O Comité Olímpico de Portugal (COP) esclareceu, através site oficial na internet, a polémica criada com o valor gasto com a presença do Rio’2016, em especial no que se refere às verbas atribuídas pelo Governo, em função da divulgação, nalguma comunicação social, de um valor superior a dezassete milhões e meio de euros, o que considerou como “incorrecto”.
“A comparticipação financeira suportada pelo IPDJ junto – refere a informação veiculada pelo COP – foi de 15.700.000,00 euros, desagregada da seguinte forma:
– Projeto de Preparação Olímpica Rio 2016 – 13.562.000,00 euros;
– Missão olímpica – 700.000,00 euros;
– Projeto de Esperanças Olímpicas Tóquio’ 2020 – 1.350.000,00 euros;
– Projeto Deteção e Desenvolvimento de Talentos – 787.500,00 euros
Acrescentou ainda o COP que, “no âmbito deste contrato (contrato-programa assinado com o governo), foi previsto o apoio do primeiro ano (2017) do Ciclo Olímpico Tóquio 2020, num valor total de 2 milhões”.
Como o próprio Presidente, José Manuel Constantino salientou ao chegar a Lisboa, “os objectivos propostas não foram conseguidos na plenitude, mas estamos conscientes de que foi feito o melhor possível”.
Aguarda-se que, logo que concluído, seja tornado público o relatório do chefe da missão, para se ficar a saber onde as coisas não correram bem e porquê sabendo-se que, no entanto, não coube ao COP a escolha dos atletas mas, antes, visar as propostas apresentadas pelas federações nacionais das modalidades envolvidas.
Artur Madeira
Navio SAGRES de regresso a Lisboa
Depois de ter servido de embaixador e Casa de Portugal nos Jogos do Rio de Janeiro – no que foi uma jornada, brilhante e sem paralelo no desporto português – o Navio Escola Sagres encontra-se a caminho de Lisboa, num regresso que, para a Marinha Portuguesa, é triunfal não só por ter sido a primeira vez que isto se verificou mas pelo impacte que criou junto da população brasileira e não só.
Recorde-se que o descobrimento do Brasil pelos portugueses, quando Pedro Álvares Cabral aportou a terras de Santa Cruz, foi o tema que abriu a cerimónia de aberturas, o que espelha e expressa, ao fim e ao cabo, depois de quinhentos anos, a gratidão do povo brasileiro para com o Portugal de outrora, onde o orgulho de ser português fez coisas que nunca ninguém realizou nesses tempos idos, afinal muito acarinhados por onde andámos a descobrir novos mundos para o mundo.
Na despedida do Rio, o Navio Escola Sagres contou com as presenças do Secretário de Estado da Defesa Marcos Perestrelo, do Secretário de Estado do Desporto, João Paulo Rebelo, da Vice-presidente do COP e Campeã Olímpica Rosa Mota e do Almirante Gouveia e Melo do Gabinete CEMA.
À Campeã Olímpica Rosa Mota coube o gesto simbólico de soltar a amarra final do porto da Ilha das Cobras no 1º distrito naval da Marinha Brasileira.
Durante a estadia na cidade carioca, a Sagres recebeu um total de 56 217 visitantes, para além de 16 recepções e eventos com uma média de 150 pessoas cada.
A Casa de Portugal / Navio Escola Sagres teve ainda a visita de diversas equipas de reportagem de meios de comunicação social, entre as quais do Brasil Globo, Fox Sports, ESPN, CNN, Wall Street Journal ou Der Spiegel.
Sem dúvida um êxito para Portugal e para o COP, que teve a iniciativa, a que se junta o “agrement” governamental para o efeito.