Liga NOS – Sporting, 3 – Arouca, 0
Talvez tivessem sido pelas palavras de ordem – que intitulam esta peça – que a Juventude Leonina escarrapachou em telas colocadas bem viradas para os jogadores, que estes fizeram jus ao empenho e a uma atitude máxima para chegar ao triunfo, que se previa mais difícil.
Apesar dos três triunfos consecutivos em Alvalade – até por margem folgada como aconteceu em 2013/2014 e o ano passado, onde o score chegou aos 5-1 e depois do 1-0 em 2014/2015 – a história, também recente, disse-nos que o Arouca é capaz de tudo, como o faz quando joga em casa.
Fosse pelo que fosse, o Sporting entrou a jogar rápido e com Campbell a ganhar o primeiro canto do desafio (5’) mas do que nada resultou sendo, no entanto, o primeiro sinal de que os leões tinham que ganhar, desse por onde desse.
No seguimento de um lançamento de linha lateral por João Pereira, a bola foi “carambolando” por um defesa arouquense, passou por Semedo que, com um passe milimétrico, apanhou Das Bost desmarcado e só no lado direito e já muito perto da baliza, que se limitou a empurrar a bola para a baliza, com o guarda-redes no lado contrário, sem tempo para reagir. Estava feito o 1-0, aos nove minutos.
Bryan (13’), fazendo um esforço enorme para evitar que a bola saísse pela linha final, cabeceou para a pequena área mas ninguém correspondeu e a bola perdeu-se.
Alguns minutos depois, foi Artur (Arouca) que provocou perigo junto da área leonina mas Patrício resolveu sem problemas.
A vencer, o Sporting foi começando a “adormecer”, com um jogo incaracterístico, salvando-se um cabeceamento (31’) de Gelson mas ao lado da baliza.
A partir de determinada altura (34’), verificou-se, com maior frequência, que Gelson e, depois, Campbell, começaram a insistir em fintas e mais fintas, em desfavor do colectivo, perdendo-se um pouco de dinâmica, até porque era preciso não deixar o Arouca colocar o pé em ramo verde.
Nesta altura, pairava ainda o jejum de vitórias do Sporting nos últimos quatro jogos, o que tornava este jogo algo perigoso para os comandados de Jorge Jesus.
Mas o segundo golo, obtido aos cinco minutos da segunda parte, deu a “estocada” final.
Isto após João Pereira ter perdido uma boa oportunidade para marcar depois de um passe especificamente para a cabeça dele, que enviou ao lado do poste, chegou o 2-0 (55’), num golo obtido por Campbell que, em corrida para a baliza, teve o bom senso de chegar-se à frente e cabecear para fazer o 2-0
Uma grande penalidade (55’) foi cometida sobre Adrien, sem que houvesse protestos do Arouca, que o mesmo jogador tentou marcar mas falhou por completo ao rematar muito forte mas ao lado do poste da baliza. A má sina da não marcação de grandes penalidades continua “estacionada” em Alvalade.
Nesta altura, a jogar mais um jogador do que o Arouca (por expulsão) de Vítor Costa, o Sporting passou a dominar a situação e Campbell teve outra oportunidade (59’) quando voltou a cabecear no poste.
Aproveitou o Sporting para se galvanizar. Com Bryan Ruiz a tentar fazer (66’) um pontapé de bicicleta mas sem êxito. Dois minutos depois chegou o tranquilizante 3-0, de novo por Bas Dost, que deu seguimento a um centro, em jeito de chapéu, de Campbell.
Outra boa notícia foram os 40.743 espectadores presentes neste jogo, mantendo a fasquia elevada na conquista de mais associados para o clube, sendo que, com este triunfo e o empate entre o Benfica e o Porto, o Sporting subiu ao segundo lugar da classificação, com os mesmos pontos (21) dos portistas, enquanto o Benfica se mantém na liderança, com 26 pontos – cinco de avanço sobre os mais directos perseguidores.
No Sporting, realce para Campbell, a par de Gelson, que deram um dinamismo “diabólico” ao jogo, onde foram bem acompanhados por Semedo, Bryan Ruiz, Adrien, Ruben Semedo, Zeegelaar e João Pereira, enquanto no Arouca se salienta a actuação de Bracali, Jubal, Adilson, Mateus, González, André Santos e Nuno Valente.
Carlos Xistra (Castelo Branco) esteve bastante bem de uma forma geral, com os assistentes Jorge Cruz e José Braga também em bom plano.
As equipas alinharam:
Sporting – Rui Patrício; João Pereira, Rúben Semedo, Coates e Zeegelaar; William Carvalho, Adrien (Bruno César, 78’) e Gelson (Elias, 86’); Campbell, Bas Dost e Bryan Ruiz (Castaignos, 75’).
Arouca – Bracali; Anderson, Jubal, Vélasquez e Vítor Costa; Artur (Gegê (54’), André Sanos e Adilson (Nuno Coelho, 82’); Nuno Valente, González (Jorge Intima, 61’) e Mateus.
Disciplina: amarelo para Gelson (15’), Adilson (27’), Adrien (44’), Vítor Costa (45’ e 50’, cartão vermelho), Campbell (53’).