Taça CTT – Sporting, 1 – Varzim, 0
Embora sem se desviar da “rota” de chegar à final desta Taça da Liga-CTT, não é menos verdade que a formação do Sporting passa por um período algo complexo (ou complicado).
No triunfo ante o Varzim, com um golo (ainda que bem tirado por Gelson), voltou a não se ver um fio de jogo, uma chama ainda que morna, mas uma exibição com falta de alma, de garra de leão.
Sabe-se que Dost tem marcado muitos golos mas por acção dos extremos, que traçam diagonais perfeitas entre os pés de cada um e a cabeça do avançado leonino, mas frente aos varzinistas nada disso se passou, por um lado porque Gelson “brincava” (jogo essencialmente individual) demais com a bola e não dava seguimento às jogadas.
É verdade que resolveu o jogo mas isso não acontece sempre desta forma, porquanto não existe uma linha condutora de defesa, linha média e ataque, o que gera grande “desconforto” para quem assiste aos desafios.
O Sporting teve maior ascendente sobre o Varzim, foi mais veloz na transição defesa ataque, teve mais posse de bola, mas os golos escasseiam, embora só um chegasse para somar três importantes pontos.
Na primeira parte – melhor do que a segunda – o ritmo foi agradável, pese embora a qualidade de futebol não fosse expressiva, porque não houve brilho face às poucas jogadas de perigo eminente, que só surgiu, na prática, para Gelson (19’), marcar o único golo do desafio, ao surgir isolado pelo lado direito e, já dentro da grande área, fazer um remate tão forte e colocado que há muito não se via.
O atacante leonino rematou para entre o poste e o guarda-redes Paulo Vítor – quando este estava no lado contrário à espera de um centro mais largo – com a bola a seguir um caminho repleto de “sortilégio”.
Depois do golo, Adrien atirou a bola para as nuvens (21’), Dost rematou (32’) mas o defesa desviou para canto e o mesmo Dost (38’), frente ao guarda-redes, permitiu que este chegasse primeiro e o perigo perdeu-se.
O Varzim não se limitava a fechar os caminhos para a sua baliza ou prejudicar a acção de cada adversário porquanto teve alguns contra-ataques rápidos mas que foram “desmantelados” muito antes de se chegar à área leonina, onde Beto pouco fez.
No tempo complementar, o nível baixou ainda mais e até parecia que que se desejava que o jogo acabasse depressa, tal a falta de nível futebolístico de primeira divisão.
Dost voltou a ter o golo nos pés (62’), depois de um passe de Campbell, tendo rematado ao lado do poste, o mesmo sucedendo a Gelson (64’), que o guarda-redes defendeu.
Com as substituições operadas nas duas equipas, o rendimento não se modificou muito, tal a falta de visão dos jogadores para criarem jogadas com princípio, meio e fim.
Gelson voltou a insistir (85’) e obrigou o guardião Paulo Vítor a mais uma defesa para canto e, de importante, o facto de o Sporting ter reunido em Alvalade 24.752 espectadores, o que foi muito bom para um dia 30 de Dezembro.
No Sporting, realce para Gelson, o motor de toda a movimentação da equipa, ainda que egoísta de mais, realçando-se também as exibições de Campbell, Coates, Adrien, Esgaio, William e Dost.
No Varzim o guardião Paulo Vítor foi o mais brilhante, salientando-se ainda Lima Pereira, Nelsinho, Olímpio, Estrela e Jeferson.
Bruno Paixão (Setúbal) foi o árbitro do encontro e esteve bem, enquanto os assistentes António Godinho e Nuno Roque cumpriram em bom plano.
As equipas alinharam:
Sporting – Beto; Esgaio, Coates, Douglas e Bruno César (Jefferson, 86’); William, Adrien (Elias, 56’) e Castaignos (Bryan, 57’); Gelson, Dost e Campbell.
Varzim – Paulo Vítor; Jean Filipe (Agra, 45’), Lima Pereira, Jeferson e Delmiro; Estrela, Nelsinho, Olímpio e Villagrá (Ededr, 68’); Tiago Alves (Barcelos, 61’) e Rui Costa.
Disciplina: amarelo para Lima Pereira (53’)
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No outro jogo desta sexta-feira, o Guimarães foi ganhar ao Vizela (2-1).
Nas próximas terça e quarta-feira realizam-se os últimos jogos da fase de grupos.