Quarta-feira 27 de Novembro de 2024

Quem não arrisca (mais) não petisca!

final_2014_champions_luzLIGA DOS CAMPEÕES – Benfica, 1 – Besiktas, 1

Foi pena o Benfica não ter conseguido manter o 1-0 até final do jogo mas para se queixar apenas o pode fazer contra si mesmo, porquanto foi no “interior” da formação benfiquista que que a “máquina” não funcionou da melhor maneira.

Pormenores a mais, passes de menos, ao longo de quase todo o jogo, estiveram na origem do resultado final, já que todo esse tempo perdido originou a invectiva para a baliza contrária, com a maior rapidez, que devia ter sido o mote único.

No princípio do jogo (3’), num livre frontal, Quaresma tentou endossar a bola, ao seu jeito, para o lado direito mas o esférico saiu por cima da barra, dando o mote para o Benfica estar de sobreaviso porque estava ali para também não perder.

Depois de alguns minutos de jogo vivo, com a bola a rolar de um lado para o outro – mas sem perigo para as balizas à guarda de Ederson e Zengin – o Benfica chegou ao 1-0, com um golo de Cervi, que aproveitou uma defesa incompleta do guardião visitante para empurrar a bola para dentro da baliza.

A jogada começou no lado esquerdo do ataque benfiquista, onde surgiu Salvio (até pareceu que estava em posição de fora de jogo) a recepcionar o esférico, que voou do lado contrário, e fazer um centro rasteiro, forte, que Zengin não conseguiu segurar.

Foi um golo madrugador e, talvez por isso, mau conselheiro, porquanto o Benfica não encontrou forma de, rapidamente, tentar chegar ao 2-0, isto pelo tal motivo de alguns jogadores terem apostado em jogadas individuais e não de grupo.

Quaresma (29’) dá o mais um sinal de perigo quando, na marcação de um livre directo, perto da linga da grande área, rematou em arco para obrigar Ederson a desviar para cima da baliza.

Na resposta, Gonçalo Guedes (38’) obrigou Zengin a uma boa defesa, depois de se ter esticado para agarrar a bola, tendo Quaresma (42’) mais uma oportunidade para tentar o golo mas o livre que marcou não teve o efeito desejado.

No minuto seguinte, o Benfica beneficiou de uma situação de 3×2 num contra-ataque gizado por Sálvio, que foi lento a avançar e permitiu a recolocação de um defesa, contra quem rematou e perdeu-se a vantagem que angariara.

E o primeiro tempo encerrou não sem que André Horta, com um remate forte e bem colocado mas superiormente defendido (para canto) pelo guardião da Zengin.

No tempo complementar, a grande novidade foi a entrada de Talisca na equipa do Besiktas que, afinal de contas, acabou por ser o herói ao marcar o golo do empate já em tempo de descontos.

Com algumas partes onde o futebol foi mais incaracterístico, a verdade é que se começou a pensar que era preciso marcar golos.

Assim, Gonçalo Guedes (53’), rematou ao lado; Talisca (60’) enviou a bola directamente as mãos de Ederson; Erkin (61’) sobre a linha final fez um remate forte mas que Ederson resolveu a contenda a seu favor; Quaresma (65’) marcou mais um livre para a baliza e Ederson estava atento.

Quaresma, sempre na brecha, surgiu isolado na grande área do Benfica, mas o árbitro assinalou fora de jogo, o que nos pareceu precipitado porquanto estava em jogo.

Tosun (73’), com a bola a saltitar, rematou para as nuvens, enquanto Sahan (82’) rematou para uma defesa segura de Ederson, cumprindo-se ao minuto 84 a grande perdida de Gonçalo Guedes ao rematar para as mãos do guardião adversário, o que se verificou também no minuto seguinte e pelo mesmo jogador, atirando à figura do guardião.

Aos 90+2’ Hutchinson obrigou Ederson à defesa da noite, guarda-redes que, no minuto seguinte, não conseguiu travar a trajectória (porque tapado pela barreira) para o golo do empate, marcado por Talisca, que esta época saiu da Luz com destino ao Besiktas, o que festejou bastante.

Em termos de estatística, o Besiktas foi quem mais deteve a bola entre os seus jogadores (52/48 %), acabando por merecer o empate, se bem que o triunfo benfiquista também seria normal. Faltou um Rui Vitória no banco para dar ânimo aos seus bravos jogadores.

No Benfica, Ederson foi um esteio de grande valor, apesar de ter sofrido um golo que era indefensável, enquanto Lindelolf, Pizzi, Fejsa, Gonçalo Guedes, Grimaldo, Cervi, Salvio também estiveram muito bem.

No Besiktas, relevo também para o guardião Zengin, com Quaresma, Hutchinson, Beck, Inler, Erkin e Tosic em bom plano.

A equipa de arbitragem chefiada por Milovan Ristic (assistentes Dalibor Djurdjevic e Danilo Grujic, acompanharam o líder) esteve à altura do jogo, com nota positiva, pese embora alguns erros, o mais notório ao não admoestar Quaresma quando (79’), a dois metros de Grimaldo, chuta forte e directamente para a cara do jogador benfiquista, que ficou desmaiado alguns minutos.

Constituição das equipas:

Benfica – Ederson; Nélson Semedo, Lindelof, Lisandro e Grimaldo; Sálvio, Fejsa (Celis, 87’), André Horta e Pizzi; Cervi (Samaris, 69’) e Gonçalo Guedes.

Besiktas – Zengin; Beck, Marcelo, Tosic e Adriano (Tosun, 62’); Inler e Hutchinson; Quaresma, Ozyakup (Talisca, 45’) e Erkin; Aboubakar (Sahan, 80’).

Disciplina: Amarelo para Samaris (77’), Salvio (87’), Beck e Erkin (88’).

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