Sábado 23 de Novembro de 2024

Goleada na festa do título e louvor a Paulo Lopes

Benfica - SportingLIGA NOS – Benfica, 4 – Nacional, 1

Bem se pode dizer que o Benfica ganhou quando e como quis, ou seja, deixando fluir a supremacia que demonstrou desde o primeiro minuto, numa partida com tónica vermelha e, a espaços, coube aos alvinegros tentar contrariar a supremacia dos comandados de Rui Vitória.

Sendo superior em tudo – ou quase – a formação benfiquista soube gerir as emoções, ainda que com o ouvido em Braga, por onde soube que o Sporting se tinha adiantado no marcador aos 19 minutos, quando o Benfica só o fez quatro minutos depois.

Não foi um encontro por aí além, apesar do bom ritmo empregue pelas duas formações, só que o Benfica foi o que encontrou mais soluções para chegar à linha de golo de uma forma mais expedita mas, ainda assim, com alguns percalços em termos de passes perdidos e ocasiões de golo não concretizadas, apesar dos quatro que obteve.

Com um dispositivo mais defensivo, o Nacional provocou algumas dores de cabeça a Jonas e companhia, quiçá mais por culpa destes porque não conseguiam encontrar espaço para se encaminhar para a baliza à guarda de Gottardi.

Acabou por ser a formação de Manuel Machado a ter a primeira oportunidade, quando (9’), Salvador Agra criou um contra-ataque rápido, seguiu em frente e, sem ninguém a estorvar, rematou ao lado.

Beneficiando de um livre perto da grande área (12’), Gaitán não acertou com a baliza e, em resposta, João Aurélio, fugiu pela direita do seu ataque, tentou fazer um cruzamento para a pequena área mas deu efeito demasiado à bola que foi bater por fora das redes laterais da baliza à guarda de Ederson, que pouco trabalho (mas bom quando foi preciso) teve.

Um momento crucial surgiu (17’) quando, num centro para a área do Benfica, Talisca amortece com a cabeça mas leva a bola à mão direita, desviando-a, o que podia ter redundado numa grande penalidade, que não foi assumida pelo árbitro Nuno Almeida – mas que ficou a sensação de ser, dado que houve um desvio da bola com a mão.

O Benfica terá tido um pequeno “susto” e, a partir daí, as coisas começaram a ser diferentes. Tanto que, cinco minutos depois, abriu o activo, com um golo de Gaitán, na sequência de uma investida individual de Pizzi a “furar” pelo corredor central, sobrando a bola para o capitão benfiquista que rematou sesgado e para o canto contrário da baliza, de nada valendo o “estiranço” de Gottardi, porque a bola chegou ao fundo da baliza.

Com a “boa doce”, o Benfica pressionou um pouco mais e Jonas esteve à beira de marcar após um passe de calcanhar de Gaitán mas atirou ao lado. Mas dois minutos depois (38’) chegou o 2-0, com Jonas a fazer uma arrancada pelo centro do terreno, controla a bola até que Gottardi sai ao seu encontro, acabando por rematar com a bola um pouco ”enrolada” mas directa para o fundo da baliza do guardião nacionalista.

Até ao intervalo, Talisca (44’) marcou um livre ao jeito do pé esquerdo mas a bola passou por cima da barra, tendo Mitroglou tido uma oportunidade para marcar no primeiro minuto suplementar mas falhou o remate no momento preciso, pese embora o avançado benfiquista tivesse partido de uma posição de fora de jogo não assinalado.

No segundo tempo, a toada de jogo manteve-se, por um lado o Benfica queria cimentar o triunfo e mais um golo já seria o suficiente e, por outro, sem nada a perder, o Nacional pretendia brilhar em campo, como o fez, nunca virando a cara à luta.

Logo no primeiro minuto, Jonas centrou para Mitroglou que tentou fazer uma “chapéu” a Gottardi mas a bola saiu muito por cima da baliza, enquanto Salvador Agra (54’) rematou forte mas a bola bateu nas pernas de um jogador benfiquista e saiu para canto, que deu em nada.

Pouco depois (60’) foi Witi a fugir pela esquerda centra para a pequena área onde não surgiu nenhum companheiro para concluir, cabendo a Gaitán, de novo, marcar o terceiro golo (64’) aproveitando o ressalto do poste de um remate feito por Mitroglou (a centro de Jonas) e, de cabeça, anichou-a na baliza.

Parecia que nada travaria a “cavalgada” do Benfica para a conquista do 35º campeonato (terceiro consecutivo) mas Ederson (67’) tele de lançar-se aos pés de Soares para evitar o que podia ser o primeiro dos visitantes se bem que, pouco depois (73’), Jonas por ter chegado ao 4-0 mas não teve arte para o concretizar.

Com uma vantagem de três golos e o tempo a passar com alguma rapidez, o Benfica começou a gerir a vantagem e Rui Vitória teve um gesto que falou alto para os adeptos benfiquistas, ao permitir a Paulo Lopes, o eterno guarda-redes suplente, entrar em golo para ter o prémio de ser campeão, o que Jesus, na época anterior, não o tinha feito.

Pouco depois, chegou o 4-0. Decorria o minuto 84 quando a bola sobrevoou a grande área do Nacional, da esquerda para a direita, a bola vai para Pizzi que, com estilo e sem deixar cair a bola, rematou forte para confirmar o quarto tento, que foi o melhor do desafio.

O que foi brindado pelos 64.235 espectadores presentes no Estádio da Luz, no que foi a maior enchente da época.

E quando se pensava que tudo ficaria assim, eis que Salvador Agra faz uma arrancada e chega-se perto da grande área para disparar um pontapé que levou a bola a entrar na baliza de Ederson, fixando o resultado em 4-1.

Um triunfo indiscutível do Benfica e um 35º título conquistado com fervor e raça, independentemente de tudo o que se passou ao longo da competição porque, como se diz na gíria, ganha quem marca mais golos e alcança mais pontos. Razões de crítica que há e haverá sempre!

No Benfica, realce para Pizzi, Gaitan, Lindelof, Ederson, Grimaldo, Fejsa, Jonas e Jardel, enquanto os melhores No Nacional foram Gottardi, Alan, Salvador Agra, Soares, Campos e Sequeira.

Nuno Almeida (Algarve) não teve e não provocou problemas de nenhuma ordem, passando quase incólume, bem ajudado pelos assistentes Luís Ramos e Pais António.

Constituição das equipas:

Benfica – Ederson (Paulo Lopes, 80’); André Almeida, Lindelof, Jardel e Grimaldo; Pizzi, Fejsa (Samaris, 52’) e Talisca; Jonas, Mitroglou (Raul Jimenez, 72’) e Gaitán.

Nacional – Gottardi; Campos, Rui Correia, Alan e Sequeira; João Aurélio, Boubacar (Ricardo Gomes, 61’) e Washington (Jota, 45’); Luis Aurélio (Witi, 27’), Soares e Salvador Agra.

Disciplina: amarelo Salvador Agra (11’), Talisca (27’), Jonas (42’), Boubacar (43’) e Jardel (53’).

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