Terça-feira 03 de Dezembro de 2024

Jogar pelos mínimos complica!

liganos_2016_2017Liga NOS – Sporting, 3 – Moreirense, 0

Na primeira ronda após o final do período de transferências de verão – estando agora as equipas a readaptar o sistema de jogo – o Sporting voltou a jogar em casa e obteve o quarto triunfo consecutivo, com alguma discussão, atendendo a uma exibição não totalmente conseguida, em especial porque jogou contra um Moreirense reduzido a dez unidades a partir da meia hora de jogo.

Apesar de, na jogada inicial, ter feito chegar o perigo à baliza dos visitantes, a verdade que, a partir daí, o Moreirense começou a aplicar a táctica que se previa, que era de complicar a vida aos leões, fechando todos ou quase todos os caminhos para a sua área e contra-atacando sempre que fosse possível.

O primeiro remate a sério por parte dos leões à baliza de Makaridze só se verificou cerca dos dez minutos, que o guardião resolveu sem problemas, atendendo que do lado sportinguista a bola rodava devagar, de jogador para jogador, sem que “houvesse” pressa de criar perigo no lado contrário. Isto para dizer que uma coisa são os treinos e outras são … os jogos. Ganhar lugar nos treinos implica jogar mais e melhor quando em competição, isto para fadar de Das Dost, que pouco tocou na bola. E quem estava habituado a Slimani, e estranhou a falta de acção.

Aos 23’ Bruno César marca um livre, sobre a direita do ataque sportinguista (o que era excelente para o seu pé esquerda e canhão) e perto da grande área dos moreirenses, passando a bola de forma a “isolar” Das Bost, que não surtiu qualquer efeito. Se tivesse rematado directamente, pelo ângulo que tinha, a sorte poderia, eventualmente, ser outra. Quando se quer “inventar”, por vezes não dá resultado.

Com a falta de ligação dos homens do meio campo (João Mário deixou de contar), o ataque foi complicado mas, ainda assim, o Sporting abriu o activo (26’), por Gelson, que foi lançado para junto da baliza onde não estava nenhum defesa e fez o mais fácil, que foi meter a bola na baliza, ante a “zanga” do guardião, que não teve qualquer hipótese de se movimentar face à rapidez das desmarcação do atacante sportinguista e na ausência dos seus colegas da defesa.

Ainda assim, o Moreirense ripostou e (31’), num livre sobre a esquerda do ataque do Moreirense e perto da linha da grande área, Schons rematou em arco mas a bola passou alguns centímetros acima da barra da baliza à guarda de Patrício.

Depois de ter visto um amarelo (22’) por gesticular para o árbitro, Neto não teve juízo e fez nova falta (33’) feia sobre um jogador do Sporting e levou o segundo amarelo, recolhendo à cabina, deixando a sua equipa em apuros, como se confirmou, embora as consequências só surgissem no início da segunda parte.

Pelas estatísticas no final dos primeiros 45 minutos, o Sporting teve mais posse de bola (55/45%), fez três remates para a baliza (um deu golo), os mesmos que o Moreirense, com os leões a levar vantagem (3-1) no número de cantos.

No segundo tempo, o Sporting começou a tratar de tentar “esmagar” o Moreirense, entrando novamente de rompante e para aproveitar a vantagem numérica, tendo tido duas oportunidades seguidas: a primeira quando a defesa deixa Das Dost só, que rematou para uma defesa apertada do guardião visitante, sucedendo o mesmo logo no minuto seguinte (46’) quando Adrien rematou para golo mas o guardião esticou o pé e aliviou o perigo.

Segundo golo do Sporting que aconteceu pouco depois (52’), quando Campbell, deixado livre e a corresponder a um centro bem medido feito por Schelotto, na direita, cabeceou sem defesa para Makaridze.

Para acabar com a resistência que ainda havia, o Sporting chegou ao 3-0 pouco depois (56’), por intermédio de Dost que, em luta com um defesa e perto da linha de golo, caiu mas ainda com tempo para empurrar a bola para bater no poste e entrar, dado que o defesa, também no chão, não conseguiu intervir primeiro.

A partir daqui já nada havia a fazer, face à vantagem sportinguista – que o Sporting passou a controlar – se bem que o Moreirense não tivesse entregado a partida aos leões, tudo fazendo para tentar incomodar Rui Patrício.

Antes disso, porém, Alan Ruiz (73’) obrigou Makaridze a mais uma excelente defesa, situação que se repetiu (78’) quando Coates lançou Markovic mas este adiantou demais a bola e permitiu a intervenção do guardião moreirense.

E pertenceu ao Moreirense as duas melhores oportunidades na parte final do jogo, a primeira com Cauê (83’) mas que estava em fora de jogo; a segunda por Fati (88’) que, de livre, obrigou Patrício a uma grande defesa; a terceira por Ramirez (90+2’) que, frente a Patrício, não conseguiu fazer o golo.

Ganha quem marca e tudo o resto é … fado. Venha a quinta ronda, com os leões a deslocarem-se ao Rio Ave.

Sob a direcção do algarvio Nuno Almeida, deixou jogar, não complicou, mas falhou redondamente na formação das barreiras para a marcação dos livres, dado que os jogadores nunca foram colocados à distância regulamentar. Os assistentes António Godinho e Valter Pereira não deram nas vistas.

Destaque para Patrício, Schelotto, Campbell, Bruno César, Adrien, Dost (pelo golo), Semedo, Gelson e Alan Ruiz, enquanto no Moreirense o guardião Makaridze foi a figura principal, bem acompanhado por Jander, Schons, Cauê, Roberto, Sagna, Diego Galo e Ramirez.

As equipas alinharam:

Sporting – Rui Patrício; Schelotto, Coates, Rúben Semedo e Bruno César; Gelson (Markovic, 60’), William Carvalho, Adrien (Elias, 66’) e Campbell; Das Dost e Alan Ruiz (André Filipe, 77’).

Moreirense –Makaridze; Sagna, Diego Galo, Marcelo Oliveira e Jander; Neto, Cauê e Schons; Dramé (Fati, 63’), Roberto (Ramirez, 73’) e Nildo (Tiago Almeida, 45’).

Disciplina: amarelos para Neto (22’ + 33’ – Vermelho), Semedo (30’), Schons (36’), Coates (87’), Jander (89’) e Campbel (90+1’)

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