Sábado 23 de Novembro de 2024

Jogo normal com resultado justo

BenficaPacosFerreira_H0P7573LIGA NOS – Benfica, 3 – Paços Ferreira, 0

Se o triunfo do Benfica se pode considerar normal, com um resultado também natural em função do domínio benfiquista, a verdade maior para os homens da águia é que, à nona jornada, levam sete pontos de vantagem sobre o seu rival de sempre, o Sporting – os leões empataram com o Nacional da Madeira – o que não quer dizer nada (faltam 25 rondas), mas em termos anímicos e psicológicos tem efeitos de natureza superior para o ego de cada um.

Curiosamente, no jogo da Luz, até foi o Paços de Ferreira que começou a desperdiçar hipóteses de golo, com Valente (1’) e Pedrinho (3’) a rematarem forte e a que Ederson se opôs, com duas boas defesas, à “violação” da sua baliza. Mas foi um toque de que o Paços não vinha para fazer apenas “autocarro”, o que aconteceu raras vezes, porquanto sempre deu luta ao Benfica, pelo menos até sofrer o segundo golo, onde acabou a resistência dos homens da terra dos móveis.

Depois das duas “arrancadas” pacenses, o Benfica começou a afinar a sua própria máquina, definiu uma nova estratégia que, provavelmente, não foi a que se falou no balneário antes do jogo começar (o futebol é assim mesmo).

Logo de seguida, Mitroglou teve o golo nos pés, ao rematar forte mas levando a bola a bater na cabeça do central pacense, Miguel Vieira, que ía traindo Defendi, tendo efectuado uma defesa de grande qualidade ao “voar” para safar a bola para canto, do qual não saíu nada de palpável.

Pouco depois (7’), Mitroglou lançou Salvio pela direita, ficando sem quaisquer adversários, mas Salvio falhou o alvo, tendo a bola subido e passado por cima da barra, numa partida com parada e resposta – entre os 15 e os 25’ houve mais oportunidades para ambas as equipas – em bom ritmo, mas com superioridade dos encarnados, dando origem (26’) ao primeiro golo do desafio, com Gonçalo Guedes a tentar “furar” a rede da baliza de Defendi, face ao potente remate feito depois de um passe de bandeja, fugindo pela direita em direcção da pequena área, onde rematou sem ninguém a fazer-lhe frente.

A partir daqui, o Benfica começou a fluir mãos um pouco (o Paços começou a acusar algun cansaço, o que até foi normal face ao trabalho desenvolvido até aí, registando-se (35’) mais oportunidades por Nelson Semedo e Gonçalo Guedes, que só não deram golo porque Defendi estava lá.

Valente (40’) – tal como havia tentado no princípio do jogo, teve uma nova oportunidade de marcar, quase semelhante no seu todo, mas que também não deu resultado porque levantou demais a “alça” e a bola subiu por cima da barra.

Com a chegada do intervalo e a ganhar, o Benfica aproveitou para homenagear a equipa olímpica que esteve no Rio de Janeiro, com Telma Monteiro, a única medalhada portuguesa, no comando de mais de uma dezena de atletas.

No segundo tempo, foi ainda o Paços, por intermédio de Pedrinho, que incomodou muita gente, ao rematar forte e bem colocado, fazendo a bola passar a milímetros do poste. Mas foi sol de pouca dura.

Gonçalo Guedes (55’) ensaiou um “slalon”, curto, segurando a bola e driblando três defesas, já dentro da grande área, para poder rematar bem colocado mas errar o alvo, isto é, levando a bola a passar ao lado da baliza.

Mas aos 64’ chegou o segundo golo para o Benfica, por intermédio de Salvo.

Com o corredor esquerdo todo aberto (ninguém presente n altura do passe), Eliseu foi por aí fora, chegou bem perto do meio da grande área, ainda que perto da linha lateral, onde centrou rasteiro para o seio da pequena área, com Mitroglou a “fingir” que ia rematar mas deixando a bola chegar Salvio que, vindo de trás e entre dois defesas, “sacou” a bola e rematou a contar para o 2-0.

O Paços sentiu este golo e perdeu a força anímica que ainda tinha, de nada valendo as substituições então feitas e, por pouco, não levou com o terceiro golo depois de um conjunto de recargas e contra recargas na grande área que não surtiram efeito porque os “peões” pacenses estavam na linha da bola nos momentos oportunos.

Sabendo-se que estiveram na Luz 52.731 espectadores, um dos melhores resultados para jogos com adversários deste quilate, foi a vez der Cícero perder outra oportunidade para o Paços reduzir o marcador frente apenas a Ederson, atirando ao lado.

Para encerrar em beleza, o Benfica chegou ao 3-0, com um golo de Pizzi (87’), numa partida em que não foram mostrados cartões de quaisquer cor, o que é excelente para a imagem do desporto com fair play e ética.

Salvio, Gonçalo Guedes e Ederson foram os melhores do Benfica, onde se destacaram também Luisão, Mitroglou, Eliseu, Pizzi, Cervi e Nelson Semedo, enquanto no Paços referência para o guardião Defendi, bem acompanhado pelo capitão Miguel Vieira, Bruno Santos, Pedrinho, Mateus, Leandro e Valente.

Chefiada por Bruno Esteves, que teve excelente colaboração dos assistentes Rui Teixeira e Valter Pereira, equipa de arbitragem de Setúbal, não criou problemas, deixou jogar largo e as coisas saíram bem.

Constituição das equipas:

Benfica – Ederson; Nélson Semedo, Luisão, Lindelof e Eliseu; Sálvio, Fejsa (Samaris, 80’), Pizzi e Cervi (Carrillo, 75’); Mitroglou (Raul, 75’) e Gonçalo Guedes.

Paços Ferreira – Defendi; Bruno Santos, Monteiro, Miguel Vieira e Filipe Pereira; Pedrinho, Mateus e Leandro (Cícero, 75’); Ivo (Barnes, 68’), Whelton e Valente (Gleison,80’).

 

 

Restantes jogos

Hoje – Tondela-Moreirense, V. Setúbal-F. C. Porto e Boavista-Estoril;

Domingo – Arouca-Marítimo, Rio Ave Guimarães e Sporting Braga-Belenenses.

Segunda-feira – Chaves-Feirense.

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