Com uma vitória dramática – mas perfeitamente justificável – o Sporting de Braga, 50 anos depois de ter ganho (no mesmo dia e mês mas de 1966) pela primeira vez, voltou ao Jamor para “derrubar” o F. C. do Porto nas grandes penalidades, quando o seu “povo” quase nem piou no decorrer do prolongamento, tal foi a “quebra” anímica, aliás, com toda a gente a pensar no ano passado, quando se chegou à mesma situação e os bracarenses perderam nas grandes penalidades para o Sporting.
Com este belo triunfo, os bracarenses alcançaram a segunda taça em seis presenças e, com isso, subiram no Quadro de Honra, ultrapassando a Académica e o Vitória de Guimarães, fixando-se na sétima posição.
Recorde-se que, há 50 anos, também no Estádio Nacional, um golo de Perrinchon fez a delícia de toda a “nação” bracarense, ao conquistar a primeira Taça de Portugal, precisamente no mesmo dia e mês (mas um pouco mais cedo) deste ano de 2016), pela mão do então técnico Rui Sim-Sim.
O Sporting de Braga derrotou o Vitória de Setúbal e guardou o seu principal galardão até hoje em termos nacionais.
Como curiosidade ainda, o facto de o ano de 1966 ter sido o de Eusébio e companhia, quando os então “Magriços” conquistaram a medalha de bronze no Mundial desse ano, o maior feito futebolístico que Portugal conquistou para o desporto português.
Outro facto respeita a que esta final foi a terceira que Braga e Porto protagonizaram ao longo da história da segunda prova nacional, ambas ganhas pelos portistas: a primeira em 1977 e a segunda em 1998, primeiro por 1-0 e, depois, por 3-1.
Na história global da Taça, o Benfica é o dominador, com larga vantagem sobre o F. C. Porto e o Sporting, num pódio praticamente estanque desde a criação da prova, em 1939, também com a curiosidade de o triunfo ter pertencido à Académica de Coimbra, que derrotou o Benfica por 4-3, em jogo realizado no Campo das Salésias, em Lisboa.
Benfica que manteve a liderança (embora ausente), com 25 triunfos em 35 presenças, seguida do Porto (16 vitórias em 29 participações) e do Sporting (também de fora), com 16 triunfos em 27 presenças). Na quarta posição está o Vitória de Setúbal, com três taças conquistadas em dez estadas no Jamor.
Recordando a uma década, o F. C. do Porto lidera com quatro triunfos (2006, 2009, 2010 e 2011), seguindo-se o Sporting, com três (2007, 2008 e 2015), a Académica (2012), o Vitória de Guimarães (2013) e o Benfica (2014).
Passando para a actualidade, registe-se a estreia dos árbitros assistentes adicionais (baliza), com a honra a caber a Hugo Miguel e Tiago Martins (Associação de Lisboa).
Neste campo (arbitragem) uma outra referência – entre outras que se podiam colocar – respeita à estreia de Artur Soares Dias como árbitro da final de 2016.
Na primeira categoria desde 2004/2005 e internacional desde 2010, foi o árbitro português mais jovem (com 30 anos) a integrar os quadros da FIFA, o que diz bem da categoria granjeada ao longo da carreira.
Dado o estatuto que o F. C. Porto e o Sporting de Braga dispõem no mundo do futebol português e internacional, o Estádio Nacional quase esgotou os 37.593 lugares disponíveis, sendo que os adeptos portistas e bracarenses encheram por completo as bancadas que estavam destinadas.
Uma grande e brilhante festa do futebol nacional, mesmo sem … Benfica e Sporting.