Segunda-feira 24 de Novembro de 3732

Rui Costa em 6º lugar no europeu de ciclismo em estrada

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DR _Arquivo

Rui Costa obteve, este domingo, o sexto lugar na prova de fundo do Campeonato da Europa de Estrada, realizado em França, fechando em excelente plano o trabalho de toda a Selecção Nacional/Liberty Seguros na corrida de 232,9 quilómetros, ganha pelo eslovaco Peter Sagan. 

A equipa portuguesa assumiu a ambição de discutir a corrida, optando por deixar a responsabilidade e o desgaste de anular a fuga inicial às equipas com mais elementos. No entanto, nas últimas cinco das 17 voltas ao circuito bretão, as cores da Seleção Nacional/Liberty Seguros surgiram na cabeça do pelotão, impedindo que as movimentações mais perigosas tivessem êxito.

Tendo sempre o foco na necessidade de proteger Rui Costa, de modo a que o poveiro pudesse chegar ao final em condições de bater-se pelos melhores lugares, a equipa n nacional, por intermédio de Tiago Machado e de Sérgio Paulinho, pôs fim ao avanço de um grupo de 18 unidades de enorme perigo.

A fuga foi anulada à entrada para a última volta, perante uma multidão entusiasta de milhares de adeptos. O trabalho dos portugueses eliminou o esforço dos fugitivos e, simultaneamente, endureceu a corrida de modo a que do pelotão restasse apenas um grupo reduzido. Não foi, todavia, o suficiente para deixar de fora todos os homens rápidos.

Rui Costa entrou na derradeira ascensão do Cadoudal na frente do pelotão e fez o que lhe competia: bateu-se pelas primeiras posições. No entanto, a presença de alguns homens rápidos impediu o poveiro de chegar ao pódio, tendo o campeão luso alcançado um honroso sexto lugar, com o mesmo tempo do vencedor, o eslovaco Peter Sagan, do segundo classificado, o francês Julian Alaphilippe, e do terceiro, o espanhol Daniel Moreno.

José Poeira, seleccionador nacional salientou que “a equipa está de parabéns, cumpriu tudo o que planeámos. Assumimos a corrida nos momentos decisivos, de maneira a podermos colocar um homem nos dez primeiros, o que também aconteceu. Podemos dizer que trabalhámos como um verdadeiro colectivo. Os corredores souberam ler a corrida de forma exemplar, graças à qualidade e à experiência que têm”.

Rui Costa, por seu lado, referiu que “a única dificuldade era a subida para a meta, tornando o final demasiado explosivo para as minhas características e permitindo que chegassem muitos homens rápidos. A selecção fez um excelente trabalho e merecia que eu conseguisse uma boa posição, o que acabou por acontecer”.

Tiago Machado e Sérgio Paulinho foram os rostos mais visíveis do trabalho colectivo da equipa nacional, tendo Tiago Machado referido que “nem me importava de ter trabalhado mais um bocadinho, se pudesse. Tínhamos como objectivo pôr o Rui na discussão da corrida e conseguimo-lo”, enquanto Sérgio Paulinho focou que “todos queríamos proteger o Rui para levá-lo à discussão da corrida. Fizemo-lo e ele esteve com os melhores. Cumprimos o nosso dever”.

Com a missão de trabalhar para o chefe de fila, o resultado final dos restantes elementos da equipa foi, naturalmente, prejudicado. Sérgio Paulinho foi 33.º, a 57 segundos, Tiago Machado foi 59.º, a 3m43s, o mesmo tempo a que chegaram André Cardoso, 62.º, e José Gonçalves, 68.º.

Terminando todas as provas em que participou no top 10, a selecção nacional de elite tem feito uma época exemplar. Foi assim nos Jogos Olímpicos, com o décimo lugar de Rui Costa na prova de fundo e o sétimo de Nelson Oliveira no contra-relógio, e também no Campeonato da Europa, com o sexto posto de Costa e o quarto de Oliveira nas mesmas especialidades.

Ainda na elite masculina mas no contra-relógio, Nelson Oliveira obteve um excelente 4ºlugar.

Na elite feminina, Daniela Reis obteve o 83º lugar, enquanto nos sub-23 masculinos Nuno Bico (29º) foi o melhor, seguindo-se André Carvalho (40º), Luís Gomes (46º) e Ivo Oliveira (60º).

Refira-se que a na priva da elite feminina ficou marcada pela queda de Daniela Reis, que teve de ser observada no hospital de Vannes.

A campeã nacional de fundo caiu na primeira volta, mas, em esforço, conseguiu concluir os 109,6 quilómetros (oito voltas) da prova. Foi a 83.ª a cortar a meta, a 10m27s da holandesa Anna van der Breggen, que juntou o título europeu ao olímpico. A segunda foi a polaca Katarzyna Niewiadoma e a terceira Elisa Longo Borghini, ambas com o mesmo tempo da vencedora.

Após o fim da corrida, Daniela queixou-se de fortes dores na zona da bacia e, por precaução, foi transportada ao hospital de Vannes, de onde saiu sem lesões graves, depois de feitos exames e de ser avaliada pelo departamento clínico da selecção nacional.

Ainda nos sub-23, Ivo Oliveira foi 24º no contra-relógio.

Nos juniores masculinos, Daniel Viegas (34º) foi o melhor, num pelotão formado por Pedro Teixeira (82º), João Almeida (83º) e Pedro Lopes (106º). Nas meninas, Soraia Silva foi 64ª.

No contra-relógio, João Almeida obteve o 18º lugar e Daniel Viegas foi 25º.

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