Central Noticias » Quem mais erra … arrisca-se a perder!

LIGA NOS – Benfica, 2 – Sporting, 1

De alguma forma, foi isso que aconteceu no Benfica-Sporting deste domingo, já que os leões dominaram mais, criaram mais hipóteses de golo, fizeram o maior número de remates à baliza, mas a bola só entrou uma vez.

À contrário, o Benfica soube aproveitar os erros das linhas atrasadas dos leões e marcou dois golos, precisamente pelas falhas de marcação cometidas, que originaram os dois golos benfiquistas, o que quer dizer que quem mais erra … arrisca-se a perder. Além do mais, quer de um quer de outro lado, houve ainda oportunidades para se marcarem mais golos.

Houve ainda os casos de eventuais grandes penalidades não terem sido marcadas contra o Benfica, mormente quando a bola bateu nos braços de Pizzi (23’) e Nelson Semedo, em plena área, mas fica-se com a sensação de que foram situações casuais, logo legais, porquanto, no primeiro, Pizzi tem os braços “colados” à barriga e depois da bola tocar é que os braços se movem em função dos passos dados em frente.

No caso de Nelson Semedo, o jogador encarnado tem o braço encostado ao corpo e a bola é que foi lá bater. Aliás, ninguém protestou, nem o próprio William Carvalho, o homem que mais perto esteve da bola.

Entrando a alta velocidade, como só podia, o Benfica começou por criar algumas situações de perigo junto à baliza de Patrício, se bem que a jogada mais perigosa partiu de Gelson (7’), entrando na área benfiquista pela direita, fintou dois adversários para a esquerda (colocar a bola no seu melhor pé) mas rematou fraco para uma defesa fácil de Ederson, que acabou por sei o rei do jogo, pelo brilhantismo a defender muitas vezes e bem.

Bryan Ruiz “incomodou” a defesa benfiquista mas Fejsa resolveu (10’) e logo depois é que o Benfica (11’) fez o primeiro remate à baliza de Patrício, quando Rafa, dentro da área e com a bola dominada, fez uma meia volta e rematou com o pé esquerdo mas à figura de Ederson, demonstrando segurança.

Pizzi (13’) marcou um livre para o lado contrário da baliza de Patrício, pela esquerda mas Patrício foi busca-la no outro lado da área, segurando bem, partindo a bola para o campo contrário sob a batuta de Bruno César, que centrou para a cabeça de Bryan Ruiz e obrigou Ederson a uma espectacular defesa.

O Sporting continuou na mó de cima mas foi o Benfica a marcar (24’). William, a meio campo, perde a bola (lá está a questão das fintas a mais), que Rafa apanha e foge pela esquerda (o seu melhor pé), foi até quase à linha final sem que ninguém o “chateasse” e centrou largo para o local onde surgiu um Salvio que saltou e cabeceou para a rede deserta, ante o esforço inglório de Patrício, que chegou tarde demais.

Como tarde também chegou Zeeglaar a fazer frente a Salvio, deixando a bola passar por cima da cabeça, onde o médio do Benfica não perdoou, saltando mais alto e à vontade para inaugurar o marcador.

O Sporting não se ficou e manteve a toada atacante, com Gelson (40’), desta vez depois de duas fintas que tirou dos adversários da frente, que atirou forte para grande defesa de Ederson.

Na gestão dos 5+2’ (compensação), nada de especial se passou.

No reinício, o Sporting trouxe Campbell no lugar de Bruno César e a ordem era para recuperar o golo perdido.

E esteve perto (46’) quando Dost rematou forte mas ao poste direito para, na jogada seguinte, o Benfica chegar ao 2-0 (47’) com um golo assinado por Raul Jimenez, depois de uma jogada de insistência por parte dos benfiquistas e devido ao centro feito por Nelson Semedo, que fez voar a bola sobre todos os jogadores leoninos e fazê-la chegar aos pés do referido Raul, que não perdoou.

Onde estava João Pereira e ou Coates nesta altura? Não estavam lá e o caminho ficou livre. Tudo fácil. Mais um erro defensivo.

No minuto 59’, William obrigou Ederson a evitar o golo para o Sporting depois de fazer uma excelente defesa, tendo o Sporting tido nova oportunidade para marcar mas Dost atirou à figura de Ederson.

Mantendo a “operacionalidade” atacante, o Sporting reduzir a diferença para 2-1, com um golo de Dost, a dar o melhor caminho a uma bola centrada por Campbell do lado esquerdo do ataque sportinguista.

Nos últimos dez minutos de jogo, o ”frenesim” foi total, com despiques vários e com o Sporting e o Benfica a criarem oportunidades de marcar mas sem o conseguirem.

Foi assim quando (78’) o Sporting perdeu a hipótese de chegar ao 2-2, para o Benfica fazer o mesmo, isto é, não ter aproveitado para chegar ao 3-1, o que daria mais descanso.

Por isso, apesar de um maior domínio ao longo dos noventa minutos, o Sporting não teve arte nem manha para contrariar a maior astúcia – e até um pouco de sorte – do Benfica, que venceu e cimentou a liderança, agora com quatro pontos sobre o F. C. Porto, que chegou ao segundo lugar, mantendo o Sporting a cinco (3º) e o Braga a 6 (4º).

Uma última nota para o recorde de espectadores na presente época, ao atingir a cifra extraordinária de 63.312 espectadores, sendo o anterior de 58.637 frente ao Feirense.

Ederson foi o “dono do jogo” pelo punhado de excelentes defesas que fez e que contribuíram para o triunfo do Benfica, bem acompanhado por Luisão, Raul Jimenez, Salvio, Pizzi, Rafa, Nelson Semedo e Fejsa, sobressaindo no Sporting o guardião Patrício, a par de Bryan Ruiz, Bruno César, William, Adrien, Dost, Semedo , Gelson e Campbell.

Chefiada por Jorge Sousa (Porto), com boa colaboração dos assistentes Álvaro Mesquita e Nuno Manso Tomé, o trio deixou jogar largo, com sinal positivo, mesmo nas dúvidas que possam ter existido sobre o não ter assinalado duas eventuais situações a favor do Sporting e explicadas atrás.

Constituição das equipas:

Benfica – Ederson; Nelson Semedo, Luisão, Lindelof e André Almeida; Salvio (Danilo, 85’), Fejsa, Pizzi e Rafa (Samaris, 89’); Gonçalo Guedes (Cervi, 64’) e Raul Jimenez.

Sporting – Patrício; João Pereira, Coates, Rúben Semedo e Zeeglaar; Gelson, William Carvalho, Adien e Bruno César (Campbell, 45’); Dost (André Filipe, 83’) e Bryan Ruiz (Alan Ruiz, 60’).

Disciplina: amarelos para Bruno César (26’), Gonçalo Guedes (37’), Raul Jimenez (72’), Zeeglaar (80’), Coates (81’) e Danilo (85’)