© 2016 JCMYRO / JCSERV
A festa da conquista do título de campeão europeu ainda vai durar muito tempo a digerir (em especial para os franceses, porque não a ganharam) mas também vai continuar a dar que falar no futebol indígena, segundo vários pontos de vista.
Depois da presença nuns quartos-de-final, em duas meias-finais e de uma final (perdida com a Grécia), Portugal alcançou o seu primeiro título europeu absoluto, o que se traduziu numa enorme alegria não só para os mais de onze milhões de naturais mas também para outros muitos milhões que falam a língua portuguesa e que, de alguma forma, estão com Portugal.
Passando um pouco ao largo desta situação – que o amanhã se encarregará de dar à estampa – importa mais “medir” algumas das sequências (e consequências) que a conquista do primeiro título absoluto traduz para o futebol nacional.
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Antes de lá chegar, há que realçar um raciocínio peculiar de Fernando Santos que, após a fase de grupos – onde Portugal se apurou com alguma dose de felicidade (ou talvez não) – de que só regressaria a Portugal a 11 de Julho deste ano, perspectivando que a selecção que comandava estaria da final do euro’2016.
Da superstição à realidade, passaram duas semanas. Com outra “agravante”: é que o técnico nacional disse que “com a taça”.
Dentro dos condicionalismos que o desporto proporciona, o mais complicado – quase impossível -é o de “saber”, com alguma antecedência, o que pode acontecer neste ou naquele (jogo), pelo que, por norma (e ausência de batota) nunca se sabe o resultado final, afinal o que garante o avanço das equipas nas competições.
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Esta segunda-feira, o país encheu-se de festa, com predominância para Lisboa, já que foi daqui que partiram – como normalmente o faz e agora ainda mais porque a “casa do Futebol – é em Caxias.
Num acompanhamento extraordinário – pelo feito alcançado – a selecção de todos nós chegou a Lisboa sob dois jactos de água verde e vermelha, num belo colorido de início de festa, com volta de honra ao ”estádio” encaixado no percurso Aeroporto Humberto Delgado, 2ª Circular, Avenida Vasco da Gama, Belém, Alameda D. Afonso Henriques e Cidade do Futebol (Caxias), num dia cheio de sol e engalanado com milhares de bandeiras nacionais.
Falar de cada jogo ou de todos os jogos, são coisas do passado, ainda que recente, mas o que fica é que Portugal é o novo Campeão da Europa, quer dizer, “passámos” a perna a toda a gente, independentemente da forma de jogar, da táctica, dos adversários, mas cumprindo apenas o que o calendário, definido em devido tempo, reservou para a formação portuguesa.
Não podemos, nem devemos, questionar se o sorteio foi bom ou não. Aliás, até foi opinião quase unânime dos comentadores especializados que Portugal tinha tido sorte porque o grupo onde foi integrado era perfeitamente acessível. Só que essa realidade não foi traduzida em pontos e Portugal acabou por ser um dos beneficiados (obtendo o terceiro lugar do grupo).
Hoje, pode dizer-se que Portugal jogou de trás para a frente na lógica do apuramento que o podia levar (como levou) ao título de campeão europeu. E com outra vantagem:
E de que forma? Com autoridade, com a crença de que era o ano que Portugal chegar ao título que fugia à bastante tempo com a frieza de um campeão, com calculismo bem “medido”, com com arte e manha que chegue e, como não podia deixar de ser, com uma pequena pinta de felicidade, que também parte dos audazes.
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Se Patrício foi rei na baliza, Pepe foi o esteio da defesa, onde surgiu um novo Guerreiro (Raphael) para o futuro, ao lado do mais jovem de todos a estrear-se num europeu como foi o caso de Renato Sanche (a médio), a que se acrescenta Nani, Quaresma e Ronaldo, trio criado para marcar os golos, numa pretensão de ser campeão. Foi conseguido,
Foi um 10 de Junho que chegou com um atraso de um mês. Mas que veio em boa hora. Todo o grupo está de parabéns.
Resultados do Euro 2016
Fase de grupos:
10 Junho, (St-Denis): França-Roménia, 2-1
11 Junho, (Lens): Albânia-Suíça,0-1
11 Junho, (Bordéus): Gales-Eslováquia, 2-1
11 Junho, (Marselha): Inglaterra-Russia, 1-1
12 Junho, (Paris): Turquia-Croácia, 0-1
12 Junho, (Nice): Polónia-Irlanda Norte, 1-0
12 Junho, (Lille): Alemanha-Ucrânia, 2-0
13 Junho, (Toulouse): Espanha-Rep. Checa, 1-0
13 Junho, (St-Denis): Irlanda-Suécia, 1-1
13 Junho, (Lyon): Bélgica-Itália, 0-2
14 Junho, (Bordéus): Áustria-Hungria, 0-2
14 Junho, (St-Etienne): Portugal-Islândia, 1-1
15 Junho,(Lille): Russia-Eslováquia, 1-2
15 Junho, (Paris): Roménia-Suíça, 1-1
15 Junho, (Marselha): França-Albânia, 2-0
16 Junho, (Lens): Inglaterra-Gales, 2-1
16 Junho, (Lyon): Ucrânia-Irlanda Norte, 0-2
16 Junho, (St-Denis): Alemanha-Polónia, 0-0
17 Junho, (Toulouse): Itália-Suécia, 1-0
17 Junho, (St-Etienne): Rep. Checa-Croácia, 2-2
17 Junho, (Nice): Espanha-Turquia, 3-0
18 Junho, (Bordéus): Bélgica-Irlanda, 3-0
18 Junho, (Marselha): Islândia-Hungria, 1-1
18 Junho, (Paris): Portugal-Áustria, 0-0
19 Junho, (Lille): Suíça-França, 0-0
19 Junho, (Lyon): Roménia-Albânia, 0-1
20 Junho, (St-Etienne): Eslováquia-Inglaterra, 0-0
20 Junho, (Toulouse): Russia-Gales, 0-3
21 Junho, (Paris): Irlanda Norte-Alemanha, 0-1
21 Junho, (Marselha): Ucrânia-Polónia, 0-1
21 Junho, (Bordéus): Croácia-Espanha, 2-1
21 Junho, (Lens): Rep. Checa-Turquia, 0-2
22 Junho, (Lyon): Hungria-Portugal, 3-3
22 Junho, (St-Denis): Islândia-Austria, 2-1
22 Junho, (Nice): Suécia-Bélgica, 0-1
22 Junho, (Lille): Itália-Irlanda, 0-1
Oitavos de final
25 Junho, 14.00 (St-Etienne): Suíça-Polónia, 1-1 (4-5 gp)
25 Junho, 17.00 (Paris): País de Gales-Irlanda do Norte, 1-0
25 Junho, 20.00 (Lens): Croácia-Portugal, 0-1 (prol)
26 Junho, 14.00 (Lyon): França-Irlanda, 2-1
26 Junho, 17.00 (Lille): Alemanha-Eslováquia, 3-0
26 Junho, 20.00 (Toulouse): Hungria-Bélgica, 0-4
27 Junho, 17.00 (St-Denis): Itália-Espanha, 2-0
27 Junho, 20.00 (Nice): Inglaterra-Islândia, 1-2
Quartos-de-final
30 Junho, 20.00 (Marselha): Polónia-Portugal, 1-1 (3-5 gp)
1 Julho, 20.00 (Lille): País de Gales-Bélgica, 3-1
2 Julho, 20.00 (Bordéus): Alemanha-Itália, 1-1 (6-5 gp)
3 Julho, 20.00 (St-Denis): França-Islândia, 5-2
Meias-finais
6 Julho, 20.00 (Lyon): Portugal-País de Gales, 2-0
7 Julho, 20.00 (Marselha): Alemanha-França, 0-2
Final
10 Julho, 20.00 (St-Denis): Portugal-França, 1-0 (prol)
