Sábado 23 de Novembro de 2024

Quase todos os Santos com o Benfica

BenficaDynamoKyiv_H0P9622LIGA DOS CAMPEÕES – Benfica, 1 – Dínamo Kiev, 1

Bem se pode dizer que quase todos os Santos estiveram com o Benfica, não tanto pela vitória (que foi justa) mas pela forma como lá chegou. Uma grande penalidade (também certa) que Salvio marcou bem, uma grande penalidade que Ederson defendeu ainda melhor e, em especial, só sendo pena o empate entre o Nápoles e o Besiktas que veio criar outros desafios ao Benfica no próximo dia 23, onde terá de voltar a ganhar para continuar o sonho de passar à fase seguinte.

Com uma primeira parte a falhar consecutivamente nos passes e abusando das jogadas individuais (Salvio, Cervi e Grimaldo, em especial, e o desacerto de Mitroglou e também de Gonçalo Guedes e o próprio Salvio nos remates – apenas quatro directamente à baliza de Rudko) que não deram em nada, o Benfica não esteve tão bem mas, ainda assim, teve a felicidade de ver o capitão Luísão ser agarrado dentro da grande área pelo também capitão Vida que, para o caso, deu na “morte” do Dínamo, dado que Sálvio, chamado a cobrar o castigo máximo, não enganou ninguém e fez o 1-0 em cima dos 45 minutos.

Grande penalidade que nasceu da marcação de um canto, com o capitão Vida a não deixar Luisão deslocar-se, agarrando-o perla cintura, mais a mais nas “barbas” do árbitro do encontro. Daí o não ter havido qualquer esboço de protesto por parte dos visitantes.

Dada essa falta de remates à baliza – a maior parte foram para fora, com excepção do forte remate de Gonçalo Guedes (53’) à barra – a bola, ainda que girando vivamente pelas duas partes, circulou muito mais tempo quer na zona central como nos meios campos das duas equipas, com avanços e recuos que acabaram por ditar apenas o golo no final do primeiro tempo.

O Dínamo, defendendo num 4x4x3 bem fechado e com todos os “polícias” disponíveis para “desembrulhar” qualquer ataque sério por parte do Benfica, sempre em dificuldades em entrar na zona de “tiro”, ante um Benfica que, como se referiu – jogando num 4x2x3x1 – não conseguiu “desencaixar” do Dínamo, criando até alguns “arrepios” a Ederson, que esteve muito bem.

No segundo tempo, a situação não se alterou grandemente porquanto o sistema de jogo se manteve, o Benfica não encontrou soluções para, primeiro, ultrapassar as bem organizadas linhas médias e defensivas, pese embora Gonçalo Guedes tenha tido uma oportunidade rara para aumentar a vantagem, ao rematar forte, do meio da rua, e levar à bola a bater na trave, que “abanou” e bem.

O Dínamo nunca deixou de contrariar a eventual supremacia benfiquista e teve uma oportunidade igual (grande penalidade) que não conseguiu (65’) transformar.

Na ausência dos jogadores do lado direito da defesa benfiquista (Luisão e Semedo), a bola chegou a Derlis Gonzalez que arrancou para a baliza, surgindo-lhe ao caminho Ederson que, estirando-se, impediu o jogador do Dínamo de progredir, pelo que foi marcada a segunda grande penalidade do jogo.

O próprio Gonzalez se encarregou de a marcar mas de tal modo denunciada que o Edersn percebeu facilmente que podia lá chegar, lançando-se para o lado direito e desviando a bola para centro, do que nada resultou.

Rybalka (77’), a passe de Bedesin, não chegou a tempo de rematar à baliza; e Khacheridi (80’), recebendo a bola de Rybalka, chutou muito para cima da barra da baliza de Rudko.

Aos 86’ Cervi é tocado, cai mas levanta-se e o jogo prosseguiu, quando houve falta sobre o nº 22 do Benfica, o que levou o árbitro a deixar andar o jogo. Se assim não fosse, outra grande penalidade estava na calha.

O triunfo, justificado, com alguma felicidade à mistura, levou o Benfica ao segundo lugar do grupo B, a par dos italianos do Nápoles (que empatou com o Besiktas), Besiktas que desceu ao terceiro posto, apenas a um ponto do par da frente.

No jogo da Luz, com mais um recorde de assistência de 51.641 espectadores presentes – e perante da equipa de arbitragem francesa chefiada (e bem) pelo francês Clément Turpin, que esteve à altura do jogo, bem como os assistentes Nicolas Danis e Cyril Gringori.

No Benfica, Ederson foi um esteio de grande valor, enquanto Lindelolf, Pizzi, Gonçalo Guedes, Grimaldo, Cervi, Salvio também estiveram muito bem.

No Dínamo, relevo Rudko, Vida, Gonzalez, Kacheridi, Bedesin, Tsygankov.

Constituição das equipas:

Benfica – Ederson; Nélson Semedo, Luisão e Grimaldo; Pizzi e Fejsa (Samaris, 58’); Salvio, Gonçalo Guedes (André Almeida, 87’) e Cervi; e Mitroglou (Jimenez, 69’).

Dínamo – Rudko; Morozyyuk, Khacheridi, Vida e Makarenko; Sydorchuk (Orikhovskiy, 75’), Rybalka e Buyalsky (Gromov, 86’); Tsygankov (Bedesin, 60’), Junior Morais e Gonzalez.

Disciplina: Amarelo para Gonzalez (11’), Morozyuk (14’), Makarenko (44’), Vida (45’), Rybalka (56’), Samaris (78’) e Khackeridi (90+4’)

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