Quinta-feira 21 de Novembro de 2024

Arrogantemente nos … quartos-de-final!

08jun_2016_8321Europeu’2016 – Portugal, 1 – Croácia, 0

Uma ténue luz no fundo de um “quase eterno” túnel, abriu-se aos 118 minutos de jogo para que Portugal seguisse em frente neste europeu de França, uma vez mais marcado por questões técnico-tácticas com pouco resultado ou … resolver nos dois últimos minutos com um contra-ataque que surgiu quase por milagre.

Na verdade, o facto de tirar João Moutinho e introduzir Adrien – como toda a gente pediu face ao fraco rendimento de Mourinho – foi positivo mas o 4x4x2 para quem quer vencer (os empates já não serviam porque apenas eram precisos golos e não pontos) jogando com um sistema defensivo.

Aliás, durante o primeiro tempo e grande parte do segundo, foi a Croácia que dominou o jogo, quer em termos de posse de bola (58-42%) bem como nos remates para a baliza e teve em Vida o jogador mais influente no ataque e que teve oportunidade para marcar por mais que uma vez e não acertou com a baliza de Patrício.

O domínio croata – que fechou Ronaldo a sete chaves quase sempre – manteve-se até aos 117 minutos (apenas três para se chegar ao fim do prolongamento), quando Vida remata para a baliza e viu a bola ser desviada, com as pontas dos dedos, por Patrício, acto suficiente para a bola ir bater estrondosamente no poste.

No contra-ataque que se seguiu – com a formação croata toda na frente e quase “bloqueada” psicologicamente por não ter obtido o golo, que até merecia, Portugal conseguiu libertar-se e Renato Sanches aproveitou para “cavalgar” até ao meio campo croata, passar para Nani, à esquerda do ataque e, de pronto, fazer um centro tenso para o lado contrário onde surgiu Ronaldo a rematar à figura do guardião Subasic, que não segurou a bola.

Quaresma, colocado no centro da pequena área, surgiu rápido junto da bola “fugida” do guardião e cabeceou para o golo de Portugal.

Quando tudo se preparava já para o mata-mata das grandes penalidades, eis o toque de Midas.

Nos quatro minutos seguintes (dois do tempo regulamentar e mais dois de desconto), a Croácia não conseguiu a energia suficiente e acabou por perder, ante a felicidade de um Fernando Santos que, para ganhar, joga à defesa. Neste jogo – o único que ganhou – safou-se, aliás como tinha acontecido frente à Hungria (3-3), que ainda hoje parecem mentira contra a “verdade” da arrogância dos discursos diários.

Mas Portugal, quiçá com a estrelinha de campeão, avançou para os quartos-de-final. Esta é a grande verdade da estatística final deste jogo.

Contra factos não há argumentos, mais a mais numa partida sem problemas disciplinares de maior ante uma boa actuação da equipa espanhola encabeçada por Carlos Velasco Carballo, que dirigiu Portugal pela primeira vez, tendo apenas mostrado um cartão amarelo a William (78’)

Constituição das equipas:

Portugal – Rui Patrício; Cédric, Pepe, José Fonte e Raphael Guerreiro; João Mário (Quaresma, 87’), Adrien (Danilo, 108’), William e André Gomes (Renato Sanches, 50’); Nani e Ronaldo.

Croácia – Subasic; Srna, Corluka (Kramanic, 120’), Vida e Strinic; Modrid, Rakitic (Pjaca, 110’) e Badelj; Bozovic e Perisic; Mandzukic (Kalinic, 88’).

 

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