, William Carvalho, Adrien (Palhinha, 60’) e Bryan Ruiz; Bas Dost e Alan Ruiz (Zeegelaar, 73’);
Paços Ferreira – Defendi; Vasco Rocha (Luiz Phellype, 82’), Pedro Monteiro, Marco Baixinho e Bruno Santos; Mateus (Filipe Melo, 70’) e Christian; Ricardo Valente, Pedrinho e Barnes (André Leal, 82’); Welthon.
Disciplina: amarelo para Bryan Ruiz (10’), Christian (34’), William Carvalho (45’), Marco Baixinho (45+2’), Alan Ruiz (61’) e Palhinha (64’).