Sábado 23 de Novembro de 2024

Uma vitória plenamente justificada pelo Sporting!

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© 2016 Central Noticias / JCMYRO

Liga NOS – Sporting, 2 – F. C. Porto, 1

No dia em que o agora ex-principal (quase único) marcador (27 golos, o segundo no campeonato) dos leões na época passada, Slimani, teve a sua festa de despedida emocionada – tendo obtido o golo da recuperação para a vitória – o Sporting conseguiu um oportuno e justificado triunfo que o isolou no comando do campeonato, o que serve sempre como um tónico psicológico de grande alcance, quiçá espectável até ao final da competição.

Perante uma plateia de 49.399 espectadores, o Sporting não teve tarefa fácil até porque começou titubeante, algo amorfo, com os vários sectores sem a articulação precisa, notando-se que falta algo. Pois claro! É que João Mário, o dono do meio campo e o motor de chegada aos avançados, não estava lá. Nem estará tão depressa, se é que algum dia voltará à casa sportinguista, porque foi fazer uma viagem até Itália, pelo menos para já.

Com um sentido mais atacante e mais organizado – quiçá embalado pelo magnífico resultado obtido para a Liga dos Campeões – o Porto apresentou-se em Alvalade como candidato ao título, pelo que estava em campo para tentar ganhar.

E foi quem criou mais perigo no primeiro quarto-de-hora, período em que os jogadores do Sporting andaram à procura do sítio certo de cada um, ao ponto de terem aberto o activo aos oito minutos de jogo, num golo algo “trapalhão” e no seguimento de um livre, sobre a direita do seu ataque, marcado por Layun, em que a bola atravessou toda a defesa sportinguista, algo apática (incluindo Patrício), tendo chegado, no lado contrário, a Felipe, que a empurrou para o fundo da baliza.

A perder, em casa, a formação leonina teve que se reorganizar, o que conseguiu num breve espaço de tempo, tão pouco que seis minutos depois (14’), chegou ao empate através de um terceiro remate, desta vez por Slimani.

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Na marcação de um livre frontal à baliza, Bruno César rematou forte mas directamente para o poste, tendo a bola chegado aos pés de Gelson que, sozinho, fez a recarga mas sem que a bola entrasse e seguisse para o outro lado da baliza, apesar dos esforços do guardião portista, onde surgiu um Slimani de “raiva” a quase furar a rede.

O Porto retorquiu e André Silva voltou a incomodar Patrício (17’), ainda que sem perigo, para o Sporting voltar à carga e, dez minutos depois (27’), passar para a frente do marcador, com um golo em jeito mas com forte remate de Gelson, que estava colocado no sítio ideal (logo à saída da grande área, defronte para a baliza e só) para dar o melhor caminho a um ressalto da defesa, depois da marcação de um canto a favor dos leões e chegar ao 2-1, nessa altura já merecido para os comandados de Jorge Jesus.

Os homens do Porto queixaram-se de que Gelson teria ajeitado a bola com a mão mas não foi perceptível se isso se verificou.

Depois de André Silva ter rematado (30’), de longe e em arco, a raspar o poste da baliza de Patrício, o Sporting voltou ao comando das operações e Adrien (31’) obrigou Casillas a uma defesa com os pés, no que foi outra boa oportunidade para o Sporting até ao intervalo.

Com a reviravolta no resultado, o Porto acusou o “toque” que, provavelmente, influiu também na parte psicológica, pelo que foi referido e relativamente ao esforço feito no jogo contra o Roma, em Itália, dado que, no segundo tempo, foi ainda o Sporting a comandar o jogo até ao último quarto de hora, em que o Porto pareceu quer “reerguer-se” mas que não conseguiu.

Uma cabeçada de William (55’), no seguimento de um canto marcado por Bruno César, obrigou Casillas a uma grande defesa, para Ruben Semedo (58’) a antecipar-se ao guardião portista mas a cabecear por cima da barra.

O passo imediato foi de alguma confusão, dentro e fora das quatro linhas de jogo, quando William cometeu uma falta que originou um amarelo (60’) para o próprio, se bem que o árbitro não mostrasse também num amarelo a André André, por falta idêntica, o que levou aos protestos do banco sportinguista, onde Jesus e o médico Frederico Varanda se exaltaram e o árbitro expulsou-os do banco leonino (64’).

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Reatado o jogo, Slimani (67’) e William (70’) criaram perigo masCasillas resolveu a bem os dois “assuntos”.

O Porto (82’) voltou a criar algum “frisson”, quando André Silva tentar chegar ao golo numa jogada em que surgiu com mais homens seus junto da defesa leonina, mas a questão foi abortada.

Acabou por ser o Sporting, através do estreante Campbell (87’), de William (89’) e João Pereira (90+3’) a criar dificuldades à defesa forasteira, mas o resultado não se alterou, terminando com uma vitória justa do Sporting, que passou a liderar a competição, com 9 pontos, correspondentes a três vitórias, seguido do trio formado por Benfica, Vitória de Setúbal e Sporting de Braga, todos com 7.

Sob a direcção do lisboeta Tiago Martins, que se estreou em “derbys” desta envergadura, gostamos do perfil, da forma como se apresentou em campo e geriu a parte técnica, mas não esteve tão bem no capítulo disciplinar porquanto não teve o mesmo critério para mostrar cartões em faltas idênticas nos dois lados – enquanto os assistentes André Campos e Pedro Mota não deram nas vistas.

As equipas alinharam:

Sporting – Rui Patrício; João Pereira, Coates, Rúben Semedo e Zeegelaar; William Carvalho, Adrien, Gelson (Campbell, 68’) e Bruno César (Carlos Mané, 89’); Brian Ruiz (Bruno Paulista, 68’) e Slimani.

F. C. Porto – Casillas; Layun, Felipe, Marcano e Telles; Herrera, André André (Depoitre, 73’) e Danilo; Corona (Óliver, 45’), André Silva e Otávio (Adrian Lopez, 84’).

Disciplina: amarelos para Gelson e Casillas (27’), Corona (38’), Adrien (41’), Danilo (42’), William (60’), Bruno Paulista (78’) e Bruno César (83’)

Expulsões: Jorge Jesus e Frederico Varandas (respectivamente técnico e médico do Sporting).

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