Sporting, 2 – Wolsfburg, 1
Com três defesas de primordial impacte – uma espectacular – porque impediram golos “quase certos” para os alemães, Rui Patrício foi mesmo o “santo” da casa, num jogo em que o Sporting começou bem, aumentou de rendimento passo a passo e chegou ao intervalo a vencer por 2-0.
Com num onze praticamente assente na época passada, os leões implementaram um ímpeto inicial onde – apesar de um jogo vivo e mexido – as oportunidades de golo não surgiram com facilidade, pese embora tivessem surgido alguns remates de fora da área mas com a direcção errada em relação à baliza, o mesmo sucedendo aos alemães, estes mais defensivos.
Notava-se algum individualismo por parte de alguns dos jogadores leoninos, pouco preocupados em passar a bola ao primeiro toque e não fazendo fintas desnecessárias (porque provocam toques e, algumas vezes, lesões), mas aproveitando qualquer abertura nos corredores laterais para subir e tentar criar perigo.
Numa dessas arrancadas, Bruno César subiu pela esquerda e centrou para o miolo da área, onde Slimani tinha dois adversários por perto. Um deles (Dante) falhou o corte de bola e a cobertura ao atacante sportinguista, o que este aproveitou para abrir o activo (26’), num remate à meia-volta, sem oposição de ninguém.
Depois de uma jogada bem delineada sob a esquerda sportinguista, a bola chegou aos pés de Bruno César que, perto da grande área, disparou (30’) um forte remate a que só faltou pontaria: saiu ao lado.
Dois minutos depois e como corolário de uma maior “pressão” ofensiva, o Sporting chegou ao 2-0.
Bruno César, de novo sob a esquerda, entrou na grande área e sofreu um toque de Trasch e caíu, levando o árbitro a assinalar a grande penalidade (pouco contestada pelos alemães). Chamado a marcar, Adrien (33’) puxou a “culatra” atrás e rematou forte e sem defesa.
Os alemães não deixaram de insistir e (41’) estiveram quase a marcar depois de um remate forte de Dost que a defesa sportinguista desviou para canto. Na respectiva cobrança, a defesa sportinguista afastou a bola para fora da grande área, onde surgiu um Rodriguez a fazer um potente remate e levar a bola ao canto superior esquerdo da baliza de Patrício, que voou nitidamente para ir desviar a bola para novo canto, do que nada resultou. Uma extraordinária defesa de Patrício, a confirmar o título do melhor guarda-redes no europeu de França.
Mas o intervalo chegou com o 2-0 favorável ao Sporting.
O que foi aproveitado para o Sporting fazer a apresentação da equipa feminina, depois de, antes do jogo se iniciar, também apresentar o novo reforço para a formação masculina, Meli.
No reinício do jogo, os alemães fizeram três substituições, contra uma do Sporting, o que veio dar maior frescura física à equipa, tendo aproveitado essa nova dinâmica para chegar mais depressa da baliza dos leões, com dois remates que não atingiram o alvo.
Neste contexto, os alemães – com algumas dificuldades em ultrapassar o último reduto da defesa sportinguista – tentam avançar no campo, para tentar chegar ao golo – aproveitando ainda alguma quebra por parte dos leões – surgindo a grande oportunidade aos 69’, quando Kruse surgiu isolado frente a Rui Patrício, com o guardião leonino a, uma vez mais, a safar, voltando o mesmo jogador (70’) a aproveitar a “distracção” dos centrais leoninos para tentar marcar golo. Só que a bola foi directamente para as mãos do guardião do Sporting.
Os leões voltam a substituir (de uma assentada, aos 75’) cinco jogadores, o que terá provocado um certo “desalinhamento” de algumas das suas pedras, de tal forma que foi aproveitado pelo Wolfsburg tentar chegar ao empate. O que aconteceu quando Donkor, bem colocado, meteu (78’) a bola na baliza de Patrício ante uma certa passividade da defesa sportinguista.
Nos seis minutos que o árbitro deu, face à lesão de um jogador alemão, que saiu em maca, Podence ainda podia ter marcado não fora a excedente defesa do guardião alemão Casteels, que tinha feito a mesma coisa minutos antes a um remate forte de Aquilani.
O jogo concluiu-se com a quinta vitória consecutiva do Sporting do Troféu Cinco Violinos, em homenagem a uma linha avançada inigualável até hoje e formada por Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos e Albano,
Sob a direcção de Rui Rodrigues, que teve um desempenho positivo – bem com os assistentes Daniel Santos e Rogério Correia, as equipas alinharam:
Sporting – Rui Patrício; Schelotto, Coates, Rúben Semedo e Zeegelaar; William Carvalho, Adrien, João Mário e Bruno César; Brian Ruiz e Slimani.
Suplentes utilizados: Jefferson, Ewerton, Aquilani, João Pereira, Naldo, Barcos, Iuri Medeiros, Podence, Palhinha, Matheus Pereira e Alan Ruiz.
Wolsfburg – Casteels; Trasch, Knoche, Dante e Rodriguez; Gerhardt e Arnold; Brekalo, Didavi, Caligiuri; Dost.
Suplentes utilizados: Benaglio, Schafer, Bruma, Ascues, Mayoral, Azzaoui, Seguin, Kruse, Guilavogui, Putaro, Donkor, Condé e Horn.
E com o fim dos jogos de preparação, toda a gente já pensa na primeira jornada da Liga NOS, cuja primeira jornada terá lugar entre os dias 12 e 15 de Agosto, com os seguintes jogos: Rio Ave-F.C.Porto (sexta-feira); Moreirense-Paços Ferreira, Sporting Marítimo e Tondela-Benfica (sábado); Boavista-Arouca, Nacional Chaves, Setúbal-Belenenses e Guimarães-Sporting de Braga (domingo) e Estoril-Feirense (2ª feira).